Expressões empregadas a revelia, vamos dar enfoque a tais termos comumente utilizados nos meios religiosos-conscienciais: LUCIDEZ, MATURIDADE E DISCERNIMENTO do ponto de vista consciencial do autor. Tais nuances são minhas, minha visão, minha responsabilidade, meu nível de consciência.
Os termos “quântico / quântica”, “cosmoética / anti-cosmoética”, “maturidade / holomaturidade” viraram modinha New Age, e como na internet pouco se cria e tudo se copia, vamos dar nosso toque original aqui nas nuances e tons de alguns termos, nada mais que nosso tão modesto ponto de vista.
As expressões LUCIDEZ, MATURIDADE e DISCERNIMENTO podem conter vários tons ou nuances diferentes conforme se emprega, no entanto, do ponto de vista consciencial (ou espiritual mais integral e profundo) eles adquirem uma substância sutilmente diferente.
O DISCERNIMENTO pode ser técnico, simplesmente técnico, racional e intelectual, mas o DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL deve englobar um ponto de vista de todos os corpos sutis a nosso alcance (corpo físico, veículo bioenergético ou duplo etérico [não é corpo, é veículo], corpo astral e corpo mental), as várias multidensidades práticas possíveis (chamadas por quase todos de multidimensionalidades – mas termo distorcido e vencido por meu ponto de vista).
Ficar intelectualizando, racionalizando, rebuscando, falando e escrevendo chique e bonito não é DISCERNIR, é confundir – é retórica de “retoricões“. E quem não sabe tenta tecnificar para sofisticar, para disfarçar que não sabe o suficiente daquilo, principalmente quem é apenas teórico (teoricão) e não tem a devida vivência pessoal no que tenta comunicar.
Mas na espiritualidade, os mais vividos e práticos, os que possuem tal vivência pessoal prática ao que se enfoca e se debate no momento, sabem quando é apenas teórico e o conteúdo é apenas retórica e teoria chique e sofisticada, mera embalagem e rótulo dourado sem conteúdo mais bem explicado, profundo, sentido e vivido.
O DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL vem devagar com as muitas vidas e encarnações dentro do processo de autoconhecimento consciencial e sua respectiva vivência pessoal sem teorias, nas multi vidas e não adianta devorar livros e cursos ou frequentar grupos “chiques” e “evoluídos”. Não é a cerca, os limites, muros e fronteiras de dentro ou fora de seu grupo, sua religião, sua opção, seu CNPJ, sua doutrina, sua filosofia, que darão a alguém DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL, muitas vezes são as dores e sofrimentos dos aprendizados dos caminhos evolutivos, que os providenciarão a revelia dos egos, que não os aceitam (os sofrimentos) em suas reencarnações compulsórias ou semi-compulsórias.
Posso ter MATURIDADE social, profissional, técnica, intelectual, ser bem adequado e ser imaturo consciencialmente – maioria da humanidade.
Posso ter LUCIDEZ social, profissional, técnica, intelectual, ser bem adequado e não ter lucidez consciencial – maioria da humanidade.
Posso ter DISCERNIMENTO social, profissional, técnico, intelectual, ser bem adequado e não ter discernimento consciencial – maioria da humanidade.
Posso ter MATURIDADE, LUCIDEZ E DISCERNIMENTO em alguns pontos e enfoques e ser péssimo noutros enfoques e pontos! Ninguém é completo, embora muitos sejam “bestas” e “metidos“. NOTA: eu estou usando essas expressões pop, porque estou assumindo quem eu sou, sem máscaras, é como eu converso na vida real, com total simplicidade, espontaneidade e porque não sou “chique” e nem “evoluído” mesmo e assumo em público.
Posso ter lucidez nas coisas a minha volta e assim ter uma boa memória, pois uma coisa está atrelada a outra, mas isso por ser no horário de trabalho, quando saio dele, por exemplo, por hipótese, me desligo e tal lucidez some. As coisas funcionam por área de interesse, por motivação, por foco específico temporário.
A MATURIDADE geralmente é um termo com referência a idade física e psíquica do ponto de vista social e psicológico, onde o tal elemento “maduro”, por exemplo, com corpo de 60 anos, tem a mente com 60 anos – nada mais simplista, pois isso muda conforme a cultura social do grupo em questão. E o indivíduo pode ser um “crianção” e ter uma boa maturidade consciencial desafiando todas as normas culturais de seu ambiente e ainda não ser compreendido e ser excluído, ou seja, ser inadequado.
Posso ter lucidez extrafísica e não ter lucidez consciencial. A lucidez extrafísica é em relação as experiências fora do corpo (viajem astral). Posso ter mediunidade, até ostensiva, e não entender e discernir as profundidades das mensagens que falo e escrevo dos espíritos (exemplo para médiuns). Posso ser um doutor intelectualizado estudioso de Allan Kardec e interpretá-lo errado, etc.
