A MENSAGEM DO ESPÍRITA ORTODOXO PURISTA DESENCARNADO JUVANIR BORGES

A MENSAGEM DO ESPÍRITA ORTODOXO PURISTA DESENCARNADO JUVANIR BORGES

Por Alamar Regis

O Espiritismo nos ensina que devemos ter cuidado e avaliar muito bem as mensagens mediúnicas, ou ditas mediúnicas, que nos chegam. Mas não nos diz que a primeira pergunta deva ser: “Quem foi o médium?”, porque não é isto o mais relevante.

Quando nos preocupamos em saber quem foi o médium, antes de ler a mensagem, implicitamente estamos admitindo que só aceitamos mensagens mediúnicas se advirem de médiuns famosos, ou seja, os “medalhões” do movimento espírita, fechando as portas para o surgimento de novos bons e confiáveis médiuns.

Conheço gente que dizia o seguinte: “Mensagem do doutor Bezerra de Menezes, para mim, só tem validade se for através do Chico”. Dizia o infeliz que nem por Divaldo ele aceitava. E era um dirigente de um centro espírita enorme em São Paulo.

Pronto, Chico Xavier desencarnou em 2002, então o doutor Bezerra desencarnou de novo, na mesma data, e não terá mais condição NENHUMA de nos mandar mensagens. Já estamos ha 13 anos da desencarnação com Chico, conforme a visão desta “sábio” dirigente espírita o doutor Bezerra neste período nunca mais nos teria trazido mensagem nenhuma.

Desta forma pensam muitos espíritas. Só que a doutrina nos ensina que toda e qualquer mensagem mediúnica deve ser avaliada PELO SEU CONTEÚDO, e não pelo instrumento que a traz.

A mensagem que aqui estou repassando para os amigos, antes de decidir repassá-la, li e reli mais duas vezes. Em princípio vi coerência nela, conhecedor que sou da realidade que vive o movimento espírita, com as suas práticas e as suas incoerências com Allan Kardec, principalmente aquele considerado Federativo.

Mas não achei que pudesse ser motivo suficiente para retransmitir, porque é a visão que o Alamar tem também e poderia ser traduzido como “só repassou, porque está dentro do que ele pensa”.

Eu conheci o Juvanir Borges, como presidente da FEB, porque participei de duas reuniões do Conselho Federativo Nacional, CFN, em Brasília, sob a presidência dele, pela Federação Espírita do Estado da Bahia, FEEB, levado que fui pelo então presidente Edvaldo Veloso e o velho Francisco Bispo, um dos nomes mais tradicionais do espiritismo na Bahia.

Na primeira reunião eu tive um momento de destaque, por sinal um tanto quanto desagradável, quando no uso da palavra, levantei-me e sugeri que a FEB corrigisse, nem que fosse com uma nota de rodapé, um erro que constava na questão 424 de “O Livro dos Espíritos”, quando ele, energicamente, me chamou a atenção, rispidamente, diante do olhar de todos: “Mas, sim senhor, você vêm a esta reunião para apontar erro no Livro dos Espíritos”, e deu uma risada um quanto debochada, “depois do esporro” e também do olhar com o mesmo tom, dirigido a mim, por parte de quase todos os outros da platéia, principalmente do dirigente máximo da União Espírita Paraense, de onde tenho origem como espírita, balançando a cabeça para os lados, em sinal de reprovação, com a cara fechada, como se dissesse: “O que você está fazendo aqui? ainda mais abrindo a boca para falar bobagem”. Em seguida, passados alguns minutos, Juvanir chama atenção aos líderes da federação espírita baiana para que tivessem mais cuidado ao selecionar os convidados para levar à “Capela Sistina” do movimento espírita. Foi um desconforto grande. Mas eu não senti-me humilhado e nem ridicularizado nem um pouco, porque tinha consciência do que estava falando. Se alguns ali poderia ficar nesta situação, com certeza não seria eu.

Tendo chegado o primeiro intervalo, fui cercado por alguns participantes, naturalmente do tipo que não gostam de julgar sem antes ouvir direito as argumentações da pessoa, o que é o mais sensato, mais coerente e mais honesto, que todo espírita que tem pelo menos um mínimo de dignidade deveria fazer, e numa só voz me perguntaram logo à saída do templo em Brasília:

“Alamar, que erro é esse, da questão 424? Diz pra gente, vamos olhar direito.”
Eu pedi que providenciassem um livro, alguém foi à sala do Nestor Masotti e trouxe o livro, já aberto, e se dispôs a ler. Ninguém percebeu o erro.
Quando o mostrei, recomendei que levassem a apreciação de algum médico, se possível a algum que estivesse presente ali. Tinha dois.

