PONTOS FUNDAMENTAIS DA LIMPEZA DA KARMA

ESTUDOS DE CASO SOBRE OS 13 MITOS DO KARMA

1. Não existe o karma, tenho o livre arbítrio para fazer o que eu quiser

Estudo de Caso

Personagem: João, um jovem promissor, recém-formado em Direito.

Situação: João, ciente de suas habilidades e ambições, decide assumir um cargo de destaque em um escritório de advocacia. Para conquistar a posição, ele se envolve em uma série de práticas ilícitas, como suborno e manipulação de provas, acreditando que o “fim justifica os meios”.

Consequências: João consegue o cargo, mas sua reputação é manchada por seus atos. Ele se torna um profissional frio e calculista, perdendo a confiança de colegas e clientes. Aos poucos, sua carreira estagna e o peso de suas ações o leva a um estado de profunda angústia e isolamento.

Lição: O livre arbítrio concede a capacidade de escolha, mas não isenta das consequências. As ações de João, mesmo que motivadas por ambições legítimas, geraram resultados negativos, tanto em sua vida profissional quanto pessoal. O karma ilustra a relação intrínseca entre ações e consequências, independentemente da intenção.

Leia a entrevista Desvendando 13 mitos sobre o Karma: https://abrir.link/bPfWc


2. O karma está liberado

Estudo de Caso

Personagem: Maria, uma empresária de sucesso, acostumada a vencer.

Situação: Maria, após uma série de decisões acertadas e conquistas, acredita que está livre do karma, pois ouviu isto de um influenciador famoso e ingênuo na web. Ela decide investir em um projeto de alto risco, ignorando os avisos de seus assessores e acreditando que sua sorte irá prevalecer.

Consequências: O projeto fracassa, levando à falência de sua empresa e a perdas significativas para seus funcionários e investidores. Maria, desolada e culpada por sua teimosia, se vê diante de uma realidade que desafia sua crença na “liberdade kármica”.

Lição: O karma não é uma entidade externa, mas um princípio universal que permeia a existência. Maria, mesmo com seu sucesso, se tornou refém de sua própria arrogância e despreparo. A crença na “liberdade kármica” a cegou para os riscos e a levou a consequências negativas. Ainda bem que não foi um caso de má-fé, pois se um criminoso acredita nisso, pode achar que devido a “liberdade kármica” pode roubar e matar a vontade sem os ônus das consequências se pautando em atitudes amorais.



3. Posso pedir a Rescisão do contrato kármico

Estudo de Caso

Personagem: Pedro, um homem atormentado por um passado conturbado.

Situação: Pedro carrega o peso de um crime cometido no passado e acredita que precisa “resolver” essa questão kármica. Ele procura uma Terapeuta Holística  que promete “rescindir” seu contrato kármico, afastando o peso de sua culpa.

Consequências: Pedro gasta tempo e dinheiro com rituais e práticas que não lhe trazem paz e de nada adiantam. A busca por soluções mágicas e atalhos evolutivos o impede de lidar com seus traumas e responsabilizar-se por seus atos. Ele se torna dependente de promessas vazias, adiando a jornada de autoconhecimento e redenção, inclusive piorando sua situação psíquica, emocional e kármica.

Lição: O karma não é um contrato a ser rescindido, mas um processo de aprendizagem e transformação. A verdadeira libertação se encontra na responsabilidade pelos atos e na busca por redenção através da compaixão, do perdão e da transformação pessoal.


4. Para não adquirir karma, não se deve adquirir nem karma bom nem o ruim

Estudo de Caso

Personagem: Ana, uma jovem introvertida, temerosa de se envolver com o mundo. Ouviu um popular budista alegando que não se deve adquirir karma nenhum, nem os bons.

Situação: Ana se isola da sociedade, acreditando que a melhor forma de evitar o karma é através do isolamento e alienação. Ela se recusa a participar de atividades sociais, a construir relacionamentos e a contribuir para o bem comum, com medo de “adquirir karma”, até mesmo os karmas positivos.

