Yes banda Soon crônicas do Dalton e a solidão da música

O CASO DA MÚSICA DO YES SOON EM MINHA VIDA

Nasci em 1961, hoje é 28/04/2021 e completei em 12 de abril deste ano, meus 60. Sempre gostei de música desde muito novo. Nasci, fui criado e morava em Juiz de Fora, MG, na região sudeste a 2,5 horas da cidade do Rio de Janeiro – uma cidade que eu detesto. Sou de família de classe média e meu pai era dentista e médico, um bom pai que dava tudo que podia as seus 3 filhos, onde eu sou o mais velho, no meio o Roberto, e a caçula, uma menina chamada Denise que é um amor de pessoa – leve isso ao superlativo. Tínhamos diferença de 1 ano e 3 meses entre cada um de nós na escadinha de irmãos aproximadamente.


Show da Banda inglesa Yes em 2011 tocando exatamente a música que me marcou profundamente do qual vou ainda explicar:

Meu pai também gostava de música e com ele aprendi. Havia uma eletrola Philips automática com 4 válvulas enormes, que esquentava muito e tinha um som poderoso a rodar vários vinis: os Long Plays (LPs) e os compactos.

Era exatamente esta do vídeo, mesma marca e modelo, ouvi muita música nela, é gostoso recordar e rir um pouco:

Também tinha um gravador K7 e muitas fitas que podia gravar direto da eletrola dos vinis para as fitas. Não procurei imagem, não importa.

A certa altura ganhei (o que hoje é chamado de vintage) um System 125 da Gradiente completo: um rack de madeira bonito, um Tape Deck poderoso, um Receiver excelente um toca disco Garrard inglês muito bom também.

Este sistema é meu companheiro até hoje e toca perfeitamente, tem um som para dar baile num grande salão. Morei na casa de meus pais até 1981, depois em 1982 saí para fazer Engenharia Civil e nunca mais morei lá. Então só escutei música regularmente até 1981 e só retornei a ouvir em 2017 quando morava em Curitiba, PR e minha irmã resolveu me enviar este som Gradiente que estava encostado há muitos anos sem ser usado. Foi um novo brilho em minha vida. Obrigado Denise!!!

Eu sempre fui um garoto muito desajustado. Tudo em mim era diferente, eu não compreendia as coisas, mas não me sentia melhor, pelo contrário, sempre me senti pior. Assim, eu escutava muito as músicas sozinho numa sala na casa dos meus pais, que era grande e tinha este local específico para isso. Muita solidão eu ruminei por ali. Eu me sentia perdido e abandonado, rejeitado e “fora de linha”, então escrevia, desenhava e escutava músicas, tantas quantas eu conseguia pagar de vinis, mas não eram muitas. Mas havia rádio e trocas de vinis emprestados com os colegas de bairro e da escola que eu gravava em fitas para quebrar o galho.

A solidão que eu vivia era espiritual e eu não sabia disso, fui descobrir muito tarde, mas não importa agora.

Sei que uma vez tocou na rádio uma música que me emocionou muito e jamais esqueci e não compreendi o nome da banda na voz do locutor, no caso Yes. Guardei aquela melodia no coração, mas não sabia de quem era e jurei a mim mesmo que um dia iria encontrar aquela música, fosse de quem fosse e quando fosse. Naquela época não tinha internet nem celulares, e eu era imaturo e sem iniciativa para ir numa casa de disco e conversar para descobrir. Mas se eu fosse nem sabia o que dizer, só me restava cantar tipo lá lá lá no ouvido do vendedor para identificar a música, algo impossível para mim.

As décadas se passaram, fiquei sem as músicas e elas retornaram em 2017 e já existia o Youtube, quando sem querer encontrei a tal música Soon do Yes – uma coisa linda demais!!!! Fiz questão de recordar todas as músicas antigas de adolescente e jovem, os rocks pesados, os melodiosos e as eletrônicas. Música é tudo de bom!!!!

O vídeo do show do Yes que inseri a música acima, não ficou boa para meu gosto. Gosto mais mesmo é dessa versão da música Soon aqui:

De 2017 para cá – 04/2021 – melhorei muito mais meu equipamento de som. Inseri mais 2 caixas e ficou com 4. Depois coloquei um equalizador profissional e melhorou muito o som, depois comprei um subwoofer e mais um amplificador específico e dedicado, pois o próprio equalizador fornece um canal para isto. Coloquei um notebook antigo dedicado apenas para tocar músicas da internet. Montei um player externo para aceitar: pen drive, auxiliar (do notebook) e bluetooth, e meu som ficou completo e excelente. E também dei um trato na iluminação do ambiente com LEDs especiais que eu mesmo montei. Toda decoração foi feita por minhas próprias mãos: as plantas, os bambuzinhos nos vidros, a fonte iluminada, tudo absolutamente artesanal e fiquei super feliz com meu novo e aconchegante ambiente. Depois de tantos anos eu merecia!!!! Shuiff, sniff…

Montei um oficina na grande área de serviço de meu sobrado e montei vários sistemas pequenos de som para eu poder ouvir pela casa toda em qualquer ambiente que eu fosse. Tenho um outro sistema que também é poderoso e pesado na sala de TV, mas não é tão sofisticado quanto o Gradiente, que agora está cheio de detalhes, mas também tenho som no meu quarto, um poderoso som no computador, dois menores nos dois banheiros, um na cozinha e outro na área de serviço que posso levar até para o quintal. Isso é o que chamo de tirar o atraso de todas essas décadas que fiquei apenas no estresse da vida sem ouvir nada.

E acabei montando no Facebook um grupo espiritualista de Rock, Rock progressivo e Blues: https://www.facebook.com/groups/rockeirosespiritualistas – e aqui posto todo som correlato que acho legal no Youtube e me serve de reserva quando procuro alguma coisa. Aqui neste site consciencial.org também criei uma longa página só com links bem organizada por tema para os visitantes – https://consciencial.org/musicas-new-age/

Aqui uma brincadeira que faço com meus amigos espiritualistas que adoram ouvir uma música New Age suave e dizem que ouvir rock é muito denso e é coisa de umbral e dou uma sacaneada neles:

Enfim, a música salva. E escrevi este post ouvindo este rock progressivo:

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