A SEGUNDA ERA DE LIXO PSÍQUICO PLANETÁRIO REFLEXÕES CRÍTICAS NO PARADIGMA CONSCIENCIAL

O COLAPSO DO PARADIGMA MATERIALISTA: MANIFESTO PELO DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA INTEGRAL

A ascensão do PARADIGMA CONSCIENCIAL

Introdução: a era do desencantamento e o chamado ao reencantamento lúcido

Estamos presos em um modelo de realidade que já não se sustenta. O paradigma materialista, que moldou o pensamento científico desde o Iluminismo, prometeu respostas definitivas e previsibilidade mecânica ao universo. Baseado na separação cartesiana entre mente e corpo, sujeito e objeto, esse paradigma reduziu a consciência a uma ilusão epifenomênica do cérebro — uma espécie de espuma neuroquímica gerada pelo acaso evolutivo.

Contudo, a própria ciência começa a implodir essa narrativa. A física quântica desafia os alicerces do realismo local; a neurociência confronta seus próprios limites ao tentar localizar o “eu” em meio a impulsos neurais; e as experiências anômalas vividas por milhões de pessoas — como projeções fora do corpo, sincronicidades, retrocognições, EQMs — permanecem como dados excluídos de um modelo que prefere negar a complexidade do que reformular seus pressupostos.

Este artigo é um chamado para a revolução paradigmática. Uma defesa veemente do que denominamos Paradigma Consciencial: uma visão de mundo onde a consciência é o fundamento ontológico do cosmos, e não um subproduto de matéria inerte. Integraremos aqui os insights da física quântica (Amit Goswami), da conscienciologia (Waldo Vieira), da ciência pós-materialista (Beauregard, Sheldrake), da filosofia integrativa (Ken Wilber, Ervin Laszlo), da complexidade (Edgar Morin), e das visões transcendentais de Pietro Ubaldi.


1. A falácia da redução: a implosão lógica do materialismo

O materialismo parte de um paradoxo lógico: ele nega a validade da subjetividade ao mesmo tempo em que a utiliza como base de toda inferência científica. Afinal, quem observa, mede, teoriza e verifica? Um sujeito consciente. A ciência, enquanto atividade humana, pressupõe a existência de consciência reflexiva. Negar isso é minar a própria base epistêmica da ciência.

Além disso, o reducionismo não se sustenta frente à física contemporânea. No nível quântico, partículas não têm existência determinada até que sejam observadas. O “colapso da função de onda” nos obriga a considerar a consciência como um fator participativo da realidade. Amit Goswami afirma:

“Se aceitarmos que a consciência é fundamental e que a matéria é derivada da consciência, então tudo se encaixa. Caso contrário, temos que viver com paradoxos.”

O materialismo insiste em que tudo pode ser reduzido a interações entre partículas cegas. Mas esse modelo não explica a experiência subjetiva, o sentido do “eu”, nem o simples fato de estarmos cientes do mundo. A realidade da experiência interior — qualia — continua como o “problema difícil da consciência” (David Chalmers), insolúvel dentro da lógica materialista.


2. O cérebro como interface: correlato não é causa

A ciência convencional equipara mente e cérebro, alegando que todo estado mental é resultado direto da atividade cerebral. Porém, correlação não é causalidade. A mente pode utilizar o cérebro, assim como o músico utiliza o instrumento. Danificar o cérebro pode alterar a expressão da consciência, assim como um rádio danificado distorce o som — mas não cria a música.

Waldo Vieira propôs o modelo consciencial multidimensional, onde o cérebro físico é apenas uma interface para uma consciência extrafísica, autoconsciente e evolutiva. Em suas palavras:

“A consciência não é produto do cérebro; é o cérebro que é uma ferramenta da consciência intrafisicalizada.”

As experiências de quase-morte estudadas por Pim van Lommel (cardiologista), mostram consciência lúcida e organizada durante períodos de eletroencefalograma plano. Isso desafia frontalmente a noção de que o cérebro é necessário para a consciência.

Rupert Sheldrake vai além: propõe que a memória não está no cérebro, mas em campos mórficos não locais, acessados por ressonância mórfica. A mente não está confinada à cabeça — ela é um campo expandido de informação interativa.


3. Ceticismo ou dogmatismo? A degeneração da dúvida crítica

O ceticismo saudável é essencial ao pensamento científico. Mas o que chamamos hoje de “ceticismo” é, muitas vezes, uma forma de dogmatismo disfarçado de razão. Negar sistematicamente qualquer dado que desafie o modelo vigente não é ciência — é ortodoxia.

Dean Radin e outros pesquisadores da parapsicologia reuniram meta-análises com significância estatística robusta sobre telepatia, clarividência e precognição. Mesmo assim, tais estudos são ignorados por revistas mainstream. Não por ausência de evidências, mas por viés ideológico.

Ken Wilber chamou isso de “cientificismo”, uma forma de crença tão irracional quanto o misticismo cego. Ele propõe uma “ciência integral”, que valida diferentes modos de conhecimento — empírico, racional, fenomenológico, meditativo — dentro de uma metodologia ampliada.


4. Ciência pós-materialista: a nova fronteira da investigação

Em 2014, foi publicado o Manifesto para uma ciência pós-materialista, assinado por Mario Beauregard, Gary Schwartz, Lisa Miller, entre outros. Esse documento afirma que a consciência não pode ser explicada exclusivamente por processos físicos. É necessário um novo modelo que incorpore a subjetividade, a intencionalidade, e as evidências dos fenômenos anômalos.

Fritjof Capra já havia antecipado isso ao comparar a física moderna com os sistemas filosófico-espirituais do Oriente: tudo está interconectado, e os fenômenos não são objetos isolados, mas padrões de relação.

Morin, por sua vez, exige uma ciência que inclua o observador, que aceite a complexidade, a contradição e a incerteza como constituintes da realidade, não como ruído.


5. Paradigma Consciencial: a consciência como matriz do real

Dalton Campos Roque, influenciado por Vieira e Ubaldi, propõe a superação definitiva dos dualismos. A consciência não é mente ou espírito: é um campo multidimensional em evolução. Ela se manifesta em diferentes densidades, em múltiplas existências, e tem como lei a autotransformação evolutiva — ou autoevoluciologia.

Pietro Ubaldi já havia vislumbrado a consciência como “força estruturante do universo”, em suas obras monumentais como “A grande síntese”. A evolução não é apenas biológica, mas ético-consciencial. A matéria é apenas um estágio da consciência em seu processo de densificação.

Neste paradigma, fenômenos como projeções conscientes, retrocognições, clarividências e sincronicidades não são ilusões ou patologias, mas manifestações legítimas da natureza expandida da consciência.


Conclusão: da crise epistêmica ao salto evolutivo

Estamos em uma encruzilhada ontológica. O paradigma materialista agoniza, mas ainda resiste. Seus defensores não possuem mais argumentos, apenas inércia. O novo paradigma — o Paradigma Consciencial — não é um retorno ao misticismo, mas a superação dialética da dicotomia entre matéria e espírito. É uma nova ciência, uma nova filosofia e uma nova prática de viver.

A consciência é a chave. Não como objeto, mas como sujeito fundamental do universo. A revolução que propomos não é apenas teórica: é transformadora. Começa na mente, se expande na vivência, se consolida na lucidez multidimensional e se realiza na evolução interconsciencial.

 

 

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