arrogancia-modestia-e-humildade

ARROGÂNCIA MODÉSTIA E HUMILDADE

Vamos dissertar sobre estas características humanas tão polêmicas. A começar por consultar o dicionário Houaiss eletrônico.

Arrogância:

1     ato ou efeito de arrogar(-se), de atribuir a si direito, poder ou privilégio

2     Derivação: por extensão de sentido.

qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez

3     Derivação: por extensão de sentido.

atitude desrespeitosa e ofensiva em atos ou palavras; insolência, atrevimento, ousadia

 

Modéstia:

1     ausência de vaidade em relação ao próprio valor, às próprias realizações, êxitos etc.; despretensão

Ex.: referiu-se com modéstia à sua condecoração

2     comedimento determinado pelas exigências das circunstâncias, dos deveres, dos usos; sobriedade

Ex.: é admirado por sua m. e compostura nos momentos difíceis

3     desprezo ao luxo, à ostentação

4     conformidade com os padrões morais e éticos da sociedade; pudor, decência

Humildade:

1     qualidade de humilde

2     virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade

3     sentimento de fraqueza, de inferioridade com relação a (alguém ou algo)

4     reverência ou respeito para com superiores; acatamento, deferência, submissão

5     falta de luxo, de brilho; simplicidade, sobriedade

Ex.: a h. de seus trajes

6     condição do que é desfavorecido economicamente; pobreza, penúria

***

Segundo a Wikipédia <http://pt.wikipedia.org>; consultada em 06/07/2010, que nos transmite uma visão cultural e popular de uma parcela mais intelectualizada da população:

Arrogância

Arrogância é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. É comum conotar a pessoa que apresenta este sentimento como alguém que não deseja ouvir os outros, aprender algo de que não saiba ou sentir-se ao mesmo nível do seu próximo. São sinônimos, o orgulho excessivo, a soberba, a altivez, o excesso de vaidade  pelo próprio saber ou o sucesso.

Modéstia

A modéstia abrange um jogo de cultura ou valores religiosos determinados que relacionam-se uns aos outros. Pode incluir:

1. A moderação em uma ações ou aparência, não desejando atrair atenção imprópria para si;

2. Subestimando uma realização (veja humildade);

3. falsa modéstia, uma forma de vangloriar-se auto-humilhando-se falsamente;

4. Modéstia sobre sexualidade e a exposição do corpo humano, especialmente tabus contra nudez em muitas culturas.

Humildade

Humildade vem do Latim humus que significa “filhos da terra”. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão.

Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde, quem se vangloria da sua mostra simplesmente que lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”.

Por humilde também se pode entender a personalidade que assume seus deveres, obrigações, erros e culpas sem resistência. Assim, se pode dizer que a pessoa ou indivíduo “assume humildemente”.

***

Bem, além desta objetiva abordagem é interessante e importante também salientarmos outras perspectivas sempre citando as fontes de pesquisa.

No link <http://www.pensador.info/modestia/>; consultado em 06/07/2010 observamos algumas frases interessantes que postaremos literalmente:

a.)  Arrogância

“O pródigo é arrogante e o avaro é mesquinho. É preferível a mesquinhez à arrogância.”

Confúcio – filósofo chinês (551 a.C. – 479 a.C.)

“Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes.”

Johann Goethe – Johann Wolfgang von Goethe, escritor, cientista e filósofo alemão.

“A arrogância sempre é o véu que está na iminência de ser despido para efetivamente mostrar a ignorância tal como é: nua, crua e feia de doer.”

Eder Siegel – ???

“A arrogância é o reino sem a coroa.”

Sabedoria Judaica

“A futilidade é a alma gêmea da ignorância. A arrogância é a alma gêmea da incompetência. A vaidade é a mãe delas.”

Maria Angélica Carnevali Miquelin – ???

b.)  Modéstia

“Nas pessoas de capacidade limitada, a modéstia não passa de mera honestidade, mas em quem possui grande talento, é hipocrisia.”

Arthur Schopenhauer –  filósofo alemão do século XIX da corrente irracionalista.

“A modéstia não pode ser considerada uma virtude, pois assemelha-se mais a um sofrimento do que a uma qualidade.”

Aristóteles – Influente filósofo grego, discípulo de Platão. Dedicou sua vida ao desenvolvimento de conceitos fundamentais de ética, lógica, política, e outros, que são usados até hoje.

“O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita pela qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não tem!”

Arthur Schopenhauer

“O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu carácter.”

Sócrates – Conhecido como patrono da Filosofia, Sócrates influencia até hoje o pensamento ocidental. Não deixou nenhuma obra escrita, sendo seus discípulos Platão e Xenofontes responsáveis por difundir seu pensamento.

“O silêncio, tal como a modéstia, ajuda muito numa conversação.”

Michel de Montaigne de Montaigne  – escritor e ensaista francês, considerado por muitos como o inventor do ensaio pessoal.

“A falsa modéstia é o último requinte da vaidade.”

Jean de la Bruyere – foi um célebre ensaísta e moralista francês. Sua obra “Os caracteres” é considerada um fiel retrato moral.

c.)   Humildade

“A humildade é a única base sólida de todas as virtudes.”

Confúcio

O topo da inteligência é alcançar a humildade.

Textos Judaicos

“A humildade é a base e o fundamento de todas as virtudes e sem ela não há nenhuma que o seja.”

Miguel Cervantes – Célebre Poeta espanhol, autor do igualmente célebre romance satírico “El Ingenioso Don Quijote de la Mancha”, o segundo livro mais lido pela humanidade depois da Bíblia.

“A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém.”

Paulo Freire – Paulo Reglus Neves Freire (1921 – 1997), foi um educador brasileiro.

Temos também outras considerações interessantes e mais elaboradas como posto a seguir sempre postando as fontes. Muito bom este artigo a seguir, inclusive bem humorado.

Humildade e arrogância (Parte 1 de 2)

Retirado de <http://acimadedeus.blogspot.com/2007/05/humildade-e-arrogncia-parte-1-de-2.html>; consultado em 06/07/2010

Todo mundo acha que ser humilde é algo bom. Não é. Humildade é a tentativa do fraco de ser virtuoso. Ah, é politicamente incorreto falar isso, claro, pq é politicamente incorreto lembrar o fraco que ele é fraco. Somos uma nação de fracos pq são poucos os que se sobressaem, os que conseguem vencer a inércia do falso virtuosismo. Quando uma pessoa melhora? Quando percebe que há espaço para melhorar. Quando percebe que é fraca, inútil. Se a pessoa acha que é virtuosa, não moverá uma palha para mudar algo.

Ok, a conversa está um tanto abstrata, então, vamos a algumas definições. A moral é o que diz se o sujeito é bom ou mau, correto ou incorreto, honesto, vil, ganancioso. Mais: a moral é o que define exatamente o que é ser cada um desses adjetivos. Por exemplo: o orgulhoso e o ambicioso sempre foram vistos (e em partes ainda são) como maus, pq a moral religiosa que dominou o mundo era clara quando dizia que orgulho e ambição eram ações do demônio, coisas assim. Ninguém usava esses adjetivos para elogiar, somente para prejudicar. Hoje em dia, é comum dizer que alguém é ambicioso ou orgulhoso sem o viés pejorativo.

Voltando à definição, notamos também que não só o adjetivo em si muda seu viés de acordo com a moral, como esta também indica a aplicação desse adjetivo em determinada pessoa de acordo com suas atitudes. Um pedófilo hoje é mal visto, mas na Grécia Helênica era normal e saudável. Um escravocrata hoje é mal visto, mas em 1800 era normal e politicamente saudável.