Terminaram concordando que de fato havia o erro e que a minha proposta de criar uma nota de rodapé nas novas impressões da obra era absolutamente pertinente.
Quando foi no intervalo do almoço, no restaurante da própria FEB, eu estava na fila com minha bandeja na mão, veio o Juvanir em minha direção:

“Meu irmão, me perdôe. Este velho gagá não aprendeu ainda a controlar as suas emoções e foi tão mal educado contigo, na sua intervenção naquele momento. Os companheiros me fizeram olhar mais atentamente para a questão e verificamos que de fato há um erro. Não sabemos ainda o que vamos fazer, mas você foi muito bem na observação. Me perdôe mais uma vez mas você é muito bem vindo a esta reunião do CFN”.

Eu achei maravilhoso aquele gesto de grandeza. Ele não me chamou às fechadas no seu gabinete para pedir aquele perdão, fez ali mesmo, na fila do restaurante, para que todos o ouvissem. Conforme todos sabem, muitos tem o costume de esculhambar a pessoa em público e, quando tem que pedir perdão, só tem coragem de fazer pessoalmente, em particular, sem que ninguém veja.

Detalhe: Até hoje não colocaram a nota de rodapé.

Mesmo assim, ainda este episódio não me bastava. Veio-me a idéia de ligar para o Rio de Janeiro, a fim de conversar com alguns amigos que estiveram mais próximos ao Juvanir, alguns cabeças brancas que, inclusive, conviveram com ele nos seus últimos momentos da encarnação, a fim e falar sobre a mensagem. Um já tinha tomado conhecimento da mensagem, os outros não.

Informaram-me que ele, o ex-presidente da FEB, ultimamente vinha sim, falando coisas que têm muito a ver com a mensagem, coisas que estão na mensagem, inclusive reconhecendo-se errado em muita coisa que fez.

Bom. Apenas registro o fato, não quero convencer ninguém porque sei que o meu universo de amigos espíritas é constituído por muitos espíritas lúcidos e coerentes. Sugiro apenas que leiam a mensagem e, livremente, tirem as suas conclusões pelas suas próprias cabeças.

***

TEMPO DE REVISÃO

Pelo Espírito Juvanir Borges de Souza – 16 de abril de 2015

Estar do lado de cá é menos surpreendente do que se pressupõe. Mas, ao mesmo tempo é assustador quando se constata quanto descaminho se percorreu, mesmo estando preparado, avisado, alertado a todo momento, tendo à disposição uma extensa planilha de ação correta, mormente quando se é privilegiado pelo conhecimento da realidade espírita.

Desde aquele instante em 1978 quando me dirigi à Federação, em que junto com minha amada Yola aceitei o convite trazido pelo Agadir, sabia, intimamente, que deveria me superar e surpreender, pois em meu coração palpitava uma intensa chama de gratidão: através da Doutrina Espírita, com a atuação de perspicácia de um médium simples, fui livrado de uma cegueira, que para alguns facultativos consultados era inevitável, num pequeno centro, Olímpia Belém! Meu desidério é de que muitas pessoas tomassem conhecimento daquilo. Não do “milagre” em si, mas do extraordinário roteiro de consciência lúcida e de pleno conhecimento da função da vida, que me era apresentado pela prática em mim, não apenas pela teoria a qual me acostumara desde o berço, na minha querida Cataguazes.

De há muito desejo essa comunicação, mas fui pego por armadilhas e bloqueios urdidos por mim ou, pelo menos, estimulados também por minha “instituída autoridade”, hipotecando apoio a decisões de antecessores, ou implementando situações que reforçassem o movimento que denominamos “pureza doutrinária”. Minha manifestação não foi possível, em centenas de casas, por conceitos e definições que partiram também de minha condução como presidente da entidade. Fui cerceado e impedido dentro dos centros espíritas, com argumentações infraternas, e com a recusa sistemática e repetida, em centenas (isso mesmo…centenas!) de casas, das maiores e mais conhecidas às mais simples, afastadas, iniciantes. Na grande maioria nem mesmo tive a oportunidade de me explicar, já que, por determinação, as manifestações de espíritos estavam “proibidas”. Em alguns lugares me coloquei na fila para o trabalho doutrinário de desobsessão, mas sempre a espera é muito grande, e os trabalhos são por demais corridos, sem atender a todos, com as justificativas, em sua totalidade provindo das “proibições e impedimentos”, contidos nos estatutos, nas apostilas de educação mediúnica, em um monte de “sábias e eficientes” algemas, sobremaneira. Nas reuniões da própria Federação fui barrado, e estupefato, assisti a espetáculos de mistificação grosseira com famosos personagens que agora, penalizados com a destituição da condição receptora como médiuns, encenam recepções falseadas, interpretações teatrais, caricatas, aplaudidas naturalmente por obsessores batinados. Mas, por Misericórdia Divina, consegui essa abertura, que me é oferecida agora, e agradeço aos que me ajudaram para esse intento, como aos sergipanos Peralva e Ederlindo (sergipano da Bahia), que aqui me dão apoio e auxiliam, como presente de aniversário.

