chakras O QUE SÃO

O QUE SÃO CHACRAS / CHAKRAS

Nós como autores, aportuguesamos chackra / chakra (pronuncia-se com tchá) para chacra. Outros, fiéis ao sânscrito, escrevem chakra, mas até então temos utilizado karma com k, que também pode ser utilizado com c.

Hinduístas e iogues (Rishis[1]), há cerca de cinco a oito mil anos atrás, já estudavam os chacras, que são rodas, pontos de energia ou centros de força específicos, que fazem parte do corpo bioenergético, duplo etérico, holochacra ou energossoma. Sua função principal radica nas trocas de energia (prana) do meio ambiente para o interior do campo energético e físico.

Quando inativos, assemelham-se a rodas. Quando despertam, tomam a aparência de uma flor (lótus) aberta, irradiante, de cor clara fulgurante, em razão da frequência da energia das pétalas. No ser humano comum cada chacra principal possui dois ou três centímetros de diâmetro e fraca luminosidade[2]. As formas e as características luminosas vão se ampliando com o aperfeiçoamento extrafísico. Quanto mais evoluído o ser, mais percebe e emprega com inteligência as funções dos chacras.

O Mundaka Upanishad[3] define o chacra como o local onde os nádis ou meridianos se encontram como os raios no meio de uma roda de carruagem. Os centros são formados pelo encontro dessas linhas de força, do mesmo modo que os plexos, no corpo físico, são formados pelo encontro de nervos. Plexos são concentrações ou feixes do sistema nervoso do físico. Grandes plexos do corpo são associados aos chacras. Favor não confundir plexos com chacras. O plexo solar, na altura do estômago, por exemplo, é conhecido da Medicina terrena. Já o chacra que se associa ao mesmo, não, pois não se encontra no corpo físico e sim no duplo etérico,  portanto, longe do alcance dos equipamentos atuais, embora possa ser constatado facilmente pela clarividência.

Quanto mais no alto o chacra no corpo humano, maior o número de pétalas, mais elevada e mais alta é a sua frequência.

Os sete mais importantes (na ordem de cima para baixo): chacra coronário (cocuruto), chacra frontal (no meio da testa e um pouco abaixo), chacra laríngeo (base da garganta), chacra cardíaco (no meio do peito), chacra umbilical ou gástrico (dois centímetros acima do umbigo), chacra sacro (sexual) e chacra básico (radical ou perineal). O chacra esplênico (baço) é um chacra secundário, pois não está associado a nenhuma glândula.

Estes podem estar bloqueados ou sadios, lentos ou rápidos. Dependendo da forma que você conduz sua vida, poderá ter uns ou outros chacras mais desenvolvidos. Há um conceito popular que diz que os chacras se desalinham, mas isto não é verdade. Os chacras podem estar obstruídos, mas nunca desalinhados, embora em deformidades físicas e possam estar ausentes ou alterados conforme o caso[4].

Quem costumeiramente ministra passes ou realiza cirurgias, têm os chacras das mãos (palmochacras) desenvolvidos. Quem pratica caridade de forma desinteresseira, afetuosa e frequente, floresce o chacra cardíaco. Quem estuda com afinco, profundidade e constância, desenvolve o chacra frontal. Quem tem por rotina dançar muito pagode, samba, rap, funk, forró, música eletrônica ou rock, prioriza o chacra básico, tal qual o lavrador e o materialista. O mesmo se aplica ao que vive em função do sexo, no tocante ao chacra sexual, ao emotivo, em relação ao chacra umbilical, e ao orador, locutor e docente, desenvolve o chacra laríngeo. Quem é muito espiritualizado (independente de professar religião ou não) tem o chacra coronário robusto.

Como a conduta (interior e exterior) do indivíduo determina quais os seus chacras melhor desenvolvidos, há pesquisadores de bioenergias que dividem os segmentos da humanidade em grupos homogêneos, unidos e rotulados em face de seus integrantes priorizarem o(s) mesmo(s) chacra(s).

Exemplo:

“João é muito umbilicochacra.”

Leia-se: João possui sentimentos e pensamentos muito densos, relativos ao chacra umbilical, como raiva, inveja, e ciúme. Possui, segundo a Conscienciologia, subcérebro abdominal predominante.

