UMA MULTIDÃO SE NIVELA POR BAIXO

UMA MULTIDÃO SE NIVELA POR BAIXO

A compreensão da dinâmica consciencial nos leva a refletir sobre os fenômenos de agrupamento e interação social a partir de uma perspectiva que integra ciência e espiritualidade. Em diversos contextos – sejam religiosos, esportivos, ou mesmo referentes a gostos musicais e comportamentos cotidianos –, observa-se que uma multidão tende a revelar um nível médio evolutivo inferior, acentuando a influência das energias menos refinadas. Por outro lado, grupos evolutivos – constituídos por indivíduos com níveis conscienciais mais elevados – demonstram uma tendência diferente, mantendo uma média que, embora não se situe nas alturas, também não se deprecia significativamente pela influência coletiva imediata. Este artigo propõe uma explanação didática sobre esse fator consciencial, fundamentando a discussão em exemplos e referências que dialogam com os paradigmas integradores da física quântica, dos estudos sobre sistemas complexos e das tradições espirituais.

Desenvolvimento

  1. A dinâmica da multidão e o fenômeno do nivelamento inferior

Ao analisarmos a formação de uma multidão, compreendemos que o agrupamento espontâneo de indivíduos – muitas vezes movido por impulsos emocionais, reações de identificação ou até mesmo pela influência do “pensamento de grupo” – tende a refletir predominantes energias de baixa vibração. Estudos na área da psicologia social, como os que abordam a deindividuação e os mecanismos de conformidade, evidenciam que em ambientes onde há dispersão de níveis evolutivos, a tendência é de que os comportamentos mais básicos e reativos assumam maior expressividade. Essa tendência pode ser observada em diversas áreas, por exemplo:

  • Em nichos religiosos, onde a fé não necessariamente é acompanhada pelo discernimento consciencial, a manifestação das crenças se transforma em manifestação coletiva de baixas ressonâncias emocionais.
  • No âmbito esportivo, a euforia e a paixão, quando não acompanhadas de uma consciência crítica e integradora, podem intensificar atitudes menos refinadas e, por consequência, reforçar o “nivelamento por baixo”.
  • Em contextos de preferências culturais, como determinados gostos musicais, é comum observar a prevalência de manifestações que, embora expressivas, convergem para um espectro energético que se mantém no patamar baixo, devido à influência de aspectos sensoriais e emocionais elementares.
  1. O grupo evolutivo e a modulação do nivelamento

Ao contrário da multidão, o grupo evolutivo surge a partir do encontro de indivíduos que, por possuírem uma maior consciência sobre si e sobre a realidade, conseguem agir de forma que seu nível vibracional se mantenha acima de uma simples soma das partes. Esse agrupamento, embora também sujeito a processos de nivelamento – inevitáveis na interação humana –, não sofre a tendência acentuada de “descer” tanto energeticamente. O mecanismo ocorre porque, por um lado, o comprometimento com a evolução pessoal permite que cada membro exerça um papel ativo na manutenção de uma média mais elevada; por outro, o diálogo entre diferentes níveis de consciência propicia um ambiente de aprendizado mútuo, em que as energias superiores conseguem, de maneira sutil, elevar as manifestações menos refinadas sem forçá-las a uma homogeneização total.

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Para melhor ilustrar, pensemos em ambientes de estudos ou grupos de discussão voltados para o desenvolvimento pessoal e a expansão da consciência. Nesse contexto, cada participante contribui não apenas com suas experiências, mas com uma postura reflexiva que estimula a elevação do discurso e do comportamento coletivo. Ainda que o grupo não atinja um ápice absoluto de consciência (algo possivelmente inatingível na experiência humana total), percebe-se uma modulação que impede o declínio para níveis excessivamente baixos.

  1. A integração entre ciência e espiritualidade na interpretação dos fenômenos de nivelamento

Tanto a física quântica, com sua abordagem dos sistemas complexos e da interconexão de partículas e energias, quanto as tradições espirituais e os estudos conscienciais, apontam para a existência de um campo unificador onde cada manifestação individual contribui para um todo vibracional. Nessa perspectiva, a “densidade” ou “vibração” consciencial pode ser entendida em termos análogos aos sistemas dinâmicos não lineares, onde pequenas variações individuais podem desencadear alterações significativas no comportamento coletivo.

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Modelos, como o “Mapeamento da Consciência” propostos por alguns estudiosos contemporâneos, sugerem que os níveis energéticos de nossas emoções e pensamentos podem ser medidos e que, em contextos coletivos, há uma tendência intrínseca de se manifestar uma média. Assim, uma multidão, por agregar indivíduos sem um direcionamento claro para a elevação pessoal, reforça uma média que tende para níveis inferiores. Em contraste, o grupo evolutivo atua de forma similar a sistemas de retroalimentação positiva, em que mesmo os “pontos mais baixos” não se depreciam excessivamente, pois são continuamente elevados pelo dinamismo e pela integridade dos participantes.

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Conclusão

A análise dos fenômenos de nivelamento consciencial demonstra que a estrutura coletiva pode atuar tanto como um agente de diluição de níveis vibracionais elevados quanto como um meio de preservação da média de evolução, dependendo da qualidade energética dos indivíduos que a compõem. A multidão, ao reunir elementos heterogêneos e, frequentemente, mais vulneráveis às influências negativas, revela uma tendência de se nivelar para patamares inferiores. Em contrapartida, os grupos evolutivos, formados por indivíduos comprometidos com o desenvolvimento e a expansão da consciência, não apenas evitam a depreciação energética, como também criam um ambiente propício à modulação de suas médias, facilitando a integração dos níveis elevados com as imperfeições inerentes à condição humana.

Esse entendimento convida a uma reflexão profunda sobre a importância de cultivar práticas de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, enfatizando que a evolução consciencial não é alcançada somente individualmente, mas também na maneira como escolhemos nos relacionar e interagir coletivamente.

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