Como antes, ainda permaneço nas sendas da prolixidade, e faço um esforço para sintetizar meu recado, no que conto também com a compreensão e paciência dos que o recebem.

UM RETORNO AO DESERTO

Há perigoso e crescente desvio no movimento espírita, e diria, sem receio de errar, que estamos indo de Damasco para Jerusalém, voltando da Rua Direita para as frias colunas das sinagogas, devolvendo aos novos sacerdotes as “cartas de punição”, de repúdio, de imperiosa obstaculação à manifestação dos espíritos, na religião dos espíritos! Hoje vejo como fomos infantis, (como fomos imprudentes na jactância!), e as escamas que Ananias havia tirado dos olhos do apóstolo estão sendo recolocadas, para uma cegueira e escuridão imensas, em nome da vaidade e da permanência de sentimentos “estruturais” herdados de nosso passado clerical, vaticanizado! Minha iniciativa de agora é um dever de consciência, uma tentativa de reparação, e agradeço à Providência Divina por esse ensejo. Se não almejo convencimento, satisfaz-me a exposição de uma realidade que só agora detecto, e que imagino poder servir de alerta para recondução aos trilhos corretos.

Desde minha passagem estou numa região de reparação, de recomposição, destilando gota a gota, um sentimento de decepção pelas oportunidades desperdiçadas. E vejo nesse extenso nosocômio em que me encontro, milhares de figuras que admirei e segui, e surpreendentemente, aqui estão, há décadas, na busca de saídas para a sua própria redenção. São personagens que se destacam pela cultura, pelo conhecimento, pela dedicação à causa da Doutrina Espírita. Foram vinculados diretamente à Federação ou a instituições independentes, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, Minas, Rio Grande do Sul e outras. A cobrança é intensa, vultosa, dentro da consequência do “…a quem muito for dado….”. Há tristes casos de demência crônica, onde orações auxiliam muito, como sabemos. Surtos psicóticos, revoltas momentâneas, inaceitação do quadro, infelizmente são comuns. Claro, a presença de luminosas entidades, irmãos esclarecidos, são o socorro, a presença manifesta da Misericórdia Divina, acudindo indistintamente a todos nós. Mas, como “déspotas esclarecidos” muitos dos que reverenciamos como autênticos pilares, se petrificam em inamovíveis conceitos discricionários e absolutistas, e por isso sofrem, e muito!

Podemos situar nos meados de 1977 o marco da construção das barreiras, da instalação dos ferrolhos, do gradeamento da Doutrina Espírita. Editorial incisivo no “Reformador” em Outubro de 77 e “Declaração oficial” no mesmo órgão em janeiro de 78, revestidos de formidáveis intenções protetivas, estabeleceram estacas delimitantes, excluindo mais que conceitos e posições filosóficas, mas comunidades inteiras, de seres humanos necessitados de esclarecimentos. Sem cerimônia e limites, estabelecia-se ali, de modo impiedoso, a cisão, a discriminação, a separação de irmãos a quem devíamos, obrigatoriamente, estender os braços e acolher, mitigando-lhes a ignorância e informando-lhes (pelo menos) da realidade espiritual. Criamos nossa “cruzada”, esquecendo a verdadeira lição da conquista pelo amor, pela tolerância, pela compreensão.

Abraçamos a doutrina, criando um verdadeiro exército de proteção, e viramos as costas aos irmãos. O alvo principal? Os terreiros de umbanda, de camdomblé, os rituais africanos, de mediunidade primária, os adeptos do esoterismo, de crenças orientais, os místicos, os que, -por não conhecerem os fundamentos da vida espiritual e da relação verdadeira do intercâmbio entre os encarnados e não- se utilizavam do epíteto de “espíritas ou espiritualistas” em suas atividades. Exatamente os que deveriam ser esclarecidos, orientados, pela proximidade, semelhança, e por possuírem algumas informações sobre a vida espiritual e contato com o invisível. Exatamente os que em análise primeira são nossos irmãos mais próximos.

