O Ho’oponopono é muitas vezes interpretado como um “apagador mágico de memórias”, um botão espiritual que deleta traumas, ressentimentos e pensamentos negativos. Essa visão, embora popular, é redutora e até perigosa — pois ignora as camadas profundas do campo informacional da consciência, onde os registros permanecem até que sejam compreendidos, processados e transmutados conscientemente.
Não se trata apenas de “limpar memórias”, mas de dissolver estruturas energéticas que mantêm essas memórias ativas em nosso campo pessoal. O campo informacional é o substrato onde se imprimem não apenas lembranças cognitivas, mas também emoções não elaboradas, padrões de repetição, imagens simbólicas, traços de personalidade e vínculos com outras consciências — nesta vida e em outras.
Ao dizer “sinto muito” ou “me perdoe”, o praticante não está eliminando o fato, mas iniciando um processo de descondicionamento vibracional. Aquilo que era cristalizado como dor, mágoa ou culpa começa a ser flexibilizado no campo energético, permitindo que a consciência ganhe mobilidade para enxergar sob novas perspectivas. Mas isso só acontece se houver intenção real e presença lúcida. A repetição sem vivência é vazia.
Como detalhado em Ho’oponopono hiper desdobrado consciencialmente, o método atua em múltiplas densidades e níveis da consciência. Memórias do passado não são apenas lembranças da infância ou da vida atual: envolvem registros transexistenciais, experiências interdimensionais e traços que persistem de encarnações anteriores. São impressões densificadas no corpo energético e no campo consciencial, muito além do cérebro físico.
Por isso, quando o Ho’oponopono é praticado com consciência, ele não atua apenas sobre o que o ego reconhece, mas também sobre os conteúdos que vibram silenciosamente nas camadas inconscientes. Essa é uma das razões pelas quais, após uma prática consistente, muitas pessoas relatam sonhos, emoções inesperadas ou lembranças aparentemente desconexas vindo à tona: o campo está sendo reorganizado.
É essa a base da autotransformação: reorganizar o campo interno para que novas escolhas se tornem possíveis. Como reforçado em Eu me curo, portanto, eu curo o mundo – Ho’oponopono, cada consciência limpa em si aquilo que ainda está desorganizado no coletivo. Curar-se é um ato de expansão coletiva, não apenas pessoal.
Mas essa limpeza não é um milagre súbito. É um processo. O Ho’oponopono verdadeiro exige entrega, persistência e autorresponsabilidade. Como mostrado em O verdadeiro e único Ho’oponopono, a prática tem raízes espirituais profundas e pressupõe uma jornada interior constante.
O que se limpa, portanto, não é o fato bruto — mas a carga vibracional associada a ele. O campo informacional deixa de ser um emaranhado reativo e se torna um campo criativo, disponível para novas possibilidades.
Limpar é compreender. Compreender é integrar. Integrar é curar.

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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