TUDO NA VIDA CAMINHA POR SÍNTESE PROGRESSIVA

TUDO NA VIDA CAMINHA POR SÍNTESE PROGRESSIVA

O que esta frase carregada de sapiência do autor Pietro Ubaldi nos revela?

Introdução
Pietro Ubaldi, em suas mais de vinte obras — especialmente A Grande Síntese (1937) e A Lei de Deus (1951) — descreve a evolução do cosmos e da consciência como um processo de convergência de múltiplas experiências, ideias e formas em unidades cada vez mais elevadas. Quando ele afirma que “Tudo na vida caminha por síntese progressiva”, está resumindo a percepção de que a realidade inteira — da matéria às consciências — move-se em espirais de integração e complexificação, buscando harmonia superior.

Desenvolvimento

  1. Integração de opostos
    A “síntese” lubaldiana une forças aparentemente contraditórias (ex.: individualidade × cooperação, partícula × onda) em um nível mais amplo onde deixam de ser antagônicas. Não se trata de negar as partes, mas de conservá-las em um novo arranjo, mais abrangente e funcional. Na consciência humana, isso corresponde ao amadurecimento que transforma conflitos internos em entendimento inclusivo.

  2. Progressividade evolutiva
    O termo “progressiva” indica que essa fusão ocorre em etapas sucessivas. Na física, átomos unem-se em moléculas; na biologia, células especializam-se em tecidos; na psicologia, impulsos dispersos organizam-se em propósito. Para Ubaldi, cada etapa sintetiza resultados anteriores, preservando o essencial e descartando o supérfluo, tal como o karma negativo se transmuta em aprendizado construtivo quando integrado pela lucidez consciencial.

  3. Finalidade teleológica
    Diferente de um simples acaso mecanicista, a síntese progressiva tem direção: tende a maior ordem, consciência, amor e liberdade. Por isso Ubaldi fala de “retorno ao Uno”, onde o múltiplo encontra unidade sem perder riqueza. É um processo multidensional — abarcando planos físico e sutis — que harmoniza energia, informação e consciência em escalas cada vez mais amplas.

  4. Aplicação prática

    • Pessoal Cultivar autocrítica amorosa para sintetizar experiências (erros, traumas) em sabedoria e serviço.

    • Coletiva Promover diálogo entre ciência e espiritualidade, arte e tecnologia, para gerar soluções integrativas (saúde integral, ecologia profunda, economia solidária).

    • Cosmológica Reconhecer que a evolução universal não é linear, mas helicoidal: cada volta da espiral amplia perspectiva e profundidade.

Conclusão
Ubaldi quis mostrar que nada permanece fragmentado indefinidamente. Tudo tende a compor unidades superiores, conduzido por leis de convergência que unem matéria e espírito. A verdadeira evolução não é acumular partes, mas integrá-las em sínteses cada vez mais lúcidas, éticas e compassivas — caminho no qual o karma é transmutado em dharma e a fragmentação cede lugar à plenitude.

Dalton Campos Roque – @Consciencial – Consciencial.Org

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