- Há pessoas em que a vida é toda sofrimento e nunca nada dá certo? O que pode explicar?
Vamos supor de início dois tipos de pessoas: as que possuem um sofrimento real e uma vida dura, e as que são negativas, reclamonas, lamuriosas e orgulhosas.
Supondo então o primeiro tipo citado, respondemos que embora a pessoa não perceba que as coisas estão melhorando, mas ela está quitando seus karmas negativos naquela luta. A melhoria se dá a nível íntimo e consciencial, embora por fora continuem as misérias, solidões, doenças e humilhações. Ela só perceberá a melhoria após desencarnar. Não há injustiça nisso, afinal, pela lei de causa e efeito, a própria pessoa escolheu esta situação, ela mesmo se voluntariou a tal sofrimento. Pois então, é só cumprir a Lei, que no devido tempo tudo voltará ao normal mesmo que dure até o fim da vida.
Agora supondo o segundo tipo de pessoa, mais comum do que se pensa, são tipos com orgulho, vaidade e arrogância dissimulados, que não admitem ceder, aprender e entender. Querem mudar tudo na marra, desejam que tudo seja absolutamente como eles querem, são controladores, arrogantes, que não desejam mudar, então não conseguindo, se transformam num poço de sofrimento autoimpingido. Esses tipos poderiam e podem melhorar suas vidas num estalo de dedos, ao contrário dos primeiros que estão realmente numa interprisão grupokármica. Os segundos podem mudar seu ambiente apenas modificando seu clima psíquico e abrindo seus corações a modéstia e humildade.
A pergunta correta será: “como transformar o karma negativo em dharma”, pois temos o karma positivo também. Este é um processo natural a que todo tendemos no decorrer das reencarnações. O que desejamos é agilizar este procedimento. Consiste num conjunto de ações disciplinares contínuas que realmente não são fáceis, pois exige tempo e paciência, e sabemos, estamos na era do imediatismo, afobação e ansiedade. Não se evolui correndo, se evolui corretamente, direito e com paciência.
A evolução consciencial consiste basicamente nas virtudes e na ética e seus desdobramentos (consciencioética, bioética, etc.) e não apenas em estudos e intelectualização, embora estes também sejam importantes. Então a primeira coisa é acabar com preconceito, com moralismo, com julgamento, pois isto abre a mente e o coração e leva a pessoa ao universalismo, dando competência a entender melhor as complexidades evolutivas que muitas vezes são paradoxais. Depois com bases nesse comportamento consciencioético deve desenvolver a intelectualidade, a comunicatividade, o parapsiquismo, a mediunidade, a projetabilidade (projeção astral) sempre paralelas as virtudes da humildade, paciência e perdão a todos.
- O que quer dizer “cada um será julgado conforme suas obras”?
Esta é uma expressão metafórica para que as pessoas mais simples possam entender. Na verdade ninguém será julgado, não há tribunal e nem apontares de dedos. Os amigos espirituais não julgam, não condenam e não recriminam, apenas auxiliam. Todos serão “julgados” por si mesmos, pela própria consciência que se adequa automaticamente as inexoráveis leis evolutivas ou lei do karma.
O conceito de que “cada um colhe o que semeia”, é uma lei exata, científica, automática, impessoal e justa, apesar de sua expressão de ensino com teor moral ou de advertência espiritual.
Ramatís reafirma esse entendimento que é o conceito de Jesus de “cada um colhe o que semeia” em equivalência com outras máximas tais como, “a cada um segundo as suas obras”, “quem com ferro fere, com ferro será ferido”, ou, ainda, “pagarás até o último ceitil”, o que evidencia a presença de um princípio legislativo de “causa” e “efeito”, que decorre da própria lei Única de “ação e reação consciencial” do Cosmo.
- Não é injustiça os pais sofrerem pelo karma[-] dos filhos?
Não há nisso injustiça nem punição imerecida pois, quando tal se dá, tanto os pais como o reencarnado estão ligados pelas mesmas culpas e débitos assumidos no passado.
Quantas vezes os pais de hoje são os próprios responsáveis por crimes cometidos no pretérito por aqueles que depois reencarnam como seus filhos! Então cumpre-lhes a severa obrigação de reerguê-los moral e espiritualmente, amparando-os para alcançarem condições superiores.
