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Depois da Conscienciologia
Introdução
Apesar de ter me dado uma educação laica, meu pai, depois de aposentado e divorciado, passou a estudar filosofias de autoconhecimento. Comecei a ler os livros que ele adquiria. Alguns tratavam sobre fenômenos paranormais e experiências psíquicas. Passei a ter experiências fora do corpo (popularmente conhecidas como viagem astral), normalmente à noite, logo após cair no sono depois de alguma leitura interessante. As experiências eram gratificantes e atiçaram minha curiosidade. A resposta da sociedade era que eu estava louco, tinha usado drogas, ou que deveria esquecer o assunto e me dedicar a uma profissão. Os poucos amigos que se interessavam não tinham muito a acrescentar. Foi nesse contexto que me aproximei da
Conscienciologia, grupo de autoconhecimento fundado por Waldo Vieira, ex-líder espírita, médico, que procurou compreender a cosmologia espiritualista de maneira científica. Eu tinha 18 anos e estudava para ingressar na faculdade de Economia.
Meu gosto e disponibilidade para os estudos me ajudaram a crescer dentro da instituição. Me tornei
voluntário e professor. Aos 22 anos de idade, já orientava outros professores. Acumulei experiências na
organização e administração do espaço físico, coordenação de trabalhos, palestras para dezenas ou centenas
de pessoas, entrevistas em rádio, promoção de eventos entre outros.
Aos 24 anos, recém-formado, mudei-me para Foz do Iguaçu, a Meca da Conscienciologia. Minha dedicação
aumentou bastante, tanto nas aulas como na administração daquele complexo institucional, sempre
voluntariamente. Passei por alguns em empregos curtos até me estabilizar como auxiliar no escritório
financeiro de outra voluntária.
Em meus livros O que penso da conscienciologia e Waldo Vieira: o homem por trás do mito, você pode
conhecer detalhadamente as motivações que me levaram a participar do grupo, minha trajetória lá dentro,
reflexões a respeito da comunidade conscienciológica e sua qualidade científica, bem como a história do
grupo e seu fundador. Entretanto, aqui, quero refletir sobre minha expulsão do grupo e como reagi aos
acontecimentos.
Desapontamentos
Aos 30 anos de idade comecei a ter decepções. A Conscienciologia se tornava burocrática. Era impossível
fazer qualquer coisa sem aval de várias instâncias. Os textos de Vieira se tornaram repetitivos, rebuscados na
forma e vazios no conteúdo. Os espaços para iniciativas minguavam na equipe onde eu participava com mais
afinco, chamada Assinvéxis.
Afastei-me da Assinvéxis, explicando que não encontrava apoio lá para escrever e propor cursos, e que
encontrava esse apoio em outras instâncias da comunidade. Iniciei um período bastante gratificante e
produtivo em termos intelectuais. Waldo Vieira era um grande incentivador da atividade escrita. Não tardou
para que eu desse início ao processo de revisão de meu primeiro livro individual, junto à editora da
Conscienciologia. O manuscrito foi elogiado publicamente e com entusiasmo por Vieira.
Os mesmos descontentes com meu afastamento da Assinvéxis passaram a pressionar a editora para que
fizesse alterações no livro. Não se conformaram com o fato de o mesmo ter recebido pareceres favoráveis à
publicação e foram se queixar para Vieira. Seria muito dura a existência de um livro sobre o “assunto deles” que não fosse publicado por “um deles”. Vieira tomou as dores daquela turma e determinou o encerramento da obra.
Percebi que estava lidando com uma editora sem autonomia, cujo processo editorial podia ser prejudicado
por ingerências externas. Também comecei a duvidar da sabedoria de Vieira. Resolvi dar continuidade ao
trabalho de maneira independente e mais discreta, pois compreendi a disposição dos líderes da Assinvéxis
para sabotagem.
Expulsão
Seis meses depois, quando os 1.500 exemplares chegaram da gráfica, levei-os para distribuição gratuita
na comunidade. Deixei um exemplar com Waldo Vieira, antes do início de sua tradicional tertúlia. O mesmo
acolheu e divulgou a obra, que foi aplaudida pelo público.