 

Outro exemplo:

“Maria é muito cardiochacra.”

Significa dizer que Maria é muito emotiva.

 

OBS.: Na verdade é uma expressão errônea, mas utilizada. A pessoa emotiva é focada no umbilical e não no cardíaco. A pessoas focada no cardíaco é mais serena e tranquila, mas equilibrada e centrada.

 

Em outras palavras, os sete principais chacras acima aludidos (coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico) espelham a mentalidade e o modo de vida diário de cada ser. Quando se disser que o chacra coronário é o que prevalece na vida de determinada pessoa, entenda que ela é muito espiritualizada. Porém, se “vive pelo chacra umbilical”, trata-se de indivíduo mais animalizado. Por outro lado, se nele predomina o cardíaco, nele prepondera a índole afetuosa.

 

A seguir, trecho retirado do excelente livro “Influências Energéticas Humanas”, de Francisco de Carvalho[5] em produção independente:

“Para cada palavra falada, o Chacra Laríngeo emite uma energia própria. E o Chacra Frontal também emite energia mental, porque a fala é produto do pensamento.”

 “Para cada ato sexual, o Chacra Genésico emite energia sexual. E o Chacra Frontal também emite energia mental, porque o ato sexual também é produto do pensamento. E o Chacra Umbilical também emite energia emocional, porque o ato sexual gera emoção. E o Chacra Cardíaco poderá também emitir energia sentimental, se o ato sexual gerar sentimento.’

 “Quando o ser humano está em meditação sublime, aquele estado de pureza d’alma ativará o Chacra Coronário, que emitirá suas energias próprias, que são as mais elevadas que o ser humano pode gerar. Além disto, também os seus Chacras Frontal e Cardíaco emitirão as mais elevadas energias mentais e sentimentais, respectivamente.”

 

Descrição dos sete chacras

No corpo humano há sete chacras principais ou centros de energia. Normalmente listados de cima para baixo ou vice-versa. Depende do escritor. Fato é que os sete chacras são alinhados ao longo de um eixo verticalmente corrente pelo corpo, que provê uma geometria natural nos chacras. Seguindo-se este eixo vertical que se encaixa dentro da coluna vertebral humana, em sua extremidade superior temos o chacra coronário e na inferior o chacra básico. Há autores e espiritualistas que consideram o chacra esplênico como um dos sete principais, o que é um grande erro. Ele é um chacra secundário. Destaca Pierre Weil[6] que os chacras não estão isolados uns dos outros; eles mantêm uma influência recíproca.

 

Centros de consciência

Os chacras inferiores retêm o homem na vida animal, propiciando-lhe, no entanto, as energias necessárias à sobrevivência, enquanto os superiores buscam acelerar a evolução do indivíduo[7].” “No Yoga se afirma que cada chacra é constituído metade dele mesmo e metade dos seis chacras restantes. As características funcionais de um chacra seriam, assim, influenciadas pelos outros chacras.” (Vide Pierre Weil, op. Cit.).

Os chacras não são simples centros energéticos, mas também centros de consciência. A esse respeito, esclarece o Lama Anagarika Govinda[8]:

Enquanto que, de acordo com as concepções ocidentais, o cérebro é a sede exclusiva da consciência, a experiência iogue mostra que nossa consciência cerebral é apenas “uma” entre muitas formas possíveis de consciência, e de acordo com suas funções e natureza, pode ser localizada ou centralizada em vários órgãos do corpo. Estes “órgãos” que coletam, transformam e distribuem as forças que fluem através deles são chamados de chacras ou centros de força. Deles irradiam correntes secundárias de força psíquica, comparáveis aos raios de uma roda, às varetas de um guarda-chuva, ou às pétalas de um lótus”.

Jung[9] os considera também centros de consciência, ou seja, “uma espécie de graduação de consciência que vai desde a região do períneo até o topo da cabeça” (Fundamentos de Psicologia Analítica, Vozes, 1972, pg. 26). E reafirmou na conversação: “Os chacras são centros de consciência. Os inferiores são centros de consciência animal. Existem outros centros ainda abaixo do Muladhara.” (pg. 72).

