Há uma ingerência espiritual e administrativa de ideias preconceituosas. O que era para ser a religião Espírita está se transformando em Kardecismo e Evangelismo. Quem se limita a Kardec ou ao Evangelho (seja ele qual for) não é espírita: é Kardecista ou Evangelista.
O Espiritismo, como propôs o próprio Kardec originalmente, deveria ser um estudo sistemático e isento EM CONTÍNUA EXPANSÃO E MODIFICAÇÃO. O Espiritismo, originalmente é a ciência que estuda a espiritualidade, portanto estuda o astral, a multidensidade, a reencarnação, o karma, as bioenergias e os espíritos. Quem se limita a um autor exclusivo, não evolui e se extratifica nele. Exemplo: Se apenas admito o José como autor, eu sou um gurulátrico Joselitista.
Já há estudos sérios e isentos de Espíritas de mente aberta avaliando melhor e sem paixão Allan Kardec e sua obra. Citarei um breve trecho:
(…) “Kardec externava também ideias que hoje em dia seriam consideradas “racistas” com relação a povos indígenas e a povos negros em geral, apesar dessas ideias serem em sua época bastante comuns, sendo importante assinalar que seus sentimentos e ideias a esse respeito se situavam claramente em um bom nível de humanidade e coerência com sua visão metafísica-reencarnacionista. Mas ele, contudo, não estava isento de graves contradições mesmo com relação a isso… Um exemplo interessante é seu texto sobre a Perfectibilidade da Raça Negra em termos físicos, publicado na Revista Espírita de abril de 1862. Kardec defendia (ou concordava com) a ideia de que a “raça negra” era fisicamente inferior às “raças brancas”, e que consequentemente recebia a encarnação de espíritos inferiores. A “raça negra” só era, segundo ele afirma nesse texto, “perfectível” (ou seja, passível de aperfeiçoamento) através de cruzamentos com as “raças brancas” (superiores).”Retirado de: <http://pt.scribd.com/doc/56222360/Erros-em-Kardec-Os-Momentos-Iniciais-da-Codificacao-da-Doutrina-Espirita> – 23/05/2012 – Copyright © Júlio Cesar de Siqueira Barros. Quarta revisão em 15 de novembro de 2007.
Cabe manter sempre presente a assertiva de Kardec: “O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro.” – KARDEC, A. “Introdução ao estudo da doutrina espírita”. In: O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 58a edição. Rio de Janeiro: FEB, 1983, p.30.
Temos que retificar Kardec e ir além dele. Não há jeito, seja cientista, cético ou crente, toda paixão cega e torna o ser humano irracional.
Para efeito de curiosidade e complementação, acrescento o excelente debate:
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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