Ho’oponopono hiper desdobrado consciencialmente
Por Dalton Campos Roque
@Consciencial – Consciencial.Org
Introdução
O Ho’oponopono, prática havaiana ancestral de reconciliação e limpeza interior, é muito mais do que um mantra de quatro frases. Quando abordado sob o prisma do paradigma consciencial, ele revela um campo profundo de ressignificação kármica, transmutação vibracional e pacificação entre consciências. Este artigo apresenta uma versão expandida, estruturada em 16 estrofes, cada uma acompanhada por uma reflexão filosófica e consciencial, ligando a prática a conceitos como grupokarma, cosmoética, memória energética e responsabilidade integral.
1. Divino Criador,
Pai, Mãe, Filho – todos em Um –
Se eu, minha família, meus parentes e antepassados
ofendemos sua família, parentes e antepassados
em pensamentos, palavras, fatos ou ações,
desde o início da nossa criação até o presente,
nós pedimos o seu perdão.
Reflexão consciencial:
Neste chamado à Consciência-Matriz, reconhece-se a interconexão de todos os seres através do campo unificado da existência. Trata-se de assumir responsabilidade vibracional pelas repercussões geradas no entrelaçamento kármico. Ao nos dirigirmos à totalidade, ativamos o campo da cosmoética interdimensional e começamos o processo de reintegração com o Todo.
2. Deixe que isso se limpe,
purifique, libere e corte
todas as memórias, bloqueios,
energias e vibrações negativas.
Transmute essas energias indesejáveis
em pura luz.
E assim é.
Reflexão consciencial:
Aqui se ativa o campo alquímico da autotransformação. Limpar memórias é remover os véus vibracionais que sustentam o sofrimento. Transmutar é elevar a frequência das experiências mal resolvidas. Cada frase desta estrofe é uma chave de reprogramação energética, não apenas do ego, mas do holossoma e do campo grupal que sustentamos.
3. Para limpar o meu subconsciente
de toda carga emocional armazenada,
digo repetidamente ao longo do meu dia
as palavras-chave do processo:
Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
O subconsciente é um vasto reservatório de registros vibracionais. Ao trabalhar conscientemente com estas palavras, reprogramamos os circuitos energéticos e as memórias cristalizadas. O mantra torna-se um pulso rítmico de libertação e ressignificação, reinformando a nossa consciência com amor e gratidão.
4. Declaro-me em paz
com todas as pessoas da Terra
e com aquelas com quem tenho dívidas pendentes,
por este instante e em seu tempo,
por tudo que não me agrada
em minha vida presente:
Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
A pacificação começa ao reconhecermos nossas pendências. Não se trata de culpa, mas de lucidez sobre os laços cármicos que sustentamos. Declarar-se em paz é um gesto de autonomia energética e um convite vibracional para o outro também se curar. Aqui começa a desativação dos contratos inconscientes que alimentam a repetição do sofrimento.
5. Eu libero todos aqueles
de quem acredito estar recebendo danos e maus-tratos,
porque simplesmente me devolvem
o que eu fiz a eles antes,
em alguma vida passada.
Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
Essa estrofe ativa o reconhecimento do retorno cármico como instrumento de aprendizado. Liberação não é esquecimento, mas elevação do entendimento. Ao perdoarmos os que nos ferem, interrompemos o ciclo da dor e acessamos a compreensão da lei de causa e efeito em sua forma mais elevada: a sabedoria.
6. Ainda que me seja difícil perdoar alguém,
sou eu quem pede perdão a esse alguém,
agora, neste instante,
por tudo que não me agrada
em minha vida presente:
Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
O Ho’oponopono nos convida à inversão da lógica emocional: quem desperta primeiro, perdoa primeiro. Pedir perdão a quem nos feriu é um ato de soberania espiritual. Libertamo-nos da prisão do orgulho e ativamos o circuito de amor transpessoal que dissolve a mágoa e transforma relações em pontes de luz.
7. Por este espaço sagrado
que habito dia a dia,
e com o qual não me sinto confortável,
eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
Todo ambiente é um espelho do nosso estado vibracional interno. Quando há desconforto externo, há conteúdo interno em desalinho. Ao aplicarmos o Ho’oponopono ao espaço, ativamos a transmutação do campo ao nosso redor e tornamos o lugar onde estamos um templo de aprendizado e cura.
8. Pelas difíceis relações
das quais guardo somente lembranças ruins,
eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
As relações difíceis são oportunidades disfarçadas de desconforto. Cada lembrança dolorosa guarda um código de evolução. Ressignificá-las é libertar-se da narrativa do sofrimento e acessar o conteúdo transformador por trás da dor. O perdão ativa a ressignificação.
9. Por tudo que não me agrada
na minha vida presente,
na minha vida passada,
no meu trabalho e ao meu redor,
Divindade, limpa em mim o que está contribuindo.
Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
A consciência desperta reconhece que é coautora da realidade que vivencia. Tudo o que nos rodeia e incomoda tem eco em nossos registros internos. Ao pedirmos à divindade que limpe em nós o que está contribuindo, assumimos a responsabilidade energética de tudo o que atraímos e sustentamos.
10. Se meu corpo físico
experimenta ansiedade, preocupação, culpa,
medo, tristeza ou dor,
pronuncio e penso:
Minhas memórias, eu te amo.
Sou grato pela oportunidade de libertar vocês e a mim.
Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.
Reflexão consciencial:
O corpo manifesta as memórias do espírito. Emoções são linguagens vibracionais que o corpo traduz em sensações. Ao amar essas memórias, damos voz ao que estava reprimido. Libertar é aceitar, acolher e transmutar. Gratidão ao corpo é gratidão ao instrumento da evolução.
11. Neste momento, afirmo:
Eu te amo.
Penso na minha saúde emocional
e na de todos os meus seres amados.
Te amo.
Reflexão consciencial:
A saúde emocional nasce da coerência entre pensamento, sentimento e energia. Ao mentalizar amor para si e para os outros, criamos campos de pacificação que reverberam nos vínculos afetivos. Este amor é vibracional, não pessoal. É medicina da alma e bálsamo para os gruposkarmas.
12. Para minhas necessidades,
e para aprender a viver a ansiedade sem medo,
reconheço as minhas memórias aqui.
Sinto muito. Te amo.
Reflexão consciencial:
Reconhecer a ansiedade sem rejeitá-la é um gesto de acolhimento profundo. Aprender com ela, ao invés de lutar contra, é escutar o que as camadas sutis da consciência estão tentando revelar. Toda necessidade é legítima quando reconhecida com discernimento e amor.
13. Minha contribuição para a cura da Terra:
Amada Mãe Terra,
que é quem eu sou,
se eu, minha família, meus parentes e antepassados
te maltratamos com pensamentos, palavras,
fatos e ações desde o início de nossa criação até o presente,
eu peço teu perdão.
Reflexão consciencial:
A Terra é um organismo vivo e consciente. Ao pedir perdão à Mãe Terra, reconhecemos a nossa coautoria na degradação planetária e assumimos a tarefa de regeneração. Curar a Terra é curar a si mesmo. Não há separação entre o planeta e o ser. Somos a Terra consciente de si.
14. Deixa que isso se limpe, purifique,
libere e corte todas as memórias,
bloqueios, energias e vibrações negativas.
Transmute essas energias indesejáveis em pura luz.
E assim é.
Reflexão consciencial:
Repetimos aqui o mantra da transmutação como ato final de entrega. Toda repetição sincera consolida um novo padrão vibratório. A luz invocada é consciência. A purificação, aqui, é a desprogramação do inconsciente coletivo e a abertura para uma nova frequência de convivência com o planeta e os reinos que o habitam.
15. Para concluir, digo que esta oração
é minha porta,
minha contribuição à tua saúde emocional,
que é a mesma minha.
Reflexão consciencial:
A oração é um campo vibracional de ação. Quando feita com lucidez, torna-se portal de regeneração entre consciências. Contribuir para a saúde emocional do outro é, ao mesmo tempo, restaurar a nossa. Somos espelhos, somos um. Curar é curar-se.
16. Então esteja bem.
E na medida em que você vai se curando,
eu te digo:
Sinto muito pelas memórias de dor que compartilho com você.
Te peço perdão por unir meu caminho ao seu para a cura.
Te agradeço por estar aqui para mim.
E te amo por ser quem você é.
Reflexão consciencial:
Essa última estrofe sela o Ho’oponopono com amor incondicional e gratidão consciente. Aqui, a dualidade entre eu e você se dissolve. O outro é extensão da nossa própria trajetória evolutiva. Honrar a jornada compartilhada é ativar o campo da reconciliação universal.
Conclusão
Esta versão hiper desdobrada do Ho’oponopono é mais do que um texto espiritual: é uma ferramenta de autoanálise, cura vibracional e integração kármica. Cada estrofe é uma chave. Cada reflexão, uma ponte. Aplicá-la com sinceridade é transformar a oração em caminho, a repetição em alquimia, e a vida em serviço à luz. Que esta prática reverbere nos campos de todos que tocarem estas palavras — como ondas de paz consciente.
Dalton Campos Roque
@Consciencial – Consciencial.Org

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.