Tais termos tem muito a ver com as culturas dos grupos, que reduzidos quase sempre a seu pequenino ponto de vista, os tomam como verdades absolutas para todos os outros, assim nascem os preconceitos e comparações infelizes de:
- mais avançado – menos avançado,
- mais evoluído – menos evoluído,
- estar salvo – estar perdido ou não salvo,
- estar na missão de vida ou ser um desviado que saiu do grupúsculo, etc.
Só uma visão de conjunto planetária e cultural poderá melhorar a amplitude de tais termos nos sentimentos do portador, onde deixamos de nos sentir “mais importantes”, “superiores”, ou no popular, “grandes babacões enjoados metidos e burros“.
A pergunta que faço a mim mesmo é: “como vou ajudar as pessoas, como vou fazer esclarecimento, como irei conseguir ser fraterno, como vou consolar, se sou um idiota babaca metido a superior e mais importante em relação a tais pessoas?
Eu estou querendo ajudar e servir espiritualmente ou apenas realçar meu egão imbecil?
Eu estou querendo parecer chique e evoluído ou estou querendo aprender a evoluir de verdade dentro do coração?
As pessoas estão anestesiadas pelo ego e talvez nem percebam isto mesmo após desencarnar. Elas querem desesperadamente se sentirem valorizadas, mais chiques, evoluídas e importantes e não querem o DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL que toca fundo e dolorido neste ponto. Sim, há pessoas maravilhosas, e mesmo parecendo ingênuas, simples, nas religiões e grupos menores, possuem profundo DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL, portando uma potente sabedoria carregada de silêncio sereno e pacífico.
Os espíritas procuram os Doutores encarnados e desencarnados, os Conscienciólogos procuram os Mestrados e Doutorados, algumas linhas procuram os intelectualizados com diploma ou os super práticos que não estudam (os praticões) projetores astrais lúcidos ou médiuns ostensivos, mas que também dormem diante do DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL, pois não querem aprender, querem apenas ensinar, pois a posição de ensinar é “superior”, é mais chique!
Para ampliar meu tão tacanho e rude DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL eu me reduzo a minha própria insignificância e me reduzo ao desprezo social, para mergulhar fundo em minha alma e na poesia de meu coração, assumindo toda minha pobreza e miséria espiritual, sem melindres e sem dramas, sem vitimismos ou autoculpas paralisantes. O caminho não é fácil e nem simples, e se ficarmos procurando apenas o chique e o sofisticado, vamos complicar tudo e demorarmos um tempo maior a achar o rumo do retorno.
A sabedoria de viver, a tranquilidade no ser, a paz de espírito nos revela quem tem maturidade consciencial, e tal sentimento e vivência pode estar presente nos corações mais pobres (financeiramente) e nos corpos mais sofridos e doentes, contrariando nossa visão padrão social e status financeiro. São tais almas que não possuem mais preconceitos culturais, geográficos e temporais humanos.
Então concluindo, posso ter uma LUCIDEZ mais física e social e não ter LUCIDEZ CONSCIENCIAL, posso ter MATURIDADE física, psíquica, social e profissional e não ter o tal DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL que também posso chamar (sendo chique) de INTELIGÊNCIA EVOLUTIVA ou um entendimento dos processos espirituais, parapsíquicos, mediúnicos, bioenergéticos e projetivos. E posso ter um DISCERNIMENTO mais voltado para o aqui e agora, para a matéria e o capitalismo e não ter DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL.
Se DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL fosse um estudo e entendimento teórico dos processos espirituais, corpos sutis, holossoma, projeção astral, mediunidade, parapsiquismo e etc, eu estaria bem, mas isto não é nada, isto não basta. Eu banco meu estudo, minha compreensão dos processos sozinho, não preciso de grupo, de seguir líder, guru ou epicon, tenho meu próprio acesso e conexão espiritual independente, meu parapsiquismo é bom, minha mediunidade também, minha intelectualidade é bem razoável, minha comunicabilidade é ótima, sou desinibido e ousado e até minha projeção astral meia boca quebra bem o galho, mas nada disso significa DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL.
O DISCERNIMENTO CONSCIENCIAL, conforme já escrevi, temos frações dele em pontos específicos e vamos aprendendo batendo a cabeça devagar nas questões das dificuldades existenciais diante das reencarnações, e não adianta querer parecer o tal, o avançadinho, o dono da verdade doutrinária, da razão técnica, da explicação teórica, do dar o rótulo para o conceito e a definição para o processo, tudo isso é nada, perto da intuição que vem do coração. Segundo Sri Prem Baba (pg. 31 – livro “Propósito” – a coragem de ser quem somos) (…) A intuição une pensamento e sentimento, raciocínio e instinto. Ela nos aproxima daquilo que nos define como seres humanos. (…)
Fico por aqui esperando ter dado um toque sereno em sua alma a fim de refletir, apenas refletir no que escrevi. Eu tentei ser menos egóico possível neste texto, para que você leitor me ajude a diluir meu ego e eu a diluir o seu. Minha autocrítica, mesmo parecendo dura e severa comigo é apenas uma fase de transformação de minha vida, afinal quem não enfrenta os reveses conscienciais da vida nunca amplia seu discernimento consciencial,
Abraços sorridentes na alma, do “Tio” Dalton
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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