Consequências: Ana se torna uma pessoa apática e isolada. A falta de contato com o mundo a priva de experiências enriquecedoras e impedi-a de descobrir seu potencial e propósito.

Lição: Jamais descobrirá seu dharma, terminando a vida em completa infelicidade. O karma é um ciclo natural, e a inação também gera consequências. A escolha de não agir é uma forma de ação que pode impedir o crescimento e a realização. A busca por um karma positivo depende da ação consciente e do desejo de contribuir para o bem do mundo.


5. Se o karma é do outro não devemos influenciar

Estudo de Caso

Personagem: Luís, um homem indiferente ao sofrimento alheio.

Situação: Luís testemunha um ato de injustiça contra um amigo querido e decide se manter neutro, acreditando que o karma do amigo é de sua responsabilidade.

Consequências: Luís perde a confiança do amigo e se sente culpado por sua omissão. A indiferença ao sofrimento alheio o distancia de seus próprios valores e o leva a uma sensação de vazio e desconexão. Se vê sozinho na vida, pois os afetos se afastam e seus amigos espirituais também, ficando a mercê de obsessores.

Lição: O karma é um processo individual e coletivo. As ações de cada pessoa impactam o ambiente e o karma de outros. A compaixão, a ajuda e a defesa da justiça contribuem para a construção de um mundo mais justo e harmonioso. Quita-se karma ajudando os outros a quitarem seus karmas, o processo de inter-relação é obrigatório, não se conquista o “céu” sozinho.


6. A Apometria influencia o karma das pessoas

Estudo de Caso

Personagem: Mariana, uma mulher com problemas de saúde crônicos.

Situação: Mariana foi indicada pela irmã a procurar uma sessão de apometria com a esperança de melhorar seus problemas de saúde. Mariana não vai, pois acredita que não se pode auxiliar, influenciar e ajudar ao karma alheio.

Consequências: Mariana permanece na inércia consciencial e não melhora. Em seu caso específico, pois, cada caso é um caso, o atendimento em apometria a teria curado plenamente, pois esta karma já estava no final, mas o teste de Maria pedia um gesto de fé que ela renunciou. Outras pessoas conhecidas dela e da irmão experimentaram um alívio temporário ou definitivo dos sintomas, apesar de alguns casos não terem sido resolvidos. Ela se torna dependente da medicina química escravizante e se afasta do autoconhecimento e da responsabilidade espiritual por sua saúde.

Lição: Não sabemos o porquê  se manifesta e qual o tempo exigido para vivenciar cada karma ruim que exalamos. Mas temos que tentar superá-lo de forma ética e interna, de dentro para fora, sem esperamos milagres de fora. Muitas vezes um pequeno gesto de fé espontânea e genuína é o que nos separa de autocura. O autoconhecimento, a responsabilidade pelas próprias ações e a busca por um estilo de vida saudável são essenciais para a transformação do karma.


7. Temos que transcender o karma

Estudo de Caso

Personagem: Carlos, um homem em busca de espiritualidade.

Situação: Carlos se sente preso às leis do karma e busca transcendê-lo, acreditando que a liberdade se encontra em uma existência livre de consequências. Ele ouviu, nas comuns bobagens da web, de influenciadores famosos e incautos, que transcender (ignorar) o karma é o que é necessário para superar o karma.

Consequências: Carlos se afasta da ética, abandonando suas responsabilidades e buscando ignorância em um aspecto esotérico distorcido da espiritualidade. Ele se perde em interpretações abstratas e deixa de agir com consciência e compreensão.

Lição: A transcendência do karma não significa ignorar suas leis. Transcender o karma significa agir com consciência e intenção, compreendendo as consequências de nossas ações e buscando o crescimento espiritual através do dharma.


8. Vou deixar para quitar o karma nas próximas vidas

Estudo de Caso

Personagem: Rita, uma pessoa com tendência a procrastinar.