Da mesma forma, inúmeros filhos que participam das provas dolorosas dos seus pais também estão vinculados a eles por débitos semelhantes. Nos lares terrenos é muito comum que os algozes e as vítimas se ajustem espiritualmente, presos aos mesmos interesses e necessidades.
- Se eu me arrepender meu karma[-] fica sanado?
Não! Seu karma[-] continua, porém, se o arrependimento é sincero você buscará uma forma de compensação e aprendizado simultâneo numa mesma provação reencarnatória. E ainda terá o amparo necessário para tal retificação.
A ideia que basta se arrepender para tudo ficar limpo, quitado e em branco é distorção do salvacionismo que não consegue explicar com coerência e inteligência seus dogmas de “céu” e “inferno”. Muitos acreditam no perdão dos santos católicos e naqueles que se arvoram ministros de Deus. Mais importante é se perdoar com a sequência imediata de efetuar a atitude correta retificadora para si e para compensar a quem prejudicou.
- E as pessoas que se sentem vítimas e fracas para superar?
Primeiro que ninguém é vítima de outrem, senão de si mesmo. Se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória e todos colhem o que plantam. A “vítima” deve se conscientizar desse processo e depois ir a luta para vencer os estigmas kármicos em eterna luta de autossuperação.
A vitimização, autopiedade, autocomiseração são apenas fuga das responsabilidades a que deveriam se submeter com urgência, doação e amor. Deus dá o frio conforme o cobertor, cada um tem a luta justa e suficiente para suas forças. A questão é que falta vontade e sobram desculpas. Não é preciso pressa, mas abnegação, renúncia e trabalho duro são inadiáveis.
- Se o perdão é um desvencilhamento kármico, como fica o ofensor?
O perdão é exclusivo, unilateral e incondicional, sem ressalvas, desculpas ou pontos de exceção. Todo mal, dor ou ofensa que lhe veio ou era karma[-] ou era simples prova de autossuperação. Se você não perdoa, se aprisiona e estagna. Se você perdoa, passou o problema para as mãos do ofensor ou algoz.
As vítimas podem perdoar seus ofensores, mas o ofensor deve se transformar, renovando-se segundo o conhecido código crstão. Estes terão que se transformar e ainda quitarem seus débitos com suas vítimas ceitil por ceitil.
- Mas Deus, os Santos, os Anjos e os Mestres nos perdoam?
Temos o mesmo perdão que um aluno que não conseguiu nota para passar no fim do ano. Ele é perdoado e ganha outra chance de refazer direito. Há atenuantes e há agravantes e estes serão ponderados a cada caso, a medir e calcular os méritos e deméritos de tal aluno.
A ideia infantil de que Deus e os Juízes do Espaço simplesmente apagam as dívidas de devotos é ridícula. Nenhum “Deus”, nenhum Santo pode salvar o homem de suas más ações. Cada um deve libertar-se por si mesmo.
- Pode explicar como funciona o karma coletivo?
Os pioneiros americanos invadiram o território dos peles-vermelhas, dizimando esses povos. Estes do decorrer dos tempos vieram a reencarnar na civilização americana. E, por isso, eles atuaram e atuam na civilização americana como almas agressivas, vingativas que ainda são, na figura de facínoras, quadrilhas, e no passado como gangsters impiedosos. Se o assassinato em massa foi em nome e “para o bem” da nação americana, então o devido retorno pela Lei do Karma é inexorável.
O Brasil tem fabricado e exportado armas de pequeno e médio porte para alguns países afora. Com isto, todos os brasileiros estão adquirindo um karma negativo coletivo. Daí em determinados trabalhos extrafísicos e fora do corpo são solicitados projetores e médiuns brasileiros para fazer-se esta compensação. O processo dos grupokarmas é importante e avassalador e já foi bem explicado em itens anteriores.
Os negros que foram caçados na África pelos capitães-do-mato, comercializados, vendidos e explorados em vosso país (e outros), são hoje os transgressores e criminosos que proliferam nas favelas e que descem para as cidades provocando distúrbios e delinquências indesejáveis. Observe que atualmente não são necessariamente negros, mas de todas as raças e classes sociais.
Em consequência, teremos de ser tolerantes, compreensivos e amorosos para com eles, cujos espíritos de “ex-africanos”, “ex-peles vermelhas” ainda vibram na condição primária de sua vida anterior.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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