Ao final do evento, a mesma comitiva que havia sabotado o processo editorial anterior interpelou Vieira.
Eu estava na livraria ao lado distribuindo os livros quando fui avisado, discretamente: “Professor Waldo disse
para você comparecer na tertúlia de amanhã, onde ele vai destruir você e o seu livro.”
Obviamente não compareci. As tertúlias – há milhares delas disponíveis na internet – são com frequência
intimidadoras para quem tenta discordar. O que poderia eu esperar de uma atividade cujo propósito franco
era “me destruir”? Meu interesse era discutir ideias, e isso se faz em clima racional e civilizado.
No dia seguinte, liguei o computador para assistir à minha condenação. Foi um linchamento moral
coletivo, no qual decretou-se minha expulsão. Tentei fazer algumas anotações, acreditando na possibilidade
de enviar resposta ao grupo, mas era quase impossível. Cada linha de mentira saída da boca das lideranças
comunitárias, prontas para serem admitidas por seus seguidores, demandavam páginas de esclarecimento.
Isolamento
O sentimento de fraqueza diante de tamanho ataque era grande. Naquela noite, tive a sensação mais
horrível que jamais experimentara. Vozes desequilibradas e incompreensíveis na minha cabeça, somada a um
mal-estar indescritível. Senti a perturbação e me determinei a ficar imóvel na cama. Compreendi por que
alguns suicidas tentam se matar para fugir de perturbações vindas do próprio íntimo.
Passei alguns dias temendo que viessem me intimidar em meu apartamento. Mantinha um gravador por
perto, caso isso acontecesse. Muitas foram as insinuações de que eu havia cometido crimes. Inexperiente em
matéria de leis, num país onde a verdadeira lei está na cabeça dos juízes, fiquei com medo.
Sendo uma cidade pequena, eu cruzava com frequência com ex-colegas. Agora eles atravessavam a rua
para não falar comigo. Certa vez, entretanto, na fila do banco, encontrei uma voluntária, advogada. Ela disse
ter achado um absurdo o que havia ocorrido e me deu seu cartão de visitas, caso eu precisasse de auxílio
jurídico.
Alguns dias depois, entrei em contato com ela, pedindo assessoria para remover os vídeos que se
multiplicavam na internet, com injúrias e difamações a meu respeito. Ela respondeu que o colegiado da
Conscienciologia havia orientado os advogados da comunidade a não se envolverem no assunto (leia-se: não
manter contato comigo). Ironicamente, anos mais tarde, ela advogou para uma das psicólogas do grupo,
denunciada por mim ao Conselho Regional de Psicologia.
Eu estava abrindo uma empresa com minha ex-esposa e um amigo, no ramo de construções ecológicas e
sustentáveis. A partir do ocorrido, eles me pediram para “dar um tempo”, resolver minha situação com a
comunidade para, depois, conversarmos sobre negócios. Poucos dias depois, outro voluntário da
Conscienciologia, empresário, que tinha planos de iniciar uma construção sustentável conosco, falou-me que
não conseguiria dar continuidade nos negócios se eu estivesse na parceria. Ele dependia de investidores e
clientes da comunidade conscienciológica, os quais podiam não gostar da minha presença.
“Reconciliação”
Na tertúlia, uma das diretoras insinuou que deixaria as portas abertas caso eu quisesse fazer uma
reconciliação. Referiu-se à “consciencioterapia” – terapia institucional daquela comunidade. Em situações
conflitivas, só resta ao voluntário assumir que é doente, causador de conflito, e que vai se comportar. O
departamento de consciencioterapia se gaba de aceitar em seus quadros apenas médicos e psicólogos –
supostamente profissionais com formação humanista. Vejamos o que aconteceu:
O primeiro encontro na consciencioterapia não foi um atendimento mas uma reunião, na qual diretores
vieram “entender” o que havia acontecido (leia-se: cobrar satisfações e ver quais eram minhas intenções dali
para frente). Determinaram que eu não circulasse pelos corredores da instituição “para minha segurança”
(leia-se: para que eu não conversasse com outros membros). Me criticaram e, percebendo que eu respondia
de maneira coerente, cederam. “Olha Flávio, não é que a gente espere que você comece a chorar” – ou seja,
era exatamente o que eles esperavam – “mas você está com problema se não reconhece nenhuma
participação no que aconteceu.” Minha resposta era clara: o que fiz foi “isso” e vocês estão querendo me
recriminar pelos erros dos outros.
