Eu era frio como o gelo e aprendi a chorar,
Eu era ríspido como as rochas quentes e aprendi a sorrir,
Eu era radical qual um fanático e aprendi a fletir,
Eu era juiz do ego dos outros e aprendi a ponderar,
Eu era cego para meu próprio ego e aprendi a me conhecer.
Percorri o caminho da técnica e do intelectualismo, mas continuava cego e arrogante.
Valia-me da comunicabilidade fluente e da desenvoltura da retórica “inteligente”, do sarcasmo espirituoso e da ironia desrespeitadora, e “vencia” os debates por minhas argumentações.
Surfava bem nos planos da mente e não tinha competência para mergulhar no oceano do coração.
Sorria por fora e trincava seco por dentro.
Eu não percebia os sóis que continham os brilhos dos olhares dos amigos e de muitos estranhos.
Eu não enxergava a aura dos sorrisos que sem eu perceber começavam a me desmontar.
Sentia-me ameaçado pelos abraços calorosos e sinceros dos corações humildes que me derretiam.
O que mais me intrigava era a capacidade de perdoar de pessoas tão simples e tão comuns que eu não esperava.
Aquilo me desmontava e me impelia a busca dos enigmas intraconscienciais.
Aqueles perdões, olhares, sorrisos e abraços silenciosos foram me amaciando com o decorrer dos anos.
Qual água mole e fina que percola nas menores porosidades de enormes e poderosas rochas graníticas,
Qual a água mole que fura a pedra dura, meu coração foi se abrindo aos poucos.
Ainda esquio bem nos planos da mente, mas eu me apaixonei.
Vi e senti um lado que eu não conhecia.
Hoje, eu mergulho fundo no oceano do coração.
Já consigo chorar e sorrir, abraçar e perdoar.
Já não temo mais os abraços queridos de estranhos e de amigos.
Já não tenho mais medo e preconceito de coisas “melosas”.
Aquela aura mental fria que me circunscrevia foi colorida pela expansão de minha consciência.
Por isto, hoje minha vida é doce,
Por isto, hoje eu poetizo mergulhando e planando nos pomares do coração,
A fim de que um dia eu possa colher o fruto da Consciência Cósmica.
Paz e Luz, 16/02/2008

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
Ao comentar em qualquer post, você concorda com nossos termos, assume e aceita receber nossos comunicados de ofertas, promoções e mensagens automaticamente. Se não concordar, não comente, respeitamos a LGPD. ***
Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.