O inconsciente não é um lugar físico dentro do cérebro ou um órgão do corpo aos olhos da ciência, mas um sistema / método / mecânica de trabalho individual mental para lidar com informações sem necessitar tomar atitude deliberada imediata. É uma ferramenta de subsistência que executa tarefas fundamentais e/ou automáticas. O inconsciente não funciona somente como um recipiente em que se somam dados ou se depositam informações para atividades mecânicas futuras, ele serve como auxiliar, para depois, um dia, se necessário, associar estas informações e dar-lhes sentido prático evolutivo (psicológico, emocional, espiritual, etc).
É uma região da personalidade próxima ao ego. Consiste de experiências que foram suprimidas, reprimidas, esquecidas ou ignoradas. Os conteúdos do inconsciente individual são acessíveis à consciência, havendo muitas permutas entre o inconsciente individual e o ego.
Em sentido muito amplo, o inconsciente pode abranger tudo que está como em latência, semelhante ao germe de uma semente que ainda não brotou. Foi popularizado, pela Psicanálise, o termo consciente e da mesma forma o seu oposto, o inconsciente. Pierre Janet[1], para expressar o mesmo, preferia o vocábulo subconsciente. Academicamente, o conceito “subconsciente” não existe, é usado como um termo abrangente e impreciso (um quebra galho) por alguns autores, às vezes com o significado de “inconsciente” (individual ou mesmo coletivo); em outras vezes como “estado alterado de consciência”.
Posso dizer que estou consciente, neste momento do fato de que estou lendo ou escrevendo. Estaria inconsciente se estivesse em coma, em estado hipnótico profundo, em êxtase, desmaiado. Mas também estou inconsciente daquilo que esqueci, por exemplo, do que almocei há duas semanas, do sonho que tive na semana passada e do qual não me recordo.
[1] Pierre Janet, ou Pierre-Marie-Félix Janet, nascido em 30 de maio de 1859 e falecido em 24 de fevereiro de 1947, em Paris, foi um psicólogo e neurologista reconhecido tanto na França como nos Estados Unidos, por desenvolver o tratamento clínico das doenças mentais em conexão com a psicologia acadêmica.
ID, EGO E SUPEREGO
São entidades abstratas de nossa mente definidas pela psicanálise. O id é o instinto, nosso lado animal, tudo de inconfessável que desejamos fazer, síntese de nossas impulsividades. O ego é a vontade, o interesse, o calculismo, o racional, o intelectual, a nossa manifestação social e integrada, a transição, o caminho do meio, o gerenciador entre id e superego, o mediador, o juiz, o diplomata. A Psicologia tradicional deseja reforçar esse ponto. O superego é o responsável por nos enquadrar às normas sociais; é a voz da repressão, que nos impõe valores e quando é muito brusco e implacável gera sentimento de culpa e de vergonha. É o ponto que as religiões utilizam para manipular sua massa de fiéis incautos.
EGO, SELF, ALMA, ESPÍRITO E CONSCIÊNCIA
- Ego – Embora o ego já tenha sido explicado pelo conceito da Psicanálise de Freud, em item anterior, muitas pessoas costumam utilizá-lo com uma conotação diversa. Geralmente no meio espiritualista, espírita ou religioso a expressão ego se refere aos defeitos, a sombra, ao lado ruim do indivíduo, materialista e vaidoso. É costume dizer ego da vaidade, ego do orgulho, ego da preguiça – tudo isso pode ser generalizado na simples expressão ego, em referência a alguma pessoa e a seus defeitos.
- Self – Enquanto o ego é o eu menor, o self é o eu maior, mais essencial, expandido, mais elevado, puro e divino. É o ponto central da personalidade, em torno do qual todos os outros sistemas se organizam, formando constelações. Ele sustenta a união desses sistemas, e fornece unidade, equilíbrio e estabilidade à personalidade. Equivale à expressão consciência utilizada nos meios espiritualistas. Também chamado de Eu Sou, Cristo Interno, Eu Superior, Mestre Interno, Mestre Interior, Centelha Divina, Princípio Divino. Esse conceito (Self) foi desenvolvido por Carl Gustav Jung.
- Alma – Princípio imaterial ou metafísico da vida que transcende a matéria, mais utilizado pelas religiões e por filosofias. Equivale à expressão consciência, utilizada por espiritualistas. No espiritismo alma significa o espírito encarnado (ser humano).
- Espírito – Embora a expressão “espírito”, no sentido vulgar, possa representar a ideia ou “sopro” de algo mais etéreo e fugaz (exemplo: “Hoje estou com espírito de um poeta.”), também pode ser interpretado como “fantasma”, no sentido de uma aparição. Nos meios espiritualistas, de forma geral, serve de sinônimo de corpo astral, consciência desencarnada, consciência extrafísica ou como consciex (na Conscienciologia – contração da expressão consciência extrafísica). Já para os espíritas mais próximos do universalismo significa o mesmo que consciência, no sentido de essência.
- Consciência – Nas ciências ortodoxas e convencionais é apenas um estado normal de percepção já explicado no item 13. Para estes é assim: se estou consciente percebo, detecto e reparo, senão, é porque estou inconsciente ou menos consciente, portanto não reparo, nem detecto. Para os espiritualistas, como já dissemos, é o mesmo que o eu mais profundo, íntimo, essencial, superior, divino, self, essência muito além da forma, da matéria ou mesmo da energia. A energia não tem vontade própria, não organiza a si mesma e isso serve para todo tipo de energia, até onde se sabe hoje. Com isso, podemos afirmar que deve haver algo ou alguém que manipula, organiza e utiliza a energia em seus mais variados aspectos. A essa entidade chamamos consciência.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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muito bom estou fazendo esse curso .gostando muito.
Que bom!
Mt bom seu texto Tio Dalton, me ajudou demais!
Que bom, amigo!
Prezado Tio Dalton! Sou grato pelas suas Excelentes contribuições e sobretudo pela humildade em compartilhar o seu ponto de vista. Parabéns.
Um abraço
Nemias Mota
Obrigado Nemias.
Eu acho que criei o meu ”espiritismo-particular”,a consciência,pra mim é tudo aquilo que está arquivado no meu arquivo-cerebral,o inconsciente sim seria o meu eu profundo e espiritual,é onde está arquivado experiências de vidas passadas.
Quanto ao superego,seria aquele regulador-moral que o espírito da verdade diz ao Kardec:”As leis morais divina estão escritas na nossa consciência”,que eu chamo de inconsciente,porque a gente não tem consciência clara dessas leis.
Não sei se fui claro,o seu texto é bem didático e bem escrito.
Claro Ademar, bem-vindo! é legal ter segurança para desenvolver a própria visão. Vá firme e abraços, Dalton
Sou uma curiosa desta temática. Gostei muito!
Bem vinda Lucy!
Obrigado,
Dalton