Por Dalton Campos Roque – 31/01/2015 – Curitiba, PR
Hoje, em janeiro de 2015, tenho 53 anos, e o maior benefício da maturidade é a lucidez através de vários caminhos: autoconfiança, maior cultura, estabilidade de vida, mais experiência intra e extrafísicas, mais harmonia interior e maior discernimento consciencial a partir de uma vontade íntima de autoconhecimento e elaboração dos egos no despontar de uma consciência de amor impessoal.
É mesmo incrível que entendamos dezenas ou centenas de experiências íntimas anos ou décadas depois. É por isto que sempre digo, não basta ter a experiência, é preciso discernimento. Excesso de “autoconfiança” pode ser mera intransigência e quando pior “burrice” mesmo. Não adianta “você mesmo experimentar” sem o devido preparo da flexibilidade no coração. Por isto é bom manter a flexibilidade da alma e não alimentar as certezas absolutas das próprias escolhas e opiniões.
A humildade se aprende e aprende apenas quem quer, e eu quero e preciso ainda muito dela. Peço aos amparadores (amigos espirituais), mas faço minha parte – que não é gigantesca – é um pouquinho todos os dias me exigindo uma paciência maior que a infinita.
E não tem problema em errar, em ser “burro”, em ter sido fanático ou radical, se você num momento seguinte estiver mesmo disposto a reconhecer suas falhas e seguir adiante aceitando a autocura da alma nos inexoráveis caminhos evolutivos.
Como vê é um artigo sobre viagem astral, projeção astral ou projeção da consciência, mas não dá para separar de consciência e espiritualidade. Talvez alguns super projetores conscientes impressionem os mais imaturos com suas experiências extrafísicas sofisticadas, detalhadas e coloridas, mas se estas experiências não forem motivadoras de uma sadia e profunda transformação interior, de nada serve – sem a autorreflexão introspectiva auto perscrutadora da alma-consciência incognoscível.
Não me preocupo com projeção, com sair do corpo, com rememoração, com contar histórias bonitas, relatos técnicos ou sofisticados. Estou literalmente me lixando para isto, meu negócio é CONSCIÊNCIA, não porque eu seja consciente, mas por justamente saber que é o que mais preciso, mais me falta e disso sou lúcido, portanto, minha programação existencial e meu dharma estão focados nisto.
Eu parei de enfeitar minha “espiritualidade” há muito tempo – eu mesmo me providencio os “socos na cara” de autoconhecimento, por mais dilacerantes que eles sejam e nunca mais vou me achar ingenuamente evoluído ou especial – sou uma mini peça de um maxi mecanismo proativo e operante com modéstia lúcida na capacidade de aprender com todos e qualquer um.
Ainda tenho experiências íntimas, parapsíquicas que preciso entender melhor e escrever. Algumas já tenho rascunhos e tem a ver com velhas magias negras do passado sendo lentamente resgatadas nestas últimas vidas. Sei de coisa que até deus duvida e nunca falei. O bom é que temos nova chance hoje e mesmo com todas as fraquezas estamos aqui tentando, acertando e errando.
Bem, face a toda esta introdução realmente necessária vamos a experiência da projeção futebolística em si.
Quando criança e jovem, sempre morei em bairro em MG. Sou nascido em 61 e comecei a jogar futebol com 6 anos naquela rua de calçamento em pedras disformes cujo apelido local do calçamento era pé-de-moleque. Não eram paralelepípedos, mas pedras disformes. O poste da rua era um trilho de trem com base de cimento e a lâmpada incandescente tinha um pequeno prato refletor bem em frente de minha casa que de vez em quando levava umas boladas da molecada e se quebrava fácil. Meu pai tinha um antigo fusca azul – tenho a foto – e não consigo esquecer.
Jogar bola na rua, as vezes até de sapato e roupa nova – e rasgá-la, eram meu prato favorito. Brincava de pique, polícia e ladrão, queimada, bicicleta, carrinho de rolimã, fazer, vender e soltar pipa e papagaio era muito bom, mas eu era mesmo é fanático por jogar bola e dominar os dribles ao meu limite.
Não era exagero e nem força de expressão eu dizer que nas férias eu jogava bola pela manhã, tarde e noite todos os dias que podia por questões de companhia, mas eu jogava bola sozinho também, tal meu intenso prazer. Ficava horas na garagem, as vezes com 7 bolas ao mesmo tempo sendo chutadas com força e velocidade nas paredes. Uma coisa contribuiu para eu aprender a jogar bola bem: eu era dono das bolas, só havia jogo se eu fosse convidado – risadas!
Meus pais eram bons e me davam a devida liberdade, claro, as vezes eu os irritava bastante, mas nada de mais naquela idade e época, tudo muito sadio. Mas sempre odiei assistir futebol na TV ou ao vivo em estádios ou colégios, para mim o negócio era jogar e correr sem jamais cansar, desistir ou sequer diminuir a velocidade, eu era também um pequeninomagrelo franzino corredor de primeira. Não é mentira eu contar que tive apelido na rua de “Pelé branco” tal meu domínio de dribles e controle de bola.
Na garagem sozinho, quando não tinha nenhum companheiro eu ficava ensaiando e inventando dribles específicos numa repetição contínua e focada e não parava dia após dia até dominar o movimento e já tentar inventar outro novo.
No ginásio, eu era um dos menores e mais franzinos da sala – também sofri muito bullying – e era uma disputa numa sala de mais 50 pessoas para pegar uma vaga no time de 11 para o futebol de campo, e eu ficava com medo por ser o menor de todos e não queria jogar. Enquanto muito marmanjo não conseguia vaga no time, eu era obrigado pelos colegas a jogar pelos administradores do time.