Situação: Rita comete um erro grave em seu trabalho e decide “deixar para resolver este karma” nas próximas vidas. Ela se recusa a assumir a responsabilidade por suas ações e acredita que a justiça se fará futuramente e ela não precisa “esquentar a cabeça” no momento.

Consequências: Rita varre a consciência de culpa e o discernimento consciencial para baixo do tapete do inconsciente que registra tudo. A culpa se esconde em sentimentos conflituosos de vazio e ansiedade, em futuro breve, na depressão mórbida. Não consegue perdoar a si mesma e vive em um estado de angústia e remorso subliminar, sem perceber. A procrastinação do karma a impede de aprender com os erros e de construir um futuro mais positivo e uma vida presente mais feliz e sadia.

Lição: O karma não é uma dívida com prazo indeterminado, mas pode ser quitada em parcelas. Cada ação gera uma consequência inexorável, e a responsabilidade por essas consequências é individual, intransferível e inadiável. A procrastinação do karma pode levar a um acúmulo de juros conscienciais pesados de sincronicidades negativas que dificultarão a jornada espiritual e a vida diária.


9. O karma NÃO influencia a Lei da Atração

Estudo de Caso

Personagem: André, um jovem que acredita apenas na Lei da Atração. Ele é o típico espiritualista de modinhas e filmes do momento e embarca nas modas de manada.

Situação: André se foca em pensar positivamente, visualizando a riqueza e o sucesso, sem se preocupar com as consequências com a qualidade de suas energias e de suas ações. Ele se engana em investimentos, deixa de honrar compromissos e se comporta de forma irresponsável, acreditando que a suposta “lei da atração” o protegerá.

Consequências: André se depara com consequências negativas decorrentes de suas ações. Sua falta de ética, sua negligência e responsabilidade o leva a dívidas, perda de confiança e a uma sensação de frustração e desilusão. Onde está a “lei da atração” que aquele influenciador idiota me prometeu?

Lição: O karma é uma lei que abarca tudo, dele se origina a Lei da Atração. Uma casquinha de pensamento positivo por fora não muda o íntimo e o grau de merecimento (karma) por dentro. A lei da atração opera sobre as vibrações que criamos através de nossas ações. O karma é a consequência dessas ações e das vibrações que geramos. A busca por um karma positivo requer ações éticas e uma atitude de responsabilidade, tempo, dedicação e serviço esmerado e contínuo.


10. Posso alterar o karma de terceiros

Estudo de Caso

Personagem: Beatriz, uma mulher com uma forte vontade de controlar o mundo.

Situação: Beatriz acredita que pode manipular o karma de sua amada família e de seus inimigos, com orações, magias, mandingas e rituais,  causando maldições e desgraças. Ela se dedica a praticar rituais de magia branca para os seus e trevosa para os inimigos e a pensar negativamente sobre eles, tentando influenciar seu destino. Desagrada a uns e outros e se vê dominada por obsessores. Beatriz é severa, mandona e controladora.

Consequências: Beatriz se torna uma pessoa amarga e obsessiva, perdendo a paz interior e destruindo seus próprios relacionamentos. Suas ações negativas a afastam da luz e a aprisionam em um ciclo de ódio e sofrimento. Se sente louca perseguida por entidades trevosas que vivem cobrando eternos rituais complicados e densos.

Lição: O karma é um processo para evolução da consciência individual. Não podemos manipular o karma de outras pessoas. Podemos oferecer ajuda sem interferir, respeitando o livre arbítrio e a fé de cada um.  A busca por controle e/ou vingança para dominar o destino alheio geram karma negativo que nos afeta ainda mais. A melhor forma de lidar com os desafios do karma é através da compaixão, do perdão, do respeito ao livre arbítrio ético e cosmoética na busca por uma vida mais justa e harmoniosa.


11. Tem que sofrer para se livrar do karma

Estudo de Caso

Personagem: Bruno, um homem com um passado traumático.

