Se ao dobrar uma folha de papel ela diminui sua extensão, ao desdobrá-la ela aumenta ou nos parece como se tivesse “sido duplicada”. O termo desdobramento tem sido usado nos meios projetivos (Viagem Astral, Projeção da Consciência, Projeciologia, etc) e pela Apometria.
Kardec, no Livro dos Espíritos pesquisou este fenômeno e o chamou de Emancipação da Alma. Há um capítulo inteiro dedicado a este mister.
Vou citar um pequeno trecho deste conceituado livro:
“407. É necessário o sono completo para a emancipação do Espírito?
“Não; basta que os sentidos entrem em torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade. Para se emancipar, ele se aproveita de todos os instantes de trégua que o corpo lhe concede. Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando -se tanto mais livre, quanto mais fraco for o corpo.” Assim se explica que imagens idênticas às que vemos, em sonho,” (…)
No excelente livro Espírito e Matéria de José Lacerda de Azevedo, 7ª edição – 2002, item 5 da Parte I, pg. 36, cito:
“5–Fenômenos de desdobramento
Sob determinadas circunstâncias, artificiais ou naturais, pode o corpo astral separar -se do corpo físico, levando com ele todos os outros envoltórios e o próprio espírito. Normalmente, isso acontece durante o sono, quando o indivíduo perde a consciência e as funções vitais são rebaixadas ao mínimo indispensável às trocas metabólicas. Muitos sensitivos podem se ausentar do corpo com certa facilidade, em transe espontâneo. ” (…)
A seguir citando o Item 7, pg. 37 do mesmo livro:
“7–O desdobramento apométrico”
Até com mais eficiência, o espírito pode afastar-se do corpo físico por imposição de natureza magnética, comandado por pessoa treinada. Nisto reside a Apometria – material principal deste livro – técnica de largo uso para tratamento de espíritos encarnados ou desencarnados. Este fenômeno, a que chamamos “desdobramento apométrico”, abriu-nos as portas para a
investigação sistemática da dimensão astral, verdadeiro universo paralelo ao nosso.
Constatamos que, com o tempo, sensitivos treinados no desdobramento apométrico adquirem tal consciência de suas potencialidades e limitações que se deslocam nessa dimensão como se estivessem no plano físico. Vão a outros locais às vezes longínquos, trabalham, auxiliam, tratam de enfermos espirituais encarnados ou desencarnados lado a lado com espíritos desencarnados socorristas (…)”
Citando VI – LEIS DA APOMETRIA, do mesmo livro:
“Primeira Lei: LEI DO DESDOBRAMENTO ESPIRITUAL (Lei básica da Apometria) –
Enunciado:
Toda vez que, em situação experimental ou normal, dermos uma ordem de comando a qualquer criatura humana, visando à separação de seu corpo espiritual – corpo astral – de seu corpo físico, e, ao mesmo tempo, projetarmos sobre ela pulsos energéticos através de uma contagem lenta, dar-se-á o desdobramento completo dessa criatura, conservando ela sua consciência”
Ao que me parece, existe uma diferença de interpretação semântica entre a aplicação do termo “Desdobramento” no meio Apométrico e no meio Projetivo. O autor e respeitável Dr. Lacerda, realmente acreditava que havia um deslocamento espacial e multidimensional do psicossoma (corpo astral ou perispírito), o que ficou claro nas citações. Kardec nos revelou que diante da
“Emancipação da Alma” o ser entra em estado de TORPOR, segundo suas próprias palavras.
Já o projetor extrafísico, viajante astral, projetor consciente, segundo seu vocabulário, pode afirmar que se desdobrou durante a noite e foi fazer assistência espiritual no umbral, estando do ponto de vista prático totalmente correto. Neste caso houve um deslocamento tanto espacial quanto dimensional de seu psicossoma (perispírito ou corpo astral).
No meio projetivo (da projeção astral), o desdobramento será o fenômeno da saída total do corpo astral. Como a maioria dos apômetras veio do meio Espírita, boa parte deles ou estudou muito pouco ou não estudou o fenômeno Experiências Fora do Corpo, e acreditam no “desdobramento apométrico”, como uma saída integral / total do corpo físico, assim como Dr. Lacerda acreditava a mesma coisa.
A meu ver, o que acontece é um desdobramento das percepções do médium e não a projeção do psicossoma, que conforme explicamos antes e repetimos aqui, NÃO é possível por questões fisiológicas, endossado pela literatura de Kardec (acima citado) e de Waldo Vieira no livro Projeciologia.
Dessa forma, a meu ver, o que se projeta NÃO é mesmo o psicossoma (períspirito), mas um leque de percepções do médium ou quem sabe alguma camada sutil do psicossoma ou ainda talvez uma holografia bioenergética do mesmo.
Quero fazer um parêntese para dizer que o primeiro espírito a utilizar o termo PSICOSSOMA foi André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos por Chico Xavier e Waldo Vieira que psicografaram o livro em parceria, e, portanto, o termo não é invenção nem minha e nem de Waldo Vieira.