Com essa definição em mente, observemos a utilização do adjetivo ‘humilde’: eufemismo para pobreza, ou confusão com timidez e/ou incapacidade. Ser pobre é bom? Ok, no Brasil de hoje, até é. O pobre tem muitas vantagens, além de ser um estilo de vida, como podemos ver em programas de TV que aclamam o gueto, a periferia, as favelas. Não, morar numa favela já foi coisa lamentável, ruim, triste. Hoje é alegria. Voltarei a esse assunto mais tarde. Por enquanto podemos apenas nos ater à aplicação do termo ‘humildade’. Não, não é bom ser pobre, passar fome, ser miserável. Esse pobre não é humilde: é pobre.

Existe também aquele pobre coitado que mal abre a boca, que apanha de tudo que é lado, que não sofre mais por falta de espaço, e, rendido dentro de si mesmo, é incapaz de se sobressair. Também é chamado, pela maioria, de humilde. Humilde por sequer tentar se impor. Por aceitar a submissão. E é esse o ponto.

Humildade é isso: aceitar a submissão. Justamente para que o submisso mantenha-se submisso, ele próprio cria um mito de que isso é virtude. Obedecer é virtuoso. Ser pobre é virtuoso. Não à toa somos a maior nação católica do planeta. O cristianismo tem como pilar a regra de que ricos são maus, somente pobres é que entram na vida eterna. Esses são os humildes. Reparem: não importa se o cidadão seja pobre mas tenha pensamentos reprimidos que escandalizariam Lúcifer em pessoa. O que importa é PARECER humilde, não SER humilde.

Reparem que interessante: populações religiosas hoje clamam contra a ditadura das aparências, chamam os jovens a SEREM, não PARECEREM. Não viverem de posses e de poder, e sim de abnegação e pudor. Com que finalidade? PARECEREM castos e puros, quando na verdade não são. São reprimidos que se sentem mal por sentir atração física por outra pessoa.

Ok, mas e a essência da palavra ‘humildade’? Muito bem, realmente a essência dessa palavra parece virtuosa. Humilde é o sujeito que NÃO se vangloria por ser melhor que os outros. Mas há uma premissa EXPLÍCITA nessa definição: o sujeito PRECISA ser melhor que os outros. Ser melhor que quem? Depende da base de comparação. Se o Bill Gates e eu estivermos juntos e ele disser que tem 50 bilhões, ele está deixando de ser humilde? Ora, mas ele não trabalhou, teve idéias, gerenciou, administrou, viveu pela empresa que hoje lhe dá essa cifra? A pessoa sentir alegria por ser recompensada pelo seu trabalho é, por si só, matar uma virtude? Não, acho que não.

Então humildade é outra coisa. Vejamos: e se o Bill está feliz, espalhando a todos que tem 50 bilhões, aí aparece o sultão de Brunei e fala que tem 100 bilhões? O sultão não está sendo humilde? Bom, ele acabou com a alegria do Bill. Mas e daí? Se a alegria do Bill é baseada nisso, então o sultão não tem culpa por estragá-la.

Acredito que humildade (no sentido essencial da palavra, não no uso que as pessoas fazem dela) seja o ato de não sentir essa alegria em um momento em que não faz sentido sentí-la. Se alguém está passando fome ao lado de Bill, ele não tem a menor obrigação de ajudar essa pessoa, e tem todo o direito de continuar sentindo-se feliz pelos seus 50 bilhões, ENTRETANTO explicitar essa alegria naquele momento é desnecessário. Mas seguindo essa idéia, o sultão também deixou de ser humilde, pois não havia necessidade de falar ao Bill que ele tem 50 bilhões a mais e acabar com sua alegria.

Humildade, portanto, resume-se a:

1 – Ser melhor que sua base de comparação.

2 – Deixar todos ao redor (que são os que vão dizer quem é virtuoso) saberem que você é melhor que sua base de comparação.

3 – Deixar que a base de comparação pense que é melhor que você.

