Pois é, esta é uma expressão que criei ao ver e reconhecer meus defeitos, as limitações, os terríveis erros cometidos e minha ignorância. Por favor, isto não é falsa modéstia, algo tão social e comum – antes fosse, teria ao menos o conforto da própria ignorância, a ilusão da falta de autocrítica de um ego que embora disfarçasse sua vaidade em ser algo que não é, a mascararia de humilde. A falsa modéstia é uma praga nos meios não materialistas, transcendentes, espiritualistas, religiosos e afins.
E esta auto visão que procuro não mais carregar de culpa, que eu trago de tempos imemoriais, me classifico no máximo como medíocre, que embora seja normalmente um termo usado como pejorativo, não o é. Medíocre, significa mediano, na média, comum.
Observei os problemas, erros, defeitos e limitações de estranhos, colegas, amigos, até de médiuns e espiritualistas de renome, onde detectei muita similaridade em todos, de todas as linhas e grupos.
Não vou negar que às vezes me sinto frustrado ao detectar um defeito x em mim, que me faz sentir um grande “idiota” tanto social quanto espiritual. Mas diante da mediocridade compulsória de minha existência enquanto ser, eu me pergunto o que fazer para superá-la e para ser melhor que eu mesmo?
Então o que mais pega é a moral, a ética e a cosmoética (esta última bem polêmica e relativa), nem tanto as posturas vaidosas, egocêntricas que vivencio eventualmente, alternadas com modéstia, lucidez, empatia e compaixão, que também vivencio noutros momentos, não conseguindo esconder de mim o “médico e o monstro”, a luz e a sombra, a lucidez e a obsessão, escrevo para que as pessoas se animarem no processo do autoconhecimento e da autocrítica sadia.
A autocrítica cognitiva e intelectual (que a muitos engana) não basta, é preciso reciclagem íntima, autoterapia vivencial, atitudes que norteiam e reanimam as recaídas desanimadoras do ego ardiloso, sutil e justificador.
É um auto desafio prático que rola a cada segundo da vida no contexto social-espiritual. Compare isto ao viciado em crack que quer se melhorar de verdade, quer largar o vício, pede e aceita ajuda. A coisa inicia em assumir o vício, no caso, o ego, ou o defeito x manifestado. Então consiste no auto desafio eterno e no saber das recaídas de um outro gole, outra tragada, outra balada insana…
Acho ingênua e imatura a adoração de pessoas a outras que realizam um trabalho que elas admiram. Estou falando de tantos médiuns, líderes espirituais, projetores, professores, artistas e políticos que elas tanto louvam e endeusam.
Até parece que estes são ETs escolhidos ou vieram da “Virgem Maria” e tem um passado imaculado, não tiram meleca e não precisam usar papel higiênico.
Creio que a pequena diferença entre uns e outros é a coragem, o auto desafio, a segurança e a ousadia. No sentido mais consciencial do enfoque, exclua-se políticos e artistas, a diferença é que os tais admirados se auto desafiaram a “abandonar o vício”, no caso, os problemas do ego, da ética e da moral.
Muitas vezes estes ícones admirados e reconhecidos por seu respeitável trabalho estão mesmo muito abaixo de seus admiradores em: compaixão, paciência, ternura, empatia, afeto, sabedoria, cultura, experiência de vida, etc.
Foi desta análise tão óbvia para mim e tão distante dos admiradores iludidos, que resolvi assumir a minha HUMANIDADE RELATIVA DE PONTA.
Antes eu diria assim “atire a primeira pedra quem não possuir pecados”, mas em terra de ego quem tem um ponto de lucidez é rei, e irão aparecer muitos arautos (cegos) da moral e da ética para nos apedrejar e ainda dizendo “tenho pecados, mas sou melhor que você”. Então tenho que reformular a argumentação e dizer “quem eu achar que seja um julgador-condenador melhor que eu, atire a primeira pedra, me julgue e condene”.
Você pode ser arauto de qualquer moral, verdade, sistema, doutrina, mestre ou avatar, eu não sou arauto de nada, a não ser de meu ego (pelo menos autocrítico e lúcido), como já disse e repito, ego medíocre em minha humanidade relativa de ponta.
Citação retirada do livro “A pergunta de Aristóteles” – Abenides Afonso de Faria, pg 30:
(…) Guia-me o que está expresso de que a arte de difundir o bem, os erros são desculpáveis. Com isso, não estou contando com a impunidade, mas como a experimentação é garantia de acertar e errar, estou no firme propósito de acertar.
(…)
Dalton Campos Roque – www.consciencial.org – 23/12/2012 – na chácara em Agudos do Sul – PR.
Não se institucionaliza a evolução consciencial;
Não se burocratiza níveis evolutivos;
Não se empacota a verdade
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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