Sem saída, um dos consciencioterapeutas abriu o jogo: “Flávio, não importa o que está escrito no livro, se
o professor Waldo disse para você não escrever, você não deve escrever.” Foi uma confissão de que a
Conscienciologia não é o que ela diz ser. Ficou claro que Vieira mudou de ideia sobre o livro não pelo conteúdo
mas para atender a interesses políticos. E que ele é o verdadeiro dono da editora, que apenas no papel é uma
associação independente. Que ele age como dono das pessoas, determinando quem pode ou não escrever
um livro. Além de atropelar os princípios estatutários da associação, segundo os quais alguém só pode ser
desassociado se for votado em assembleia.
Ficou claro que não se moviam pelo que a Conscienciologia prega como ético, nem pela legislação, mas
pelos interesses do momento. Simplesmente desconsideraram meus argumentos e mantiveram a única porta
aberta, que era a dos atendimentos “consciencioterápicos”.
Durante os atendimentos, os terapeutas tinham muitos conflitos de interesse para que agissem com
isenção a meu respeito. A começar pelo próprio fato de a suposta terapia não ter surgido como uma procura
espontânea minha, mas como condição dos líderes para que eu pudesse retornar à comunidade. Após
escutarem minha história, não conseguiam perguntar nada além de “mas você não reconhece nem um pingo
de culpa sobre o que aconteceu?” Pediram-me para estudar sobre psicopatia, que era a principal acusação
feita por Waldo Vieira durante a tertúlia. Consultei 8 livros diferentes, todos os que encontrei nas bibliotecas
da cidade, fazendo um resumo sobre o assunto e minha autoavaliação, com base nos achados.
Para aqueles terapeutas, foi como falar às paredes. Expliquei-lhes: “Vocês não estão escutando minhas
demandas, estão agindo como representantes de Waldo Vieira, representantes das demandas dele.” Pediram
para que eu relaxasse, que iriam fazer uma sessão de energização. O energizador que entrou na sala foi um dos consciencioterapeutas que fez coro contra mim durante o episódio de linchamento. Resolvi que não
participaria mais daquele engodo.
Recomeço
Conforme as semanas se passaram, ficou claro não haver sentido para continuar naquela comunidade. Era
um rebanho de ovelhas. Eu estava namorando uma aluna da Conscienciologia que morava a 400km de
distância, na cidade de Maringá. Propus-lhe mudar-me para lá e morarmos juntos.
Foi um privilégio conseguir morar num lugar distante e neutro, ser acolhido pela família dela e começar o
convívio com pessoas comuns. Ela tinha uma loja no centro da cidade e, no meu tempo livre, eu a ajudava.
Nos primeiros meses, ainda temia que os líderes da Conscienciologia viajassem 400km para me intimidar
presencialmente, ali na loja. Algo que parece ridículo, mas mostra como o medo foi marcante e demorou para
se dissipar.
Outro suporte importante era minha condição profissional. Eu trabalhava há 5 anos como auxiliar de uma
voluntária da Conscienciologia. Ela era representante de vendas de uma empresa financeira alemã. Com a
crise de 2010, ela saiu, mas a sede decidiu manter meu vínculo. Eram atividades eventuais de encerramento
dos negócios, que me garantiam sustento e tempo livre para estudar.
Após alguns meses morando em Maringá, recebo mensagem de um voluntário importante que não havia
tomado parte no linchamento. Ele pediu para fazer uma visita e discutir a retomada do processo editorial.
Contou-me que minha saída de Foz do Iguaçu causara surpresa e mal-estar entre a comunidade. Que o
próprio Vieira reconhecera o valor do livro e a importância de tê-lo no acervo do grupo. Disse-me que a
situação era politicamente delicada, já que essa conciliação não agradava os mesmos que se opuseram à obra
no ano anterior.