Nota-se que ser humilde é, na verdade, enganar o coitado, fazendo com que ele ache que é melhor que você, e de uma forma que todos ao redor tenham dó do coitado que se acha melhor. Assim, você será aplaudido por não acabar com a alegria do coitado por ser melhor que ele.

Ops, mas que virtude é essa que consiste em alimentar o vício alheio?

***

A seguir outro artigo interessante sobre Franqueza e Arrogância:

O que fazer quando a franqueza vira arrogância?

Por Aguilar Pinheiro <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-que-fazer-quando-a-franqueza-vira-arrogancia/31357/>; consultado em 06/07/2010

“A arrogância vem antes da queda.” – Provérbio Alemão

A franqueza é uma qualidade? Sim, é. O problema é distinguir a linha tênue que separa os dois opostos em que, de um lado estão os benefícios da franqueza e do outro, os estragos que ela pode causar, a uma pessoa, um grupo delas ou mesmo a uma organização. Franqueza e sinceridade andam de mãos dadas, mas não é a mesma coisa.

A franqueza está relacionada à capacidade que uma pessoa possui de dizer a verdade. Verdade essa que pode ser baseada em fatos, dados incontestáveis ou apenas nos critérios individuais de quem se baseia nesta verdade. Neste caso, a verdade pode não ser tão verdadeira. Mas, digamos que sim. Franqueza envolve mais de uma pessoa, quem é franco e quem é destinatários, o receptor dessa relação. Tanto quem emite quanto quem recebe qualquer informação é afetado pelos sentimentos internos que esta gera. Ao expressar algo a pessoa manifesta suas emoções, ao receber esse conjunto de conteúdo e emoções o ouvinte acessa as próprias emoções, provocadas por suas reações internas ao que ouviu e ao que o que foi dito representa.

O conteúdo da informação é o que se pode chamar de sinceridade. Já a forma como essa verdade é dita, representa a franqueza. Ou seja, os impactos da franqueza estão mais na forma do que no conteúdo. A questão é: como fazer para ser franco sem parecer arrogante e massacrar a relação?

O comportamento socialmente correto tem sido vítima de disfarces da verdade e de falsa franqueza. Muitas vezes a pessoa, para ser gentil, diz uma coisa diferente do que está pensando, do que seria a verdade, deixa de ser franca para ser gentil. Isso pode ser danoso, pois ao preservar a relação a opinião dada pode levar a resultados indesejáveis. Por outro lado, ao ser franco e direto, há o risco de magoar a pessoa e depois a si mesmo, preserva-se a verdade, mas desestabiliza-se a relação. Imagine isso numa organização, você está numa reunião em que o objetivo é discutir um dado projeto. Você percebe os pontos fracos do projeto e antecipa os cenários futuros, em que grandes prejuízos serão amargados. O que fazer? Falar francamente sobre estes pontos fracos e relacioná-los aos possíveis prejuízos ou parabenizar o autor pela proposta apresentada?

Aí é que entram a análise das duas coisas que mencionei antes, a verdade e a franqueza. O que você percebeu é verdade baseando-se em dados técnicos, estudos do mercado, do projeto ou em suas opiniões pessoais? Em seus sentimentos em relação ao autor do projeto ou em possíveis “perdas” que este projeto trará a você, em detrimento da ascensão do outro, caso seja logrado de êxito? Dependendo das respostas você fica calado ou prossegue. Claro, baseando-se em suas crenças e valores e nos da organização.

