Introdução
Uma das contribuições mais práticas e transformadoras de David R. Halkins à espiritualidade moderna não foi apenas a escala de consciência que leva seu nome, mas o método que a acompanha: o Letting Go — traduzido livremente como “deixar ir”, “soltar” ou “liberar conscientemente”. Essa prática é, na essência, o eixo da subida vibracional real na escala Halkins, pois atua diretamente no ponto de resistência que mais nos prende: o ego.
Letting Go é o antídoto para a repressão emocional, para a negação espiritual e para o apego inconsciente às dores kármicas. É o caminho silencioso da rendição lúcida. Para compreender a força dessa entrega interior, é recomendável reler os erros mais comuns cometidos ao usar a escala Halkins e o artigo sobre como elevar a consciência sem cair nos modismos espirituais.
O que é Letting Go?
Letting Go, como método, não é uma técnica rápida, mas uma atitude permanente diante das emoções. Significa:
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Permitir que a emoção surja, sem reprimi-la
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Observar sem julgamento e sem apego
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Não alimentar pensamentos ligados à emoção
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Não se identificar com o conteúdo energético
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Soltar, com aceitação, o impulso de controle ou fuga
Não se trata de pensar positivamente nem de racionalizar. Trata-se de entregar a resistência à luz da consciência.
Como Letting Go atua na escala Halkins
Cada nível da escala está sustentado por um tipo de emoção e de apego. Soltar o apego a uma emoção é abrir espaço para um nível superior de consciência. Por exemplo:
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Soltar a culpa (nível 30) → abre espaço para a aceitação da responsabilidade (nível 200)
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Soltar o desejo (nível 125) → permite o nascimento do contentamento e da gratidão (nível 350+)
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Soltar o orgulho (nível 175) → cria espaço para o amor verdadeiro (nível 500)
Letting Go não “sobe” ninguém na escala de forma forçada. Ele remove o peso que impede a consciência de fluir para níveis mais altos, que já estavam latentes.
O ciclo das emoções e a rendição energética
Halkins mostrou que as emoções seguem um ciclo:
Repressão → expressão → escape → aceitação → liberação
A maioria das pessoas vive entre repressão e expressão. Elas reprimem o que sentem até que o acúmulo emocional explode em raiva, dor ou doença. Outras tentam escapar das emoções com distrações, vícios ou práticas místicas que funcionam como “desvios da dor”.
O Letting Go começa onde esses métodos fracassam: na rendição da resistência, que permite que a emoção se dissolva naturalmente.
Letting Go não é passividade
Muitos confundem soltar com se omitir. Mas soltar não é não agir — é agir sem tensão interior, sem apego ao resultado, sem desejo de controle. Soltar é agir com presença, confiança e entrega.
Exemplo:
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Ação com ego: “Preciso resolver isso agora, ou tudo dará errado.”
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Ação com Letting Go: “Vou fazer o que está ao meu alcance com serenidade, e confiar no fluxo da consciência.”
O poder de transmutação vibracional
Letting Go é uma forma prática de transmutar karma emocional. Cada emoção liberada conscientemente:
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Desbloqueia chacras e zonas do campo energético
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Encerra padrões repetitivos ligados ao ego
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Dissolve vínculos kármicos adoecidos
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Cria espaço para o dharma se manifestar com mais fluidez
Esse processo é aprofundado no curso Despertar das Energias, onde Letting Go é tratado como fundamento essencial da limpeza vibracional responsável.
Aplicações concretas do Letting Go
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Na vida cotidiana
Quando sentir raiva, frustração ou insegurança: respire, observe, permita, solte. -
Na meditação
Sente e permita que as emoções venham à tona. Não lute com elas. Sinta-as e solte-as. -
No relacionamento com o passado
Memórias dolorosas não precisam ser resolvidas — apenas aceitas e entregues à consciência com verdade. -
Nos vínculos afetivos
Soltar o desejo de controle sobre o outro é abrir espaço para um amor mais real e menos kármico.
Emoções e níveis da escala: o que soltar em cada estágio
Emoção | Nível vibracional | O que o Letting Go dissolve |
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Culpa | 30 | Autopunição e vergonha crônica |
Medo | 100 | Controle, rigidez e fuga |
Desejo | 125 | Apego, obsessão, carência |
Raiva | 150 | Reatividade, vitimismo, revanche |
Orgulho | 175 | Comparação, superioridade espiritual |
Coragem | 200 | Insegurança sobre agir no mundo |
Amor | 500 | Idealização e projeção afetiva |
Letting Go e a não dualidade
Nos níveis mais altos da escala (600+), o Letting Go se torna algo ainda mais profundo: a rendição da própria identidade egóica. O “eu que sente” desaparece, e resta apenas a consciência pura — sem história, sem papel, sem defesa.
Nesse ponto, Letting Go deixa de ser uma prática e passa a ser um estado natural de ser.
Conclusão
Letting Go é o caminho silencioso, profundo e verdadeiro para a transcendência real na escala Halkins. Não exige rituais, títulos, técnicas ou reconhecimento. Exige apenas um ato íntimo: o de soltar o controle e confiar na inteligência espiritual da consciência. É simples, mas radical. É acessível, mas profundo. É invisível aos olhos, mas transforma tudo.
Dalton Campos Roque – @Consciencial – Consciencial.Org

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
E um lembrete: todo texto, crítica ou alerta que escreve serve, antes de tudo, para ele mesmo.
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