Dalton, Andréa, Entrevista Victor Rebelo

ENTREVISTA COM DALTON E ANDRÉA LIVRO ESTUDOS ESPIRITUALISTAS

Entrevista realizada pelo Editor Victor Rebelo aos autores Dalton e Andréa para a revista Caminho Espiritual da Editora Minuano.

Dalton, seu livro Estudos Espiritualistas está um sucesso! É totalmente universalista… quais são os principais temas abordados?

Bem Victor, o livro é isento, é universalista, é trans e interdisciplinar, faz uma síntese, sobrevoa as linhas espiritualistas mais comuns, conhecidas e até porque não dizer concorrentes, já que em quase todas há uma disputa (aberta ou dissimulada) pela ostentação de algum tipo de “verdade” mais ou menos absoluta. Nós quisemos fazer algo sem proselitismo, sem puxar a sardinha para lado nenhum, sem qualquer interesse, apenas com a responsabilidade consciencial de esclarecer as pessoas, de fazê-las pensar por si e não de induzi-las, seja de forma sutil ou aberta, para lado nenhum. Esta é a vantagem de não nos condicionarmos a nenhuma linha, grupo ou religião, tendo liberdade de escrever e psicografar o que achamos o mais correto. A característica que mais gostei no livro foi o meio caminho que ele fez entre Ciência e Espiritualidade. No livro nós criticamos o materialismo e o preconceito da ciência convencional, o misticismo exagerado da New Age e o exclusivismo institucional de algumas linhas, então esclarecemos muitas coisas a este respeito.

 

Os temas não focam apenas na codificação kardequiana… é possível encontrarmos orientações de caráter universalista. Como é isso?Livro Estudos Espiritualistas

Frequentando o meio espiritualista há muitos anos (Espiritismo, Conscienciologia, Gnose, Rosacruz, Teosofia, Apometria, Umbanda, ambientes universalistas, listas de debate na Internet, cursos avulsos, Parapsicologia, Psicologia, Valores Humanos, etc) descobrimos um universo muito heterogêneo de pessoas e semelhanças nas idéias. Então porque não fazer alguns paralelos, apontar convergências e divergências, diluir alguns preconceitos, entender algumas expressões, criar outras novas sem medo, etc. Destacar que todos têm alguma parcela do conhecimento, um pedaço da “verdade”, mas nunca ela inteira e devemos ter a humildade de perceber isto para poder aprender mais, mais rápido e com mais qualidade.

 

O que te levou a escrever este livro?

Necessidade de mostrar o que é universalismo e levar visão de conjunto. Como algumas pessoas estão focadas apenas nas idéias de seus grupos e propostas, elas não possuem visão de conjunto, visão global das coisas, até mesmo por questões de tempo em suas vidas. Quem acessa apenas idéias semelhantes do seu grupo jamais cresce. Temos que ter coragem de ouvir e ler quem discorda de nós ou quem anda paralelo e tentar aprender com os outros. Os “purismos doutrinários”, os detentores das “verdades relativas de ponta”, os “mais evoluídos” por mais que abram seus intelectos e aperfeiçoem suas técnicas, jamais ampliam seus campos de percepção consciencial que se dá pelas vias do coração (sem ser piegas ou melodramático), por sentimentos elevados, cuja coragem de aprender é a principal delas ao invés de ficar defendendo posição.

 

A expressão “Ciência e Espiritualidade” está muito em moda, o que tem de novo e diferente no seu livro?

Os espiritualistas em geral estão acreditando que a ciência já comprovou a espiritualidade. O termo “quântica” já está mais prostituído que o termo “holístico”. Os céticos crêem que a ciência materialista e ortodoxa é a verdade última irrefutável. A ciência ortodoxa não admite nem sombra de alguma espiritualidade. A Física Quântica não comprovou nada ainda e é considerada “misticismo marginal” pela maioria do metie científico. Os espiritualistas (ou não-materialistas) de forma geral não imaginam como é, como “pensa” e como age a ciência. Então vemos tanta distorção que resolvemos esclarecer estas coisas para quem deseja aprender. Explicamos no livro que o que é considerado “real” é uma experiência relativa compartilhada por uma percepção grupal semelhante – paradigma. Que a “realidade” é uma experiência social construída. Que a ciência é a ideologia da classe dominante. Que as massas e os céticos são bonecos manipulados por esta ciência interesseira e fazemos uma viagem profunda a estas idéias. Então as pessoas que desconhecem o comportamento da ciência e comem bola da New Age, fazem uma salada terrível.

 

Você esclarece alguns mitos sobre chacras, bioenergias e experiências fora do corpo, comente por favor.

Na verdade o livro aborda muitos mitos populares. Apontamