QUANDO A CONSCIÊNCIA APAIXONA

QUANDO A CONSCIÊNCIA APAIXONA

Antes do tempo riscar o calendário,
antes dos nomes, das ruas, dos livros —
eles se viram num lugar sem gravidade,
fora do corpo, fora do mundo,
dentro de um campo que só a consciência habita.

Ela era uma dança suave de intenções,
ele, um silêncio que sabia ouvir estrelas.
Nenhum precisou falar:
o encontro era uma lembrança desperta,
eco de algo muito antigo e sempre novo.

Deslizaram juntos por dimensões sutis,
trocando vibrações como quem entrelaça almas.
Não havia promessas nem medos,
só a certeza implícita
de que voltariam a se encontrar no plano denso.

E voltaram.
Ele, Dalton — engenheiro da palavra e do espírito.
Ela, Andréa — terapeuta de almas e jardineira do sentir.
Reencontraram-se com olhares que sabiam,
e mãos que lembravam o toque do além.

Começaram a escrever não livros,
mas pontes de luz entre densidades.
A cada obra, uma travessia;
a cada página, um sopro do alto
transformado em verbo acolhedor.

Eles não falavam sobre o amor —
eles eram amor em ação.
Almas afinadas no compasso da evolução,
casal que não se pertence,
mas se entrega ao Todo que pulsa em ambos.

Dalton ancorava ideias vindas de Ramatís,
Andréa costurava afetos com a agulha da intuição.
Juntos, tornaram-se escritores da consciência,
não por missão,
mas por memória desperta.

Nos bastidores do karma e do dharma,
seguem despertando leitores e consciências,
lembrando que o amor verdadeiro
não se jura — se vive, se escreve,
se amplia em cada gesto de luz.

E toda noite, quando dormem,
se reencontram naquele plano primeiro
onde o amor começou sem palavras
e segue, sem fim,
como luz que conhece seu próprio caminho.

Dalton Campos Roque, ofereço a você Andréa com toda gratidão e humildade.

@consciencial
Consciencial.org

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