Se os dados atestam que o que você dirá é verdade, então, antes de ser franco, pense em mais duas coisas: A necessidade. Sua opinião, neste contexto é, realmente, necessária ao objetivo proposto? Se sim, passe ao segundo item, o traquejo social. Em Programação Neurolinguística – PNL há um pressuposto que diz que todas as ações têm uma intenção positiva. E isso é verdade, de acordo com o dito popular que afirma que de bem intencionados o inferno está cheio. O traquejo social dará à sua franqueza uma áurea de nobreza e boas intenções, e evitará que você queime no fogo do inferno da mágoa e da culpa. Traquejo social é se importar com mais duas outras coisas: os sentimentos do outro após receber sua opinião e os resultados que isso trará na sua relação com essa pessoa, seus sentimentos. Desse modo, pense nas intenções do outro e nas suas próprias intenções, no contexto presente e futuro. Não existem receitas mágicas, mas se você conhece a técnica do Rapport, da PNL, pode utilizá-la para construir e refinar o seu traquejo social.

Caso você queira aprofundar nesse processo, participe de um bom curso de PNL e veja como os cenários se ampliam à medida que você fala com franqueza, mantém sua sinceridade e, mesmo assim, constrói e preserva excelentes relacionamentos pessoais e profissionais.

Contatos: Asbrapa, O Centro da Excelência Humana

***

Vejam que os dois artigos anteriores com fontes e propósitos totalmente diferentes apresentam convergências inteligentes e interessantes.

Para enriquecer ainda postaremos mais curto artigo sobre a idéia.

***

ARROGÂNCIA

Retirado de <http://www.avt.com.br/>; consulta em 06/07/2010

Acima da capacidade intelectual e profissional, está a capacidade de reconhecer que nenhuma verdade é absoluta. Ter a humildade em admitir o próprio erro, mesmo que isto represente situação adversa, é digno e nos aproxima das outras pessoas.  O segredo do sucesso, começa por ser querido pelas pessoas.  A chance de se obter sucesso é inversamente proporcional ao número de inimigos que você cria. Ter autoconfiança, sim. Ser arrogante, JAMAIS.  Não confunda arrogância com coragem, ousadia liderança ou segurança.

Os arrogantes colecionam fracassos (nem sempre financeiros), mas todos sempre são justificados e cada justificativa incabível, gera outro fracasso e o ciclo nunca é interrompido.

***

No livro Universalismo Crístico – O Futuro das Religiões, por Roger Bottini Paranhos, Editora do Conecimento, página 18, lemos:

“Ao contrário dos arrogantes líderes da vida humana, que precisam demonstrar um poder que não possuem, os mestres espirituais impõem respeito por sua própria virtude”.

***

Também é pertinente citar outro autor conhecido e polêmico:

“Humildade é doença”. Waldo Vieira

***

Antes de chegar a uma conclusão isenta sobre qualquer estudo, é preciso verificar diversas fontes distintas e independentes e consultar o princípio da universalidade. Não basta encontrar um conceito ou opinião isolada e contrária a todas as demais e engoli-la como verdade. Também não basta aceitar a todas as demais (a maioria delas) se as ideias estiverem velhas, ortodoxas e vencidas, e a única e isolada ideia contrária for pioneira e talvez correta. Oh, vida cruel! Qual será o caminho?

Bem, sem fórmula mágica ou caminho das pedras, prefiro pegar uma porção de formadores de opinião que respeito e simpatizo, e tirar um média em suas opiniões. Depois levo as ideias e vou conversar com meu travesseiro e geralmente acordo com as ideias mais nítidas e a opinião concluída, embora mantenha a flexibilidade.

Então analisando o conjunto de ideias, conceitos, frases e artigos que postei, dá para formar uma opinião o suficiente sólida. Claro, entra nisso a vivência pessoal, ou seja, as experiências humanas ao enfrentar situações com pessoas modestas, humildes e as arrogantes. Mas não deve esquecer de avaliar a relatividade do contexto em que elas aconteceram. Se foi dentro da Igreja ou do Centro Espírita, então tem uma perspectiva, se foi dentro do estádio durante um jogo de futebol terá outra. Entende o que digo?

Por minha perspectiva temos duas heranças ruins em nossa cultura e até costumo brincar em particular e chamá-las de “pragas”: o sentimento religioso padrão e a cultura mistificadora New Age.