Passou algum tempo até que a editora retomasse o contato. A conversa foi amistosa, mas o parecer do
livro foi dogmático. Não havia discussão sobre a lógica da argumentação, mas, simplesmente, avisos de que
o tal trecho “não estava de acordo com os princípios da Conscienciologia”. Minha resposta era de que o livro
expressava minhas ideias. Poderíamos debater a coerência da argumentação apresentada, mas não fazia
sentido discutir a fidelidade do livro a supostos dogmas. Nunca mais recebi resposta.
Não insisti no contato pois eu já pensava de maneira muito diferente. Compreendi que, se eu começasse
a revisar meu livro, precisaria transformá-lo inteiramente. E compreendi que a Conscienciologia era
dogmática demais para aceitar o que eu tinha a dizer.
Reação
Eu estava isolado, numa cidade desconhecida, e meu namoro não foi adiante. Meus contatos eram
basicamente através da internet – pessoas distantes que me procuravam para compreender o que se passava.
Descobri que eu não era o único a se desiludir com a Conscienciologia. Resolvi abrir um grupo virtual,
chamado O que penso da Conscienciologia, que foi minha principal porta de socialização nos meses seguintes.
Hesitei muito em criá-lo, por medo de retaliações. Elas não ocorreram. Compreendi que, se alguém
precisava ter medo, não era eu mas meus opositores. Não apenas pelo que fizeram a mim, como a outras pessoas que começavam a expor seus relatos. E pelo dogmatismo com o qual protegiam a Conscienciologia
de ideias diferentes, que a tornava uma doutrina visivelmente engessada, em ruínas.
Por meio do canal, conheci muita gente que me deu suporte moral e intelectual. Recebia mensagens de
agradecimento por providenciar um espaço no qual era possível discordar. Descobri que havia gente
estudando de maneira mais racional e interessante os fenômenos paranormais, e passei a frequentar cursos
de parapsicologia e outros assuntos. Descobri também que o estudo da mente é muito mais rico fora da
Conscienciologia, e me dediquei, entre outras coisas, a Psicologia e Psicanálise.
Pude ter contato com haters, trolls e outros perfis desorientados que buscam perturbar a discussão e
ameaçar participantes. Rapidamente percebi que eles faziam um favor com seus xingamentos e confusões,
confirmando o nível de insanidade daqueles que tentam defender as incoerências da Conscienciologia.
Certa vez um desses hater me reconheceu na rua. Eu não teria como reconhecê-lo, pois, sua foto de perfil
era um rottweiler. Gordinho e simpático, me cumprimentou sorridente. Conversou algumas amenidades
antes de se despedir. Eu não acreditava que um perfil aparentemente tão ameaçador e determinado a
desestabilizar a discussão, a ponto de ser expulso do canal, era de uma pessoa de aspecto tão inofensivo.
Daquele momento em diante parei de levar a sério os “agressores virtuais”. A cada cão raivoso que vociferava
em minha página, eu simplesmente agradecia pelo exemplo de insanidade e bloqueava para não mais poluir
o canal. Mas imaginava-o como um nerd desocupado, morando com os pais, carente de alguma atenção, e
não como um perigo real.
Logo após a tertúlia do linchamento, enviei uma notificação extrajudicial ao Youtube, pedindo que
removesse os vídeos publicados, explicando que eles estavam atrapalhado minha vida social e profissional. A
multinacional não deu a mínima. Já em Maringá, procurei um advogado para me auxiliar no processo. Em
algumas semanas a Justiça pediu a remoção dos vídeos, em caráter preventivo, cabendo à empresa recorrer
da decisão. Desrespeitaram a decisão por mais de um ano. A multa pelo desacato chegou a 340 mil reais,
momento em que a Justiça bloqueou os bens do Google Brasil. Foi quando finalmente os vídeos foram
removidos.
Mas a roda já havia girado em meu favor. Os donos dos canais que replicaram o vídeo haviam desativado
os comentários, tamanha eram as críticas geradas contra a Conscienciologia. Nos fóruns independentes, o
vídeo da tertúlia era usado como evidência de desequilíbrio e falta de caráter de Waldo Vieira e demais
lideranças. Durou cerca de 6 anos para que os recursos judiciais da filial da Google se esgotassem e a empresa
fosse obrigada a me pagar algo em torno de 60 mil reais a título de indenização por danos morais.