 

Descrição dos sete chacras[10]

 

CORONÁRIO (do sânscrito: sahashara: “o lótus das mil pétalas”); Topo da cabeça; ligado à glândula pineal (epífise); bijamantra: brahmarandra ou o OM. O despertamento deste chacra se dá em decorrência do desenvolvimento dos outros chacras, principalmente o frontal. Favorece a expansão da consciência, do nirvana (Budismo), samadhi ou consciência cósmica. Atua na memória, quando de retorno das saídas do corpo (viagens astrais). Na verdade possui 972 pétalas exatamente, onde 12 são internas e 960 são externas. Estas 12 pétalas internas possuem íntima ligação com o chacra cardíaco, obrigando ao ser humano evoluir pelo amor.

 

FRONTAL (do sânscrito: ajnã: “centro de comando”); testa; ligado à glândula hipófise; pituitária); bijamantra: OM. Quem sente o frontal vibrar, pulsar ou latejar, é porque já despertou a kundalini[11], ocorrência comum nos médiuns desenvolvidos. Quando ativado, desperta a clarividência e a intuição e dá as seguintes sensações na testa: pulsações, ardência, intumescimento. Possui 96 pétalas.

 

LARÍNGEO (do sânscrito: vishudda: “O purificador”); Garganta; ligado à glândula tireoide (e paratireoides); Bijamantra: ham. Ligado às cordas vocais (comunicação), boca (mastigação e salivação) e traqueia e laringe (respiração). Quando bem desenvolvido favorece a comunicação. Médiuns de psicofonia possuem o chacra laríngeo desenvolvido. Possui 16 pétalas.

 

CARDÍACO (do sânscrito: “Anahata”: “Invicto”; “Inviolado”); Coração; ligado à glândula timo; Bijamantra: yam. Trabalha a área cardiorrespiratória e os sentimentos. O coração sofre a ação do que a consciência sente a nível afetivo. Possui 12 pétalas.

 

UMBILICAL (do sânscrito: “Manipura”: “cidade das joias”); Cerca de dois centímetros acima do umbigo (controla toda a região do plexo solar); ligado à glândula pâncreas; Bijamantra: ram (pronuncia-se “ra”m). Também chamado de cérebro abdominal ou coração moral das entranhas. Quando está aberto funciona como um radar psíquico, sente sem ver, instinto. Alimentação viscosa, conforme quantidade, bloqueia este chacra como: nozes, cafeína, castanha de caju, amendoim e chocolate, do qual médiuns e projetores devem evitar próximo ao momento de seus trabalhos espirituais. Este chacra é responsável pelas emoções mais instintivas (média da humanidade): ódio, inveja, ciúme, raiva, orgulho, vaidade, medo, egoísmo e outros sentimentos densos. Possui 10 pétalas.

 

SACRO (do sânscrito: Swadhistana: “Morada do Prazer”); Região do baixo ventre (pela sua própria localização no corpo, esse chacra seria melhor denominado como “gênito-urinário”); ligado às gônadas (homem: testículos; mulher: ovários); Bijamantra: vam. Possui 6 pétalas.

 

BÁSICO (do sânscrito: muladhara: “Base e fundamento”; “Suporte”); base da coluna; ligado às glândulas suprarrenais; bijamantra: lam. Sede da kundalini, fogo serpentino ou poder ígneo. China (Taoísmo): “Tan Tien inferior” (“esfera do elixir interior”); Japão: hara (“Parte inferior da barriga”). Quando bem desenvolvido, propicia autoconfiança, segurança e prazer em viver. Possui 4 pétalas.

 

Quanto aos chacras básico e sexual: a ligação desses dois chacras é estreita demais. Isso se deve ao fato de que parte da energia kundalini é veiculada do básico para dentro do chacra sacro (sexual). Em função desse fator, alguns tibetanos consideram esses dois chacras um único centro. – Há muito mais chacras do que os sete principais. Há chacras secundários nas palmas das mãos (palmochacras), plantas dos pés (plantochacras), pulmões, fígado, estômago, orelhas, mandíbulas, ombros, joelhos, entre as escápulas (omoplatas). Na verdade, os chacras estão espalhados por todo corpo. Para cada poro do corpo, há um pequeno chacra em correlação direta, no campo vibratório correspondente.

 

Chacras secundários importantes

  • Das palmas das mãos (palmochacras);
  • Das plantas dos pés (plantochacras, também chamado pré-kundalinis);
  • Do baço (esplenicochacra).