Mas…e a fraternidade? E a caridade? Detentores de informações e conhecimentos muito elevados, nós, os espíritas, precisamos ser arautos dessas verdades, levando a todos, denodada e incondicionalmente, os pormenores e racionais relações entre os mundos material e espiritual. Sem necessidade de proselitismo, sem imposição de pontos de vista pessoais ou corporativos. O roteiro indicado por Kardec e por outros luminares, ancorados na Verdade do Nazareno nos compele à interrelação plena com todos os que não conhecem os caminhos da alma, ou deles tenham apenas noções incompletas, rudimentares.

À partir daquele editorial se consolida a instalação do, extremamente comprometedor, movimento de uma hipotética profilaxia do pavilhão espiritista. Refutariam, porém, os arraigados argumentadores dessa “assepsia” que as portas das casas continuam abertas, prontas ao acolhimento. Pura citação teórica, propedêutica negada pela prática, que limita, condena, exclui, separa, cinge! Até mesmo alguns nomes, indicativos de lugares, foram proscritos. Centro espírita? Nem pensar…. passaram a ser “fraternidades, casas, comunhões, sociedades…etc”. Qualquer um que queira resolver uma dificuldade, de indagação interior, de problemas momentâneos, de compreensão da vida, – e que procure uma casa espírita- precisa primeiro se submeter a cursos, intermináveis, exposições doutrinárias, entupir-se de leituras impostas, e aí foge o espiritismo do caminho de espiritualizar primeiro, evangelizar depois. É como se alguém, ao precisar de um analgésico para uma dor de cabeça. tenha que fazer antes um curso de medicina!

” OS ESPÍRITAS AO MUNDO….”

Ninguém informou tanto à Humanidade acerca do mundo espiritual, suas peculiaridades, feições, resultados e consequências, quanto o extraordinário e iluminado Chico Xavier, através da recepção dos artigos, livros, romances, crônicas de André Luiz, Emmanuel, e muitos outros. Milhões,- mesmo sem se tornarem espíritas- acordam na vida do etéreo, conscientes, e se conduzem ou são conduzidos com mais segurança, sem grandes transtornos, por se recordarem de passagens e situações como as narradas em “Nosso Lar”. Linguagem simples, direta, coloquial, sem mistérios, sem preciosismo, sem restrições.

As concepções e revelações do mundo espiritual penetraram em milhões de lares, dos palacetes aos casebres, dos intelectuais aos simples de entendimento. Milhões sabem disso sem ainda serem espíritas! Decepcionante foi a descoberta feita por mim de que os livros que eu escrevi, foram lidos por uma meia dúzia de pessoas, que em nada ajudaram, que ocuparam tempo e espaço, tanto quanto a maior parte das quilométricas “balaustradas” insertas por mim no “Reformador”. E posso afiançar que meu exemplo não é solitário. Na realidade dos centros de hoje, se um jovem de 17 anos, do interior, pouco letrado, aparecer numa casa espírita receberá uma saraivada de questionamentos, de repreensões, e sairá (se tiver dinheiro) entupido de livros e apostilas teóricas, limitantes, desanimadoras. Ou seja: fora de cogitação novos “Chico Xavier” com a atual estrutura.

Agora, inesperto consciente, percebo que, fosse escrever, usaria a mesma base do Tempo de Transição, e escreveria “Tempo de Revisão”. O espiristérico e fantasioso “regeneração” se converte hoje em “degeneração”. Fugimos do trilho! Perdemos o fio da meada! Caímos na cilada da vaidade, da arrogância, da presunção de superioridade, da falsa concepção de que “deveríamos proteger a Doutrina”. Abandonamos à ignorância os humildes, os analfabetos, os sofredores, os obsidiados, as vítimas das trevas da superstição que deveríamos orientar, conduzir, esclarecer, libertar. Batemos (com orgulho!) no peito, que “somos espíritas”, não para auxiliar, mas para demonstrar pretensa superioridade, numa condenável elitização de conhecimentos que guardamos na redoma de nossa vaidade e arrogância, destilando nossa falta de humildade, nosso ancestral e enquistado egoísmo, ao negarmos o necessário apoio e orientação a quem devemos obrigatoriamente esclarecer.