Foi uma vitória importante que compensou minha frustração autoral inicial. Fui expulso por ter publicado
um livro cuja impressão me custara 20 mil reais. Graças a isso, o material ficou parado, sua distribuição se
tornou proibida dentro das dependências da Conscienciologia, sendo que não mais de 20% da tiragem chegou
às mãos de leitores. Sem ter onde armazenar os livros nem para quem distribuir, chamei uma cooperativa de
catadores de papel para levar as caixas embora. Apesar do estresse, passei a vê-lo como um empreendimento
que rendeu 200% em 6 anos.
Por vezes cogitei abrir uma ação de danos morais contra Waldo Vieira e o time que participou do
linchamento. Mas o advogado temia que um processo novo pudesse interferir no outro, em andamento.
Resolvemos aguardar, o que não me impediu de denunciar para os Conselhos Regionais de Medicina e
Psicologia a postura dos médicos e psicólogos que se manifestavam em coro na tertúlia, dando força à
acusação de que eu era psicopata.
O Conselho de Medicina deu mostras de seu corporativismo, não vendo qualquer problema na atitude de
seus colegas. O Conselho de Psicologia honrou melhor a formação humanista. A relatora do processo deu,
civilizadamente, uma longa bronca naqueles psicólogos durante a audiência. Decidiram pela advertência
privada. Depois me arrependi de não ter recorrido, argumentando que, uma vez que a atividade foi feita em
público e para o público, a advertência deveria ser pública. Mas me senti fortalecido com a experiência.
Considerações finais
Ao longo da trajetória, interagi com pessoas que não ficavam à vontade frente a relatos como este. Vozes
de ambos os lados me pediam para esquecer o assunto. Sinceramente, não sei como isso funciona. Se o leitor
conhecer alguém que passou por situação semelhante e simplesmente esqueceu, tenho interesse em
conhecê-lo. Meu sentimento é oposto. Gostaria de usar todo o tempo que tenho para escrever sobre o isso.
Mais de uma década após o ocorrido, reconheço um resto de trauma adormecido. Há diferença do meu
primeiro ano afastado da Conscienciologia, quando não se passava um dia sem que eu pensasse no que havia
ocorrido, hoje essas memórias surgem como vagas associações, em situações estressantes específicas, que a
mente associa com os traumas ou escolhas feitas naquela época.
Não condeno quem prefira esquecer a experiência sectária, embora acredite que seja impossível um
esquecimento completo. Há necessidades que batem à porta com urgência. A primeira delas é o próprio
sustento. É normal recalcarmos sentimentos do passado para nos ocuparmos com demandas presentes. Isso
não impede que esses sentimentos venham à tona de quando em quando, lembrando-nos de nossas
vulnerabilidades.
Rememorar é oportunidade de aprender. É falso agir como se a seita fosse uma doença e a saída fosse a
cura. Caso não aprenda algo com os traumas, são boas as chances de se cair em novas relações disfuncionais,
seja no trabalho, na família, no amor ou nas amizades. No meu caso, estudar sobre o assunto, conversar com
ex-membros de seitas, escrever minha história, denunciar abusos e buscar atendimento terapêutico foram
algumas das estratégias no caminho da cura possível.
Flávio Ferreira Amaral (43), economista, escritor, brasileiro, residente em Florianópolis. Publicou Seitas e grupos manipuladores: aprenda a identificá-los (2015), O que penso da conscienciologia (2020) e Waldo Vieira: o homem por trás do mito (2021), atualmente disponíveis gratuitamente em Archive.org.
Conheça também:
Waldo Vieira o Homem por traz do mito – prefácio de Dalton C Roque Esta é uma obra importante e histórica, vai marcar uma época. Ela traz uma visão de conjunto quase na nascente do espiritismo no Brasil e sua transição para a Projeciologia, e em seguida para a Conscienciologia em passos bem detalhados, excelente para pesquisadores, curiosos e estudantes desses deliciosos assuntos.
E também:
Seitas e Grupos – Amaral Flávio -como saber se está numa seita? Técnicas e modos de operação comuns em seitas para persuadir e convencer e obter as mentes fracas como reféns e fanáticos de uma organização qualquer. Todo cuidado é pouco.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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