Uma Viagem Xamânica – Em vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=dn03py3xKvw
O espírito da terra trepidou no vale de meu coração
Eu evoquei meu animal sagrado de poder
E o tigre surgiu…
E na terra eu dancei
Meu chacra cardíaco se expandiu e amou
O espírito da água lavou as entranhas de minha voz
Eu evoquei meu animal sagrado de cura
E o lobo surgiu…
E na água eu mergulhei
Meu laríngeo abençoou e cantou a canção da alma
O espírito do fogo queimou as tolices de meu ego
Eu evoquei meu animal sagrado de sabedoria
E o coelho surgiu…
E na fogueira eu me aqueci e me consolei
Meu chacra frontal se enxergou, me enxergou e questionou
E o espírito do vento soprou no vale de meu coração
Eu evoquei meu animal sagrado espiritual
E a borboleta surgiu…
E no prana eu meditei
Meu chacra coronário transcendeu, sentiu, descobriu e calou
Uma fração de tempo melancólica se seguiu
Era a reflexão do coração
Circunspectos eles me observavam
O tigre, o lobo, o coelho e a borboleta
Se posicionavam nos quatro cantos cardeais
Eu me levantei a mirar a abóbada celeste
Ergui os braços qual as asas da águia
Como quem ameaça alçar voo dentro do coração do Grande Espírito
Que há milênios sussurra em minha consciência
Eu cantei…
Cantei e dancei louvando a natureza
Dancei e sorri dando graças
O tigre rugia como quem cantava comigo
Minha coluna brilhou e um funil de luz me uniu ao cosmos
Pelo alto de minha cabeça
A natureza me ungiu em cura eterna
E o lobo se aproximou…
Ia e voltava em ritmo exaltando a lealdade
Meus passos dançantes pulsavam com ele
E uivávamos juntos
E o coelho me ensinou cautela e discrição
Postei as mãos rente a testa de olhos fechados
E a borboleta flutuou pelo alto de minha cabeça
E ela me ensinou a flexibilidade do aprender a aprender
E me disse para cometer apenas erros novos e evitar os antigos
E com respeito a natureza e humildade, dançando, cantando e orando
Eu, o tigre, o lobo, o coelho e a borboleta evocamos os elementais
Antes, pedimos a presença e licença dos Devas Solares
E o tigre evocou os gnomos da terra
E o lobo evocou as ondinas da água
E o coelho evocou as salamandras do fogo
E a borboleta evocou os silfos do ar
E eu evoquei o Grande Espírito, a Presença no céu de nossos corações
Uma reverência espontânea e infinita se instalou
Os olhares daqueles seres extrafísicos se miravam
Com as virtudes e potenciais dos olhares dos seres arquetípicos
Plasmados em minha sutil realidade
E nossos olhares serenos se entrecruzaram naquela profunda reverência
E todos éramos um só no céu e terra do coração do Grande Imanente
Que nos enviou um sábio Xamã
Um único amor inefável nos unia
E ficamos ali até o anoitecer em volta da fogueira dançando e cantando
E o sábio Xamã falou:
“O conhecimento penetra na mente que se abre,
Mas só a experiência pousa no coração que sente.
O conhecer pode cegar o coração,
Mas só a experiência real do coração que sente
É capaz de abrir as janelas profundas da mente.
Assim, a arrogância serve para quem “tudo sabe”, mas nada sente.”
E naquele Xamã eu via os olhos do mundo e o coração da humanidade
Vi nele os pretos velhos, os pais fraternos, os mestres carinhosos, os Avatares,
As mães amorosas, os irmãos cuidadosos, vi o seio de Gaia, vi o verde das montanhas, o fogo dos vulcões e as águas das nascentes.
Ele já havia queimado as tolices de seu ego há muito tempo e
Dedicava sua vida aos viajantes sinceros que se empenham na autotransformação
Tal qual a lagarta que se transforma em borboleta
Notas:
Texto baseado em percepções e vivências íntimas reais, com toque iniciáticos sutis que eclodiu espontaneamente ao ouvir músicas xamânicas em meu lar. Escrito por Dalton, que no máximo tenta ser Pajé de seu coração e Cacique de seus pensamentos, que não usa ritual para nada, nem roupa, nem ornamentos e nem linguajar padronizado.
Que o Grande Espírito nos ilumine, mas que estejamos com o coração preparado para deixar pousar as borboletas para vivenciar as experiências, que às vezes são dolorosas e seguem por caminhos tortuosos e só o tempo nos mostrará a necessidade que tínhamos de vivenciá-las.
Fiquem na Paz e Luz e respeitem a natureza e os animais.
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Veja também:
https://www.youtube.com/watch?v=yMNkBImW4ao
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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