A primeira está arraigada no inconsciente coletivo da humanidade e nas memórias multimilenares das muitas vidas, nas quais já fomos religiosos ou manipulados e humilhados pela religião em outras vidas. Se a idade das trevas da inquisição reprimiu e queimou, chegou uma hora que o outro lado da balança eclodiu no exagero místico da New Age. Parece que foi um “desconto”, um contra-ponto a essa fase negra. Primeiro a repressão, e depois vem a exacerbação do que foi reprimido, na verdade uma espécie de desabafo do suspiro do inconsciente coletivo “mal criado” e respondendo “bravo” a mãe repressora: “agora faço o que quiser, acredito em portal 11:11, em anjos e na porcariada toda que me proibiu no passado”.

Mas para não fugir do assunto iremos tentar fazer nossa síntese um pouco mais conclusiva.

Se humildade tiver sentido financeiro (como aliás está no Aurélio e não postei aqui por preguiça) então não tem nada a ver com nada. Mas se humildade é tido como submissão, timidez, insegurança e falta de personalidade, sim, é um problema psicológico, talvez até pior, se grave, sim, uma doença. Idem para modéstia e seus correlatos.

Se arrogância for no sentido de coragem, assertividade, autovalorização, franqueza de forma ponderada, sim, irá ser uma virtude. Mas se for um orgulho e/ou vaidade exacerbada, nojenta, repugnante, será uma grave doença, uma severa patologia.

Mas o problema é que o sentido religioso para humildade é o que predomina. Carrega no termo aquela postura “boazinha” de “imbecil” “fala mansa” e sem personalidade que apenas diz sim e fica caladinho no canto. Realmente isto está vencido, esgotado e fora de moda. Nenhum Avatar ou Guru foi ou é assim! Jesus, Buda, Krishna e Gandhi foram muito enérgicos, assertivos e positivos. Olhavam nos olhos e falavam o que tinha que falar para qualquer um e em qualquer lugar.

Temos que renovar os pensamentos, sentimentos e energias (os holopensenes pessoais e grupais) a fim de dissolvermos este ranço religioso, hipócrita e proselitista.

Agora posto considerações finais. Frases de Dalton Campos Roque:

Conhecimento veiculado com arrogância é fruto do subcérebro abdominal subreptício.

O conhecimento apenas realça a incompetência do vaso que o contém.

Se conhece a árvore pelos frutos, não pela falação teórica.

Ninguém é a rigor o objeto do que estuda, até um imbecil pode estudar “teoria  evoluída”.

Até os homens imbecis são capazes de grandes feitos, grandes são os homens capazes de manter os pequenos feitos no dia a dia, incluindo a modéstia lúcida e holomadura.

Seguir e orbitar quem gera conhecimento é fácil, difícil é produzir e acessar conhecimentos originais.

Quem não sonha fará parte dos sonhos dos outros, quem não investe em sua programação existencial, fará parte da programação existencial dos outros.

Quem tem conteúdo para mostrar não precisa de formatar em demasia o texto, usar grego ou latim para enfeitar o que não tem recheio.

Paz, mentalsoma e discernimento.

É o que desejo,

Dalton Campos Roque – www.consciencial.org (minha falta de sono produziu este estudo, agora vou dormir).

Abraços de Paz, Amor e Luz,
Dalton Campos Roque e Andréa Lúcia da Silva
Utilize nossos textos a vontade, mas cite a fonte e o site – www.consciencial.org – e nunca cite o e-mail. Obrigado

Se você acha que este texto pode auxiliar alguém espiritualmente compartilhe e divulgue, obrigado!

Ah, deixe seu comentário, isso pode me ajudar a criar outros conteúdos.
E vote nas estrelinhas bem ao fim.

2 comentários em “ARROGÂNCIA MODÉSTIA E HUMILDADE”

  1. Qdo digo !! humildemente apresento-me,humildemente faço esse trabalho,etc,etc.Já não estou sendo humilde ok?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.