Situação: Bruno se recusa a lidar terapeuticamente com as feridas do passado, acreditando que precisa sofrer para “quitar” seu karma. Ele se torna uma pessoa vitimista, pessimista e autodestrutivo, buscando o sofrimento como uma forma de penitência.

Consequências: Bruno perde a esperança, afasta s pessoas queridas que desejam ajudá-lo e se entrega a um ciclo de dor e autocompaixão. O sofrimento se torna um obstáculo à sua cura e ao seu crescimento espiritual. Tudo isso é uma fuga a auto responsabilidade espiritual que Bruno deveria assumir.

Lição: O sofrimento não é a única forma de lidar com o karma. A transformação do karma ocorre através do autoconhecimento, da compaixão, do perdão e da mudança de comportamento. O sofrimento pode ser um catalisador para o despertar, mas não é um requisito para a libertação do karma.


12. Karma é o oposto ao dharma

Estudo de Caso

Personagem: Lázaro, um jovem com um forte senso de justiça.

Situação: Lázaro se sente confuso com a relação entre karma e dharma. Ele acredita que o dharma é uma forma de escapar do karma, ignorando as consequências de suas ações. Ele não imagina que uma coisa leva a outra e são intrínsecos.

Consequências: Lázaro age de forma idealista, buscando apenas o bem, sem considerar as consequências práticas de algumas de suas ações negativas. Ele mistura más ações, alegando que são seu dharma, humilhando colegas e amigos e se depara com frustrações e desilusões, descobrindo que o dharma não é justificativa para ferir e humilhar as pessoas, mas é um “guia” para agir com sabedoria, considerando as leis do karma e as consequências de suas escolhas.

Lição: O karma e o dharma são complementares. O karma é a lei de causa e efeito, enquanto o dharma é o caminho da virtude e da realização. O dharma nos guia em direção a ações que geram karma positivo, conduzindo-nos ao bem-estar individual e coletivo.


13. Quitar o karma dá muito trabalho, não compensa

Estudo de Caso

Personagem: Daniel, um homem com uma visão pragmática da vida.

Situação: Daniel acredita que o karma é uma carga desnecessária e na vida cada um pode fazer o que quiser, o mundo é dos espertos, e se recusa a investir em seu desenvolvimento espiritual, considerando o trabalho de cultivar o dharma como algo muito ingênuo e tolo.

Consequências: Daniel perde a oportunidade de viver uma vida mais plena e harmoniosa. Ele se torna refém de suas próprias limitações, sem desfrutar dos benefícios de um caminho ético e consciente. No fim da vida, está rico, sozinho, ansioso e deprimido, repensando se devia ter trilhado este caminho, no fio na navalha do arrependimento desesperador.

Lição: A busca por um karma positivo não é uma tarefa árdua, mas uma jornada de crescimento e liberdade. Cultivar o dharma através da compaixão, do perdão e das ações virtuosas é um caminho de leveza e harmonia, que nos libera das amarras do karma negativo e nos aproxima da iluminação.


Esses estudos de caso têm o objetivo de ilustrar os mitos sobre o karma e incentivar a reflexão sobre a relação entre ações e consequências, a importância do autoconhecimento e o valor do dharma na busca por uma vida mais significativa.
Dalton

Leia também DESVENDANDO 13 MITOS SOBRE O KARMA – https://consciencial.org/karma-dharma/desvendando-13-mitos-sobre-o-karma/

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Espiritualidade sem religião, ética sem doutrina, reforma íntima sem evangelho e intelecto sem arrogância.

Dalton Campos Roque, escritor efêmero, poeta eterno, livre pensador consciencial, escritor compulsivo, bem humorado constante, omniquestionador de paradigmas.


Esses estudos de caso têm o objetivo de ilustrar os mitos sobre o karma e incentivar a reflexão sobre a relação entre ações e consequências, a importância do autoconhecimento e o valor do dharma na busca por uma vida mais significativa.

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