Esse caminho começou a ser seguido em 1999. Na época, João Alberto teve a oportunidade de ler um artigo publicado num jornal em 1935, escrito por Carlos Bernardo Loureiro. A matéria se referia a um menino que tinha a mesma impressão digital de um homem que já havia falecido há dez ou quinze anos. O autor da matéria era um dos grandes estudiosos do assunto, na época, e gostava de comparar impressões digitais.
Fiorini sabia que não é possível existirem duas impressões digitais iguais, mas ainda assim, ele levou a história a sério e resolveu estudar mais: – fazer uma pesquisa para saber se não haveria qualquer possibilidade de se encontrar duas impressões iguais. “Eu já era espírita”, explica João Alberto, “mas ainda não tinha feito qualquer pesquisa científica. A partir daí, comecei a fazer um estudo profundo sobre impressões digitais, pesquisando tudo o que poderia existir em livros brasileiros e norte-americanos, na área da Medicina.”
PESQUISAS
Vendo pelo lado espiritual, explica Fiorini, uma pessoa, ao desencarnar, fica de 0 a 250 anos em média no plano espiritual. Em outras palavras, ela tanto pode reencarnar rapidamente, quanto pode demorar um tempo mais longo; mas o mais comum é que essa reencarnação ocorra dentro de um período de 40 a 70 anos. Se imaginarmos que uma mulher morre e retorna rapidamente, em mais ou menos dois anos, porém ocupando o corpo de um homem, ela virá então trazendo ainda as características femininas.
METODOLOGIA
A seqüência lógica dos estudos e pesquisas do dr. João Alberto Fiorini foi entrar em contato com o dr. Hernani Guimarães Andrade, presidente do Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas, em Bauru, São Paulo, a quem Fiorini considera um dos maiores cientistas do mundo em assuntos de reencarnação. Ele também é um nome muito respeitado por parapsicólogos, não apenas do Brasil, mas de todo o mundo.
Outro ponto de apoio para suas investigações foi o exaustivo trabalho do Dr. Ian Stevenson, que já investigou mais de três mil possíveis casos de reencarnação, baseando-se em depoimentos de crianças. Stevenson, de reputação internacional, começou a coletar depoimentos de crianças de todas as partes do mundo, sempre que elas se referiam à sua existência numa encarnação anterior. A pergunta que Fiorini fez ao dr. Hernani foi se era possível um espírito retornar com a mesma digital. Ele respondeu que acreditava ser possível; se a pessoa volta com marcas, sinais, cicatrizes, deformações e até mesmo doenças, por que não com as mesmas impressões digitais? Conversando com ele, estabeleceu um método de pesquisa que consiste em procurar crianças, geralmente entre os dois e quatro anos de idade, que tenham o costume de afirmar que viveram em outro lugar, em outra época, que tiveram determinado tipo de ações ou conheceram certas pessoas. Isso ocorre pelo fato do perispírito dessas crianças não estar acoplado ao corpo somático, adaptação que só irá ocorrer aos sete anos.
PESQUISA DE CAMPO
Fiorini está, agora, partindo para a investigação de casos aos quais tenha acesso.
É claro que a comprovação de reencarnações também pode ser feita através de outros testes, como o exame grafotécnico, comparando-se a caligrafia da criança com a da pessoa que ela possivelmente teria sido na vida anterior. Da mesma forma com os exames médicos, ou seja, se uma pessoa morre subitamente, assassinada ou em desastres, ela reencarna com determinadas marcas e cicatrizes relacionadas ao evento em questão. O problema é que essas marcas vão desaparecendo com o tempo, de modo que a pesquisa tem de ser feita o quanto antes, enquanto as evidências estão mais nítidas.
Com tudo isso em mente, João Alberto Fiorini está dando seqüência ao seu trabalho de pesquisa e investigação, ao mesmo tempo em que prepara seu livro sobre o assunto. “O meu livro vai ensinar as pessoas a investigar a reencarnação, como uma receita”, ele explica, entendendo que, se um número maior de pessoas se dispuser a tornar públicas as informações nessa área, a pesquisa será facilitada. Seria um livro para mostrar às mães, aos médicos e às pessoas que estejam intimamente ligadas a crianças de 0 a 7 anos de idade, como proceder nos casos citados, coletando o maior número de dados possíveis e anotando tudo o que a criança falar sobre uma possível vida passada.
Ainda é grande o número de pessoas que se sente constrangida em falar sobre o tema reencarnação, de modo que nem sempre é muito fácil encontrar quem fale abertamente sobre isso.
INVESTIGAÇÃO EM RIBEIRÃO PRETO
Recentemente, João Alberto Fiorini esteve em Ribeirão Preto para ver de perto um caso envolvendo um garoto de cerca de oito anos.
Quando a criança tinha apenas três anos de idade, começou a fazer declarações espantosas, exatamente da forma como costuma acontecer com as crianças que se lembram de vidas passadas.
As lembranças foram ficando escassas à medida que o garoto crescia, como Fiorini diz que costuma ocorrer com todas as crianças. É como se, aos poucos, elas fossem se esquecendo das vidas anteriores e de sua passagem pelo mundo espiritual, do qual aquele menino de Ribeirão Preto também tinha lembranças e contava algumas passagens.
Fiorini tentou obter mais alguns dados que pudessem ajudá-lo a confirmar as informações obtidas através dos testes das digitais, mas não foi possível.
Ainda assim, é um bom registro, nos moldes do que foi feito pelo Dr. Ian Stevenson, com informações sendo coletadas antes que a criança perdesse totalmente a lembrança dessas vidas anteriores, o que já está acontecendo.
Fonte :Extraído da Revista Espiritismo & Ciência Volume 2
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Texto muito didático. Parabéns! Vou repassar.
É uma pesquisa antiga, mas muito válida.
Talvez as linhas das mãos também possam corroborar, um dia, com as devidas pesquisas sérias.
Paz e Luz,
Dalton