Um homem só vence quando vence a si mesmo.
No silêncio solitário de suas batalhas intraconscienciais, manifestam-se seus instintos, suas vontades e seus anseios espirituais mais virtuosos.
Todas as causas se manifestam como vontades e tendências, positivas ou negativas em suas manifestações pessoais, em suas obras contundentes e em seus inconfessáveis sonhos mais secretos.
Cada vida é importante, nenhuma vida é desprezível e cada consciência possui a chama divina em si, por menos que reconheça ou queira admitir.
Não somos humanos. Estamos humanos, em contexto cósmico relativo e transitório, mas controlado por leis cosmoéticas universais, magnas e inexoráveis.
A Lei Maior nos conduz ao caminho, à evolução consciencial muito acima de qualquer escolha — não há como entender isso intelectualmente. Tal compreensão podemos apenas intuir. É mais que percepção e parapercepção: é a suprapercepção ou detecção do OM Cósmico de Deus, do Tao, do Eterno, do Absoluto, do Inefável, do Imperecível, do Suave Contundente. A transcendência das formas, dos contornos, do peso e da cor. Algo muito além da energia.
Quando a responsabilidade chama, os defeitos doem.
Quando a virtude responde, a alma sorri aliviada.
Abaixo temos os instintos selvagens, multimilenares, que, obedecendo às leis de gradação evolutiva, devem ser trabalhados e transformados em virtudes conscienciais elevadas, no decorrer das reencarnações.
Não se alça voo arrastando-se grilhões.
Não se evolui e se melhora sem abnegação, renúncia e força de vontade. Apenas como exemplo, não há como parar de fumar, de beber e de se drogar sem sofrimento.
Somos carvões, pedras brutas, sofrendo a pressão consciencial do Eterno, a caminho do diamante.
Se não houver estímulo, permanecemos inertes.
Quantos não compraram um livro com fecundos toques conscienciais e começaram a lê-lo depois de um grave momento de dor?
Quantos não mergulharam na religião, de verdade, após perderem um ente amado?
Quantos não mudaram o comportamento leviano após um grande susto?
Nossas tendências são fúteis, oportunistas e mesquinhas.
Nosso ego abafa as mais lindas manifestações de nossos corações.
O coração chora por dentro, clamando pelas graças de Deus, enquanto o exoesqueleto do ego se disfarça em sorrisos ornamentais e gargalhadas vazias.
Os momentos de meditação e de autoreflexão profundas são trocados por reuniões ruidosas, superficiais e efêmeras.
O amor é remédio. Panaceia universal que cura tudo!
É o amor dos pais que educa seus filhos.
É o amor da amizade, que consola e orienta o amigo viciado, escravo das drogas.
É o amor do professor que ensina, com o coração, seus alunos.
É o amor virtual que debate sem sarcasmo e respeitoso com os amigos de listas de discussão e grupos de estudos da internet.
É o amor que não revida, nem somatiza, a ofensa gratuita ou ingênua, imbuído da leveza do perdão.
O amor é como um grande e branco lençol que envolve todo o colchão de amor, sem discriminar se é velho e amarelo ou novo e dourado.
As virtudes da leveza do amor não se compram, mas são garimpadas dentro de si.
O amor é como um ET que os humanos mal conhecem. Admiram-no, falam dele. Uns o temem, outros dele desconfiam. Sempre mantido à distância, longe do refúgio de nossa alma, como se fosse inatingível ou doença de pessoas “fracas de personalidade”.
Procurar o amor em si é peneirar pedras minúsculas e quase invisíveis, em bravas corredeiras do ego.
A frustração é inevitável.
A dor é inevitável.
O desânimo é inevitável.
Momentos de inércia são inevitáveis.
Mas a perseverança é inevitável também!
Muitos se afogam nos leitos das corredeiras do ego, porque garimpam sozinhos.
As mãos amigas fazem parte do processo evolutivo e o ajudam de modo decisivo.
Continuando-se a fazer o que sempre se fez, haverá sempre os mesmos resultados.
É impossível terceirizar a autocura.
É impossível terceirizar a autoevolução.
Todo aprendizado é autoaprendizado.
Deus não escolhe os capacitados. Ele capacita os escolhidos.
Os escolhidos são os voluntários que optaram por evoluir na contramão das massas impensantes.
Deixaram em segundo e em terceiro planos as coisas do ego e do status social.
Assumiram algum dharma e não se furtaram à coragem e às inexoráveis frustrações e sofrimentos do autoenfrentamento consciencial.
Sabem que irão verter lágrimas amargas de autoconhecimento.
Sabem que irão vivenciar “eternos” momentos de solitude consciencial, em autoreflexão cortante, profunda e visceral.
Precisarão se curvar diante de si mesmos, de seu passado duvidoso, e se autodesafiar de frente.
O passado passou, deixando cicatrizes, o futuro vem aí, trazendo esperanças, mas o presente é sempre o aqui e o agora. É só o que temos!
A mudança de atitude e de comportamento não é para a segunda-feira dos projetos que não saem da prancheta — é para a concretude e a eficácia exigidas pelos desafios do agora!
A vida, o corpo, a saúde e o tempo são uma oportunidade única. A segunda-feira é o umbral do desencarnado, que irá sofrer a melancolia extrafísica do arrependimento, ao olhar no retrovisor da memória multimilenar a obsessão de frenar e protelar o melhoramento íntimo, em momentos-chave de programas encarnatórios encerrados em meio ao desencanto, pelo tempo precioso desperdiçado com a apologia do inócuo e do passageiro.
O medo da responsabilidade e do compromisso é fuga da realidade, receio de mudar e de se melhorar.
Melhorar a si próprio exige energia, atitude interna, constância.
Quanto mais tardia a iniciativa para a mudança, mais dolorosa será e mais energia despenderá, exigindo mais abnegação e mais renúncia.
Mais valem os momentos lúcidos de solitude consciencial, que expandem a autoconsciência, que as festas de ocasião e os lazeres frívolos, vivenciados à exaustão, quase eternamente.
É preciso coragem!
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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