Kardec, ao compilar de modo irreprochável “O Livro dos Espíritos” nos dá todas as linhas, pontos, vírgulas e intersecções do texto que deveríamos pontificar. Estabelece condições didáticas e pedagógicas sobre nossa convivência, contato e relacionamento com nossos irmãos desencarnados, tanto para recolher destes os ensinamentos e as interpretações para a melhor aplicação da virtude, quanto para os ignorantes e desencaminhados, a revelação de suas condições de erro e de necessária recomposição e mudança de trajeto, para o Bem. Mas, transformamos nossas reuniões espíritas em “missazinhas” enfadonhas, com pregações inócuas, com exposições repetitivas, palavrescas, exornando vaidades pueris, e sem a presença ou a manifestação de espíritos desencarnados! A Humanidade precisa conhecer, saber e se comunicar com o mundo além túmulo, de forma contínua, clara, evolutiva, segura, aberta, livre, e cabe ao espiritismo a primazia e obrigação em desvendar os véus. Ao contrário, construímos altas e vigiadas muralhas de isolamento e assistimos a chamada (erroneamente) Casa Máter se verter hoje em casamata!

MEDIUNIDADE É BEM DA HUMANIDADE

É indispensável, inadiável, urgente que se restabeleçam os cursos de educação mediúnica, as sessões experimentais, as reuniões de desobsessão, de doutrinação e o desenvolvimento das diversas formas de intercâmbio, seja através da psicofonia, da psicografia, da mediunidade curativa, e até mesmo do estudo visando o aprimoramento dos chamados fenômenos físicos. E que isso seja feito de modo accessível ao mundo, de forma que as pessoas do vulgo possam tomar conhecimento, participar, se envolver, se beneficiar disto! Cada centro, por maior ou mais simples que possa ser, reúne, pelas bases fornecidas pela Codificação, os meios, a orientação e o aparelhamento suficientes para oferecer essa atuação, com segurança, com benéfica ação, tirando a venda da descrença dos cépticos e descrentes empedernidos. Se em algum tempo ou lugar, houve utilização errada, corrijamos, dentro do preceito ciceriano, “abusus non tollit usum”- o abuso não impede o uso.

A consciência universal que deve nortear o encaminhamento do que quer ser espírita e recebe esse maravilhoso legado o obriga a semear em todos os terrenos, a sabedoria desse insubstituível e impostergável intercâmbio. Assim o espiritismo precisa penetrar como óleo balsâmico em todos os poros do tecido social. Nós precisamos ser o “sal da terra”, e oferecer o tempero da convicção plena a todos os assuntos, pessoas, lugares, doutrinas, religiões, grupos!

Precisamos dar a oportunidade aos que vieram com a missão mais dilatada do mediunato, para que possam em suas comunidades, em suas seitas e religiões, de gerar a realidade do mundo invisível, falar da perfeita Justiça Divina via Reencarnação, revelar o inexpugnável expediente do Perdão dentro da Lei de Causa e efeito, demonstrar, com lógica e razão, com certeza inequívoca, a eternidade do ser, em nossa caminhada evolutiva. Nós espíritas, temos as respostas que a Humanidade necessita! Só a bendita Doutrina espírita pode fazer isso, hoje! E não podemos nos furtar em não oferecer à essa mesma gleba o conhecimento e a consciência que recebemos generosamente, por méritos ou por misericórdia.

É preciso abrir os corações, as mentes e também as portas. É preciso chamar os cultores dos credos africanos, e fraternalmente mostrar-lhes a simplicidade das comunicações interseres encarnados e não, a fim de que, sabedores desses novelos, possam se livrar de práticas desnecessárias, ritualísticas e sem função. Precisamos agregar em torno de nós os que possuem e praticam a mediunidade de modo equivocado, comercial, mercantil, mostrando-lhes, fraternal e zelosamente, como mudar o proceder, não enxotá-los!

Com o coração receptivo, necessitamos convidar os pastores, os padres, os rabinos, os ateus, os muçulmanos, os hinduístas, os orientais, os esotéricos, os chamados evangélicos, todas as vertentes da fé, não para transformá-los em prosélitos, mas para que tomem conhecimento da essência espiritual, dos itens já mencionados, trazidos à lume para a consciência de todos, na Terceira Revelação. É importante que eles saibam, conheçam, ainda que, de pronto não creiam. Sabendo, oportunamente crerão. O tempo é o senhor da razão, e quando estes que disto tomarem ciência, retornarem ao mundo espiritual terão dentro de si a semente da Verdade já germinada, e a realidade espiritual não lhes será nem sofrida nem surpreendente, como hoje ocorre, aos borbotões, em grande parte, por nossa omissão e ausência.

