Por Dalton C. Roque – extrato da obra ainda não lançada “Seu Propósito de Vida”, para 2025.
Muitas vezes, ao final do dia, observamos bandos de pássaros em revoadas impressionantes, realizando movimentos velozes e coordenados que, à primeira vista, parecem caóticos. Contudo, não se chocam, não erram o ritmo, e seguem em harmonia como um único organismo. O espetáculo sugere algo além do acaso: há um sistema invisível de inteligência coletiva orientando cada movimento, uma sinfonia silenciosa que organiza o grupo em perfeita sincronização.
O mesmo ocorre com cardumes de peixes no fundo do mar. Eles se movem como uma massa fluida, respondendo em frações de segundo a qualquer estímulo externo, sem conflitos ou hesitação. É como se houvesse uma “mente coletiva” comandando cada indivíduo, mantendo a unidade e a sobrevivência do todo.
Até mesmo os girassóis, em sua quietude contemplativa, seguem uma inteligência compartilhada. Eles giram suas flores em direção ao sol ao longo do dia, como se “soubessem” exatamente para onde olhar. Essa coordenação natural, tão precisa, parece carregar um propósito subjacente, algo além do visível.
Essa inteligência coletiva é ainda mais fascinante quando olhamos para as formas numéricas que permeiam a natureza. O número da razão áurea (phi), por exemplo, surge espontaneamente em pétalas de flores, folhas, caracóis e até no design estrutural de muitos vegetais e animais. É como se a natureza soubesse, inconscientemente, que essa proporção é uma chave de equilíbrio e beleza universal. Além disso, a física nos apresenta constantes fundamentais que governam o universo – valores precisos que, se alterados em uma fração ínfima, poderiam levar ao colapso do cosmos. Essa ordem invisível demonstra que até o reino mineral, aparentemente inerte, participa de uma inteligência coletiva que permeia tudo o que existe.
O experimento humano e a força da inteligência coletiva
Entre os seres humanos, há experimentos simples que evidenciam a força da inteligência coletiva. Imagine uma grande esfera transparente cheia de milhares de bolas de gude coloridas. Quando pedimos para pessoas estimarem o número exato de bolas, cada uma dará um palpite diferente. Alguns exageram para mais, outros para menos, mas, individualmente, ninguém acerta o número exato. No entanto, quando calculamos a média das estimativas de muitas pessoas, o valor resultante se aproxima surpreendentemente do número real.
Esse experimento, replicado de diferentes maneiras, revela algo poderoso: a inteligência coletiva é maior que a soma das partes. Individualmente, estamos sujeitos a erros, mas, juntos, temos uma capacidade única de acessar uma verdade que ultrapassa nossos limites individuais.
A boa notícia: já nascemos conectados ao propósito coletivo
Essa inteligência coletiva nos oferece boas e más notícias. A boa notícia é que, ao nascermos, já estamos inseridos em um propósito individual-coletivo. O ambiente em que nascemos, nossas capacidades e limitações, não são aleatórios. São peças perfeitamente ajustadas ao grande quebra-cabeça da humanidade e dos reinos que habitam este planeta – mineral, vegetal, animal e humano. É a inteligência coletiva que nos posiciona em condições específicas para que possamos desempenhar um papel único e significativo.
Nosso propósito pessoal não é isolado; está embutido em uma rede que abrange todos os aspectos da vida. Essa conexão nos lembra que somos parte de algo maior – uma teia de consciência que orienta a evolução de tudo o que existe.
A má notícia: estamos desviando do propósito coletivo
Por outro lado, a má notícia é que a inteligência coletiva pode ser distorcida. Assim como podemos acessar uma verdade coletiva em experimentos simples, também podemos gerar sistemas disfuncionais quando nos desconectamos de nosso propósito essencial. Nosso sistema político, social e econômico atual reflete isso. A desigualdade, o materialismo desenfreado e a falta de harmonia com a natureza são evidências de que estamos desviados do propósito consciencial coletivo.
Esse desvio é responsabilidade de todos nós. Ao nos afastarmos de nossa essência e vivermos de forma egoísta ou desconectada, contribuímos para um sistema coletivo que perpetua a desarmonia.
Reconectar-se ao propósito coletivo
No entanto, assim como a natureza encontra harmonia na inteligência coletiva, nós também podemos realinhar nossas vidas com o propósito maior. Isso exige que nos reconectemos à nossa essência, que cultivemos a consciência de que cada pensamento e ação individual tem impacto no todo.
Se os pássaros conseguem voar em perfeita sincronia, se os girassóis seguem o sol sem desviar, se até as pedras respeitam as constantes universais, por que nós, seres humanos, nos afastamos dessa harmonia? A resposta está em nossa escolha: temos a liberdade de nos alinhar ao propósito coletivo ou de seguir um caminho de separação.
O convite é claro: observe o fluxo da vida ao seu redor, perceba os padrões que conectam tudo, e permita-se encontrar o seu lugar nessa grande dança cósmica. Afinal, o propósito não é algo que buscamos; é algo que já está dentro de nós, esperando para ser vivido em plenitude.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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