Ainda consigo sorrir para uma criança…
Ainda consigo tentar perdoar…
Apesar de meus problemas.
Ainda consigo sentir que entre o caos, o bem prevalece…
Ainda consigo ter esperança em mim…
Apesar de meus defeitos.
Ainda consigo caminhar de cabeça erguida…
Ainda consigo olhar nos olhos das pessoas…
Apesar de minhas limitações.
Ainda consigo levantar, após tropeçar…
Ainda consigo me olhar no espelho de manhã e dizer: eu sou um vencedor…
Apesar de muitos fracassos.
Ainda consigo rir de mim mesmo e minhas tolices recalcitrantes…
Ainda consigo me soltar e amar a natureza…
Apesar de meu egoísmo.
Ainda consigo me curvar e voltar atrás…
Ainda consigo ser humilde e pedir desculpas…
Apesar de minha arrogância.
Ainda consigo dizer sim e concordar…
Ainda consigo dizer não e discordar…
Apesar de minha ignorância relativa.
Ainda consigo contar as estrelas…
Ainda consigo observar as flores do caminho…
Apesar de minha brutalidade.
Ainda consigo apontar o dedo e saber que três deles apontam para mim…
Ainda consigo espalmar as mãos no coração e me emocionar…
Apesar de minhas emoções densas.
Ainda consigo ser técnico e intelectual sem perder o coração…
Ainda consigo trilhar os caminhos da emoção sem perder o discernimento…
Apesar de meu baixo nível evolutivo.
Ainda consigo me enxergar e saber o que sou…
Ainda consigo fazer profunda autocrítica que dói, mas é bom…
Apesar de minhas heterocríticas contundentes.
Ainda consigo olhar o caminho de frente e recordar…
Ainda consigo olhar para trás e dizer: valeu!…
Apesar de inúmeras provas cármicas sofridas.
Ainda consigo:
Rir e chorar, entre emoções densas e sentimentos sutis…
Abraçar e me defender, entre o amor e o antagonismo humano…
Ser doce e enérgico, entre simpatias e contrários…
Ser professor e aluno, entre “mestres” e “discípulos”…
Falar e calar, entre momentos-chave relativos…
Mas EU SOU eu, e me perdoo!
Caio e levanto, sacudo a poeira e sigo em frente…
E nada nunca me abate ou abaterá, pois eu tenho um ideal,
Ele habita minha mente, mas reside no lar de meu coração,
E nenhuma chama o queima, a não ser o da própria vontade de vencer, de aprender e de seguir, no rumo evolutivo “menos pior” que eu conseguir e merecer trilhar.
Amor no cardíaco;
Paz no frontal;
Luz no coronário.
Notas:
Escrevi este texto num sutil e rápido influxo de ideias de poucos segundos. Abri a janela de manhã para aguar as flores da jardineira no segundo andar de meu sobrado e vejo na frente a vizinha com sua linda filhinha de uns seis anos que olhou para mim, e eu sorri para ela com ternura e carinho. Com toda fluência e naturalidade discorri este texto com a alma leve.
Minha vida é repleta de “luz”, mesmo com toda simplicidade que a caracteriza, pois o que de mais virtuoso sinto é a gratidão. Há muitos anos parei de pedir (é sério), oro para agradecer, mas peço para os outros e com os gestos mais simples e discretos, atraímos as companhias espirituais afins, que se positivas adoçam nossas vidas com “luz”, poesia e discernimento.
A semeadura é opcional, mas a colheita é obrigatória.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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