Todo chacra principal está conectado a uma glândula.

 

Chacra Kutashta. Literalmente, o ponto mais alto (não do corpo, mas dos nádis Ida e Pingala). Ponto entre as sobrancelhas, de onde descem os nádis Ida e Pingala. Ponto mais alto onde há processamento de prana. Imediatamente abaixo do frontal, é nele (e não no chacra acima, o frontochacra), onde costumam ser feitas algumas visualizações de práticas esotéricas / bioenergéticas normalmente associadas indevidamente ao chacra ajnã (frontal).

Pingala – Nádi (canal espiritual) direito de descida do prana. Qualidades: quente, extrovertido, masculino, yang. Vai da narina direita ao chacra básico. Faz par com o canal Ida, que possui qualidades opostas (simétricas).

Lalana. Sistema composto por três chacras do céu da boca (comumente referenciados como sendo um só) os quais controlam, dentre outras coisas, o fluxo do prana e kundalini pelos nádis ida, pingala e sushumna.

 

Tabela de Comparação dos Chacras Principais

 

Nome em

Sânscrito

Nome em

Português

Bijamantra ou Mantra

Semente

Cor

Padrão

Nº de

Pétalas ou Raios

Glândula
Sahashara Coronário

ou Coronochacra

Não possui, mas usa-se o “OM” Branco 960 + 12 Pineal

(epífise)

Ajnã Frontal, Cerebral ou

Frontochacra

OM Índigo 96 Hipófise;

pituitária

Vishudda Laríngeo ou

Laringochacra

HAM

Som: RR

Azul 16 Tireoide e

paratireoides

Anahata Cardíaco ou

Cardiochacra

YAM Verde 12 Coração e

timo

Manipura Umbilical, Solar,

Gástrico ou

Umbilicochacra

RAM

Som: R

Amarelo 10 Pâncreas e

suprarrenais

Svadhisthana Sexual, Sacro, Baixo ventre, Gênito-urinário, Genésico ou Sexochacra VAM Laranja 6 Gônadas
Muladhara Básico, Perineal, Radical ou Fundamental LAM Vermelho 4 Suprarrenais

 

Jung (cit. Por Pierre Weil, Mística do Sexo, 104/105), interpreta estes vários centros assinalando o grau de consciência de cada um dos chacras:

 

  • Centro fundamental – chacra básico: mundo dos instintos, consciente.
  • Centro sacro – chacra sexual: entrada no inconsciente, novo nascimento.
  • Centro umbilical – chacra umbilical: emoções, paixões, o inferno.
  • Centro cardíaco – chacra cardíaco: começo do self, sentimento, pensamento, valores ou individuação.
  • Centro laríngeo – chacra laríngeo: reconhecimento da independência da psique, pensamento abstrato, conceito, produtos da imaginação.
  • Centro frontal – chacra frontal: união do self no todo, não no ego.
  • Centro coronário – chacra coronário: nirvana.

[1] Antigos sábios que dominavam as forças da mente e do corpo, possuíam poderes paranormais como intuição elevada, clarividência, projeção consciente, etc.

[2] A clarividente Ilza Andrade Silva, em seu livro Diagnóstico Bioenergético, p. 12 diz: “O tamanho varia em função do biótipo, exercícios energéticos e nível consciencial.

[3] Final dos Vedas, livros sagrados do Hinduísmo.

[4] Livro Diagnóstico Bioenergético, de Ilza e Roberto, p. 149.

[5] Para conseguir este livro somente visitando www.portaluz.com.br.

[6] Um dos criadores da Psicologia Transpessoal e fundador da Unipaz.

[7] Fronteiras da Evolução e da Morte, Vozes, pg. 69.

[8] Fundamentos do Misticismo Tibetano, Ed. Pensamento.

[9] Carl Gustavo Jung, psicólogo, um dos precursores da psicologia transpessoal.

[10] Para saber mais sobre os sete chacras principais, técnicas bioenergéticas, ouvir seus bijamantras, etc, adquirira o CD Sete Chacras pelo site <www.consciencial.org>.

[11] Segundo Waldo Vieira, no livro Projeciologia: Panorama das Experiências Fora do Corpo Humano, Editora IIPC.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.