ESCALA HAWKINS DE CASAIS - LIVRO BIOENERGÉTICA E ESPIRITUALIDADE DOS CASAIS

COSMOÉTICA: CONCEITO E APLICAÇÃO PRÁTICA NA VIDA COTIDIANA E NAS RELAÇÕES

Cosmoética: conceito e aplicação prática na vida cotidiana e nas relações

A cosmoética — também compreendida como ética universal ou, por vezes, chamada de moral cósmica — é uma abordagem ética que transcende fronteiras culturais, religiosas e históricas, fundamentando-se em princípios extrafísicos de ordem superior. Trata-se de uma ética que emerge do discernimento da consciência lúcida, orientada não por normas sociais ou convenções morais locais, mas pelas leis naturais do universo e da evolução interconsciencial.

É a ética do espírito desperto, e não da personalidade condicionada.

O conceito de cosmoética: além da moral social

Enquanto a moral convencional é determinada por grupos, épocas e circunstâncias, a cosmoética é inegociável, atemporal e interdimensional. Ela se ancora em três pilares conscienciais fundamentais:

  1. Interdependência universal
    Toda consciência está interligada. Cada ação, pensamento e intenção reverbera em múltiplos níveis e impacta direta ou indiretamente outros seres, tanto neste plano físico quanto nos planos sutis.
  2. Responsabilidade ampliada
    Não se trata apenas de fazer o “bem” aqui e agora, mas de entender as consequências cármicas, energéticas e evolutivas que nossas escolhas geram no tempo e no espaço, inclusive após esta existência.
  3. Alinhamento com as leis da evolução consciencial
    Tudo que bloqueia, distorce ou retarda o fluxo natural do crescimento dos seres cria karma negativo proporcional, exigindo retificação posterior. A cosmoética busca a homeostase bioenergética, a justiça cósmica e o respeito integral à natureza dos seres.

A cosmoética é, portanto, a ética da consciência desperta, voltada ao bem maior, guiada pela lucidez, discernimento e responsabilidade policármica.


Aplicações práticas na vida cotidiana

1. Fundamento existencial

  • Evitar interromper ou manipular os fluxos retificadores naturais (sincronicidades, provas, aprendizados), a menos que seja para auxiliar genuinamente alguém em sua jornada kármica ou dhármica.
  • Atuar com discrição, humildade e presença lúcida nos pequenos gestos do cotidiano.

2. Rotina diária

  • Cumprir obrigações sociais e familiares com senso de dever ético, sem fanatismo nem alienação.
  • Buscar o centro de equilíbrio e evitar extremos, adotando uma postura homeostática no holossoma (conjunto dos corpos de manifestação da consciência).

3. No trabalho

  • Cultivar integridade, transparência e justiça, priorizando o bem coletivo ao interesse egoico.
  • Fomentar ambientes empáticos, cooperativos e saudáveis bioenergeticamente.

4. Na convivência social

  • Exercitar o respeito às diferenças e o não julgamento automático.
  • Resolver conflitos com diálogo desarmado, sem alimentar o ego nem projetar sombras pessoais nos outros.

5. Na relação consigo mesmo

  • Reconhecer padrões disfuncionais internos e trabalhar para superá-los.
  • Evitar autocorrupções e justificativas do ego para pequenas transgressões.
  • Praticar autocuidado com sentido evolutivo: energias equilibradas, emoções refinadas, mente clara, espiritualidade ativa.

A cosmoética começa no indivíduo e se estende ao cosmos. Toda conduta pessoal é, também, uma declaração energética para o universo.


Aplicação nas relações interpessoais

1. Na família

  • Respeitar as singularidades dos entes queridos, sem apego nem exigências.
  • Perdoar conscientemente, não como submissão, mas como liberação kármica e liberdade emocional.
  • Educar com exemplo, presença energética e amparo real (emocional, mental e bioenergético).

2. Com amigos e colegas

  • Ser genuíno, mantendo empatia sem invasão.
  • Não alimentar fofocas nem alianças baseadas em crítica ou inferiorização alheia.
  • Honrar os vínculos com responsabilidade e afeto lúcido.

3. Na sociedade

  • Ser um catalisador de harmonia e não um vetor de conflito.
  • Praticar a cosmoética ativa: defender o justo, apoiar o necessário, manter-se coerente com os princípios conscienciais mesmo diante de pressões coletivas.
  • Reconhecer as interdependências e agir como parte da solução planetária.

Desafios e reflexões

A prática da cosmoética não é simples nem confortável. Requer enfrentamento do ego, superação de hábitos mentais, emocionais e energéticos e quebra de padrões herdados ou adquiridos por condicionamento social.

O caminho é o do autoconfronto e da reeducação consciencial contínua.

Reflexões orientadoras:

  • Esta escolha que estou prestes a fazer:
    — Beneficia ou prejudica algum ser?
    — Aumenta ou reduz a harmonia coletiva?
    — É coerente com os princípios universais ou apenas com minhas conveniências?
  • Estou sendo ético apenas no discurso ou também nos bastidores da minha vida cotidiana?
  • Minhas ações refletem o que prego? Ou são justificativas disfarçadas de autocorrupções bem maquiadas?

Conclusão

A cosmoética não é um manual externo. É uma bússola interna.
Ela exige coragem para transcender o ego, as ilusões sociais e os moralismos culturais.
É o chamado da consciência lúcida que escolhe ser instrumento de paz, de justiça evolutiva, de coerência vibracional.

Aplicar cosmoética na prática é contribuir ativamente para a regeneração do planeta, para a desintoxicação do campo coletivo, e para o surgimento de uma humanidade mais consciente, fraterna e universalista.

Cosmoética é viver com o espírito desperto e o caráter sintonizado com o cosmos.


 

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