Mas quando entrava no campo – eu o menor entre 22 jogadores perdia o medo e ia com raça e coragem dividir a bola com gigantes confiando em minha habilidade, que realmente funcionava e eu não fazia feio, e eu querendo ou não, era escalado a “força” ano após ano em todos os anos do ginásio. Até mesmo os que não iam com a minha cara, me queriam no time, apenas pela vontade de vencer.
Sim, eu era um fanático por futebol e poderia até ter seguido carreira profissional se tivesse oportunidade, mas filho de médico / dentista tem que “ser doutor” – risadas! A imaturidade é uma desgraça e o estereótipo familiar padrão inflexível é duro para as almas “diferentes” e as pioneiras. Eu já tinha talento de escrever desde cedo, mas naquela época…
Eu me deitava para dormir pensando em futebol. Eu deitava e já estava de novo jogando em minha mente, espontaneamente e sem fazer força. Chegar a ter movimentos reflexos na cama já cochilando e minhas pernas chutavam a bola em baixo das colchas.
Entre aqueles “sonhos” que voava, que estava em outros “lugares”, conversando com outras “pessoas” também encontrava os amigos e espíritos fora do corpo para jogar bola e continuava a treinar os movimentos (sozinho também), cujo, já estava condicionado pelo treino do dia. Eu fazia isto, eu treinava fora do corpo a sequência de movimentos tal qual uma coreografia elaborada.
Em 2015 recordando destes momentos, aos 53 anos, que fui me dar conta da experiência com mais plenitude e discernimento.
A questão é que buscamos fora do corpo o que amamos dentro do corpo, seja o que for, sem o que parece ser, mas o que íntimo mais deseja secretamente seja positivo ou negativo e naquela época o desejo máximo e mais intenso de minha alma era: jogar futebol.
Mas para efeito de conclusão vou relatar algo mais. Eu amava tanto futebol que era um radical respeitador das regras, dos colegas e dos adversários. Eu levava isto a limites extremos, eu era de uma vontade vulcânica e inquebrantável com foco em super atenção absolutas. Eu não amava vencer, eu amava merecer a competência de vencer e se não merecesse eu não a queria. Mas os colegas eram os cidadãos que amavam seus egos muito mais que o futebol em si. Eu amava mais o futebol que meu ego e era algo sagrado no melhor, mais puro e ingênuo sentido da palavra.
Quem ama o ego acima de tudo só quer vencer, sem respeitar as regras, os adversários e nada e isto me chateava muito e me irritava muito mais. Via os colegas sem competência técnica de jogar bem e que queriam ganhar no grito e na raça. Eu tinha mais raça que todos, mas para jogar, para me esforçar e não para roubar, mas não tinha escolha, tinha que jogar com os outros e a esta “náusea” foi crescendo dentro de mim até que entrei na faculdade (pela segunda vez) em 1982, quando veio a gota d’água.
Não suportando as brigas de ego para forçar a vantagem corrupta da vitória nas quadras de futebol de salão, eu fiquei tão frustrado que abandonei o futebol para NUNCA MAIS JOGAR! E a droga é que eu cumpri a promessa. Hoje me arrependo, estou frustrado neste ponto e de atleta natural que fui e abandonei, hoje estou gordo e preguiçoso e mal caminho em meu quintal e esteira e não mais consigo correr.
Não preciso dizer que cada um tem uma natureza energética (bioenergética) e precisa responder a ela naturalmente conforme o corpo, a mente e o coração solicitam – sexualidade também entra. Claro de forma sadia, alguns tem que fazer esportes explosivos de velocidade e impacto (como eu), outros mais suave, como Ioga, etc, etc.
Precisamos aprender a trabalhar as energias com o corpo, com o duplo etérico, com o emocional (corpo astral) e com o corpo mental. Não é fácil, exige conhecimento e autoconhecimento e nossa vida social é voltada patologicamente ao materialismo e a falta de tempo e rotina nos consomem. É preciso começar a abrir mão da vaidade, do status social, a largar os empregos estáveis e seguir o caminho da alma, o caminho do dharma, o caminho da auto realização íntima e espiritual, cuja felicidade possível não haverá dinheiro ou status que comprem.
O humano social padrão está doente, está viciado no TER e no PARECER (parece que tem, vive de imagem) e não tem coragem de acreditar em si mesmo e em sua alma. Não se preocupe, eu já chutei o balde fundo pelo menos umas 3 vezes na vida e fiz reciclagens de 180 graus bem violentas, e errei muitas e muitas vezes.
Sofri e chorei sozinho sem ombro para me consolar e até hoje colho as consequências, mas eu sou tão teimoso, mais teimoso que os assediadores e não desisto, eu continuo, continuo, eu me perdoo, e tento de novo e vou seguindo meu caminho com coragem.
Já desisti de mim várias vezes pelo caminho, mas parei para descansar e os amigos espirituais, que acreditam mais em mim (e em você leitor também) mais do que nós mesmos, voltar para cochichar nos ouvidos da alma dando força e estímulo para continuar.
Eu não consegui conter as lágrimas quando escrevi este texto me lembrando de meu amor a jogar futebol.
Deixo aqui um abraço ao leitor, me fazendo de cobaia consciencial, rasgando a própria alma, revelando meus podres também, para que você saiba crer em si mesmo e tenha coragem de agir e fazer.
Dalton Campos Roque – que após desencarnar vai COM CERTEZA ABSOLUTA jogar um futebol no astral, em novo período intermissivo e vou chorar de alegria e abraçar os amigos espirituais.
Por Dalton Campos Roque – 31/01/2015 – Curitiba, PR – www.consciencial.org
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.