Cada ser humano tem aptidão e suficiência para a aquisição de conhecimentos superiores, não sendo a evolução vedada a quem quer que seja. Mas, que a iniciativa seja nossa, que o movimento espírita intermedeie isso, com a intenção clara e pura de ouvir e falar, de revelar e também absorver novos conhecimentos, visto que, se o espiritismo é o que de mais evoluído conhecemos, não é o final da linha da sabedoria, disto todos temos convicção.

Quando o abençoado professor lionês judiciosamente compila “O Evangelho Segundo o Espiritismo” deixava para nós, os pósteros, a mensagem de que também é necessária a versão do “O Corão Segundo o Espiritismo”, ” O Torah na visão Espírita”, “O Tao dentro da realidade espiritual”, e assim por diante.

Ao delinear a senda de atitude do profitente espiritista, Kardec concita e determina: Amai-vos e instruí-vos! Temos obrigação de seguir essa regra, na ordem proposta de amando sempre primeiro. E a prática do amor não se coaduna com a cisão, o distanciamento, a discriminação de quem quer que seja, sob quaisquer pretextos, pois estes são os irmãos que esperam de nós a orientação e o encaminhamento, como em algum tempo atrás tivemos a oportunidade de recolher também.

Quando me foi ofertada a bênção da visão física, pela manifestação daquele instrumento mediúnico, naquele modesto e singelo centro, deveria ter me preocupado mais com a cegueira da alma, também. A propósito, a entidade que me socorreu naquele tempo era representada por uma carinhosa e iluminada preta velha.
Juvanir Borges de Souza- espírito

Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus, em 13 de abril de 2015, no Celac- Formosa- Goiás. Fale com Arael Magnus pelo fundoamor@gmail.com

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E para corroborar a mensagem, uma outra informação de outra fonte:

O VALE DOS ESPÍRITAS

vale-dos-espiritas
Livro Vale dos Espíritas

Compre aqui: http://edconhecimento.com.br/?livros=o-vale-dos-espiritas

Sim, há um vale, no plano astral nada superior, denominado “Vale dos Espíritas”, em cujos limites se encontra uma cidade, mais como um vilarejo, de almas que saíram desse vale e criaram uma comunidade atrasada, de almas ainda sintonizadas no orgulho e na vaidade…

As histórias dos habitantes dessa cidade, todas verídicas, são contadas com realismo e na forma de narrativas impressionantes, pelo espírito Atanagildo, em um livro recebido pelo médium Sávio Mendonça, intitulado…”O VALE DOS ESPÍRITAS, da Editora do Conhecimento.

Essa obra estará sendo lançada por ocasião do VI Seminário Ramatís do Sul do Brasil, em Porto Alegre, no dia 26 de abril (domingo) próximo.

Eis parte do texto final de Ramatís, que supervisiona a obra:

“Não são todos os egressos de grupos espíritas, umbandistas ou espiritualistas que ao desencarnar irão para o Vale dos Espíritas e para a Cidade dos Nobres. Há irmãos oriundos das várias doutrinas e agrupamentos de trabalhos espirituais que têm ido para planos superiores e outros para zonas intermediárias do astral.

Entretanto, há muitos que chegam em condições difíceis, em termos de saúde espiritual. Muitos têm sido assistidos em hospitais e casas de recuperação no umbral ou no limiar deste com o astral intermediário, e muitos outros têm sido atraídos para o Vale dos Espíritas, onde ficam vagando por anos e décadas, e alguns têm ido depois ou quase diretamente para a Cidade dos Nobres.

As pessoas, ao desencarnar, são naturalmente atraídas para locais no plano astral condizentes com seus respectivos padrões vibratórios, quaisquer que sejam suas origens, crenças e as experiências que tiveram ao longo do tempo em que estiveram encarnadas. As insígnias conquistadas na Terra só valem para as relações sociais ainda primárias da Terra. O que se carrega para qualquer lugar no Universo são pensamentos e sentimentos cultivados. No plano físico ficam os atos praticados nesse ambiente, que demandarão futuras correções cármicas, e portanto, retorno ou retornos reencarnatórios. É natural que a própria consciência de cada um cobre de si, conforme o cabedal de conhecimentos adquiridos”.

Não deixe de ler também o complemento desta matéria, de suma importância.

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