Quando a alegar que o Paradigma Consciencial tem que submeter as provas ao Paradigma Cartesiano
A questão de como um paradigma mais amplo ou abrangente (como o consciencial) pode ou deve se “submeter” a um paradigma mais restrito (como o cartesiano ou mesmo o quântico) para ser validado. Isso, de fato, é um paradoxo que toca no cerne da filosofia da ciência, da epistemologia e da própria natureza do conhecimento. Vamos explorar essa questão em detalhes:
1. O Paradoxo da Validação Científica
– Validação Científica: A ciência tradicional (baseada no paradigma cartesiano-newtoniano) opera dentro de um sistema de regras bem definidas, que incluem a observação empírica, a replicabilidade, a mensuração e a falseabilidade (critério de Karl Popper). Esses critérios são essenciais para garantir que as teorias científicas sejam objetivas e confiáveis.
– Paradoxo: Quando um paradigma mais amplo (como o consciencial) tenta se validar dentro de um paradigma mais restrito (como o cartesiano), ele pode ser limitado ou distorcido, pois está sendo julgado por critérios que não foram projetados para abarcar sua complexidade. Isso cria uma tensão entre a necessidade de validação e a integridade do paradigma mais amplo.
2. Por que o Paradigma Consciencial “Carece” de Validação Científica?
– Natureza da Consciência: A consciência é um fenômeno subjetivo e multidimensional, difícil de ser estudada com os métodos tradicionais da ciência cartesiana, que privilegiam a objetividade e a quantificação.
– Falta de Instrumentação Adequada: A ciência atual ainda não possui ferramentas suficientes para medir ou compreender fenômenos sutis, como experiências espirituais, projeções astrais ou interações com dimensões não físicas.
– Resistência Paradigmática: O paradigma cartesiano ainda domina grande parte da ciência e da academia, criando uma barreira cultural e institucional para a aceitação de ideias que desafiam suas premissas básicas (como a separação entre mente e matéria).
3. A Submissão de um Paradigma a Outro: Um Problema Epistemológico
– Hierarquia de Paradigmas: O paradigma consciencial propõe uma visão mais abrangente da realidade, que inclui não apenas o físico, mas também o energético, o emocional, o mental e o espiritual. No entanto, ao tentar se validar dentro do paradigma cartesiano, ele é forçado a se reduzir a termos que não capturam sua totalidade.
– Exemplo: Tentar explicar a consciência ou a espiritualidade apenas com base em neurociência ou física quântica pode ser limitante, pois esses campos ainda operam dentro de um paradigma materialista ou reducionista.
– Conflito de Métodos: O paradigma consciencial valoriza a experiência subjetiva, a intuição e a vivência direta, enquanto o paradigma cartesiano privilegia a objetividade e a medição. Esses métodos são, em muitos aspectos, incompatíveis.
4. Expansão do Paradigma Consciencial: Uma Nova Abordagem
– Ciência Expandida: Em vez de se submeter ao paradigma cartesiano, o paradigma consciencial propõe uma ciência expandida, que integra métodos objetivos e subjetivos, quantitativos e qualitativos. Isso inclui:
– Pesquisa Conscienciológica: Métodos como a projeciologia (estudo da experiência fora do corpo) e a parapsiquismo (habilidades psíquicas) buscam validar fenômenos sutis através de relatos consistentes e replicáveis.
– Transdisciplinaridade: Integração de conhecimentos de diferentes áreas (ciência, filosofia, espiritualidade) para criar uma visão mais holística da realidade.
– Novos Critérios de Validação: Desenvolvimento de critérios específicos para validar experiências subjetivas, como a coerência interna, a consistência entre relatos e a aplicabilidade prática.
– Exemplo: A Conscienciologia, proposta por Waldo Vieira, busca criar uma ciência da consciência que não se limite ao paradigma cartesiano, mas que também não rejeite completamente seus métodos.
5. O Papel do Paradigma Quântico como Ponte
– Intermediário: O paradigma quântico pode servir como uma ponte entre o cartesiano e o consciencial, pois já introduz conceitos como a interconexão, a influência do observador e a não-localidade, que são mais compatíveis com a visão consciencial.
– Limitações: No entanto, a física quântica ainda opera dentro de um paradigma científico tradicional e não abarca totalmente a complexidade da consciência ou das dimensões sutis.
– Superação do Paradoxo: Em vez de tentar se submeter ao paradigma cartesiano, o paradigma consciencial deve buscar criar seu próprio sistema de validação, que seja capaz de integrar métodos científicos tradicionais com abordagens mais holísticas e subjetivas.
– Ciência Pós-Materialista: Movimentos como a ciência pós-materialista (defendida por pesquisadores como Rupert Sheldrake e Dean Radin) já estão propondo uma expansão dos critérios científicos para incluir fenômenos como a consciência, a intuição e a espiritualidade.
– Diálogo entre Paradigmas: O ideal é que haja um diálogo entre os paradigmas, onde cada um contribua com suas próprias ferramentas e perspectivas, sem que um precise se submeter ao outro.
Resumo Final
– O paradigma consciencial não precisa se submeter ao paradigma cartesiano para ser válido, mas deve buscar criar seus próprios critérios de validação, que sejam compatíveis com sua natureza multidimensional e holística.
– A ciência do futuro provavelmente será uma ciência expandida, que integra métodos objetivos e subjetivos, quantitativos e qualitativos, para abarcar a complexidade da consciência e da realidade.
– O paradoxo da validação científica só será resolvido quando a ciência evoluir para um paradigma mais inclusivo, capaz de abraçar tanto o físico quanto o sutil, o objetivo quanto o subjetivo.

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.