Kardec se referiu a este veículo como PERISPÍRITO e os projetores astrais o denominam CORPO ASTRAL. A semântica não deve limitar o estudo e a compreensão do homem e quando bem utilizada ajuda a todos.
E voltando ao assunto, o médium “desdobrado” na Apometria se sente deslocado em 3D, ao vivo e a cores, caminhando e interagindo com o ambiente astral em derredor onde se encontra trabalhando. Como é possível isto se não está de corpo astral? Como pode ser detido por entidades malévolas se não está de corpo astral?
Problema igual ou maior acontece ao paciente tratado pela Apometria. Ele é dispensado da sala de tratamento e provavelmente voltará para casa dirigindo seu carro no meio do trânsito perigoso. Vários chips serão retirados de seu corpo astral! Mas como, se o estado de atenção do motorista é altíssimo ao dirigir?
Poderei especular uma hipótese em resposta a estas perguntas: é efetivada uma sintonia fina com o corpo astral do paciente, que também sofre uma construção holográfica dentro da sala de tratamento de Apometria bem entre os médiuns assistentes. Fenômeno semelhante ocorre ao médium “desdobrado”. Estou de mente aberta aguardando uma teoria melhor. Me enviem suas ideias e questionamentos que as receberei com respeito e carinho.
Se não temos ainda respostas definitivas, muito bem, estão lançadas as sementes de dúvida para pensarmos, mas pelo menos uma certeza foi elucidada e se ampliou ainda mais: NÃO HÁ A PROJEÇÃO DO CORPO ASTRAL NA SALA DE APOMETRIA E NEM DO PACIENTE DISTANTE OU PRESENTE.
Eu o autor, o Dalton, estou aqui para analisar e pensar. Não aceito qualquer coisa sem elucubrar e refletir venha de que autor vier. Autores são humanos ou espíritos e eu sou apenas um espírito encarnado. Gosto da Apometria, defendo a Apometria, mas não me contento com pouco. Gosto de entender a ferramenta que estou usando. E que bom que nós que utilizamos a Apometria para ajudar e servir, levantamos esta questão antes dos críticos ácidos de plantão. É bom que mostramos a eles que pensamos, nos questionamos e estamos querendo aprender e melhorar e que se eles se acham perfeitos, nós não.
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
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Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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Gostei muito desse texto esclareceu muitas dúvidas minhas parabéns Dalton
gostei do artigo obrigado por compartilhar.
Obrigado por comentar!
A mim acontece me sair do corpo consciente, sem qualquer treino.
A 1 vez que me aconteceu fiquei muito assustada, pois passei pela porta da minha casa,lembro me que fui a uma casa com varios individuos encarnados e eles nao me viam.
A 1 vez foi 31-10-2011
Que bom que consegue.
Muita gente deseja, mas não chega nem perto.
Sugiro que leia este livro fino e barato: Livro Técnicas Práticas Projetivas: https://clubedeautores.com.br/livro/tecnicas-e-praticas-projetivas-e-bioenergeticas-2
Boa sorte, paz e luz,
Dalton
Conteúdo muito bem elaborado e estudado, parabéns.
Obrigado Jerônimo
Olá Dalton! Você indica algum curso presencial sobre desdobramento?
Obrigada!
O único (e o melhor) curso sobre desdobramento (no caso, Projeção astral) que eu recomendo é em São Paulo-SP, no bairro Ipiranga, no IPPB – Institutito de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas – de Wagner Borges – aqui: http://www.ippb.org.br.
Outros eu desconheço.
Paz e Luz
Muito esclarecedor! Obrigado!
Que bom que gostou!!!
Dalton
Olá sr. Dalton, muito bom o seu texto. Também admito essa hipótese: desdobramento e projeção astral são coisas diferentes em alguns aspectos. A projeção astral se dá com o soma dormindo ou com o nível de consciência muito rebaixado. O desdobramento seria parecido, mas com o corpo físico ainda com algum funcionamento, como num relaxamento profundo, posto que temos consciência do soma durante o desdobramento. Parece que estamos lá longe e ao mesmo tempo estamos aqui, cientes do soma, ainda que turvamente, parcialmente.
O senhor tem algum email para contato. Gostaria de compreender melhor seu posicionamento sobre o assunto, e talvez fique muito extenso e inadequado neste espaço.
Olá Tarso,
Por aqui está excelente mesmo.
Esse aspecto já detalhei profundamente em meu livro APOMETRIA UNIVERSAL. O que você lê por aqui no site, são extratos de todos os meus livros.
Então, imagine que tudo que vê por aqui está mais organizado, aprofundado e esquematizado em todos os livros.
Tenho contato estreito com o maior projetor astral e pesquisador da consciência no Brasil que é o prof Wagner Borges, e minhas pesquisas batem 100% com as dele, ou seja, ele concorda plenamente comigo.
A maioria dos espíritas, dos apômetras em geral não entendem nada de saídas do corpo ou projeção astral.
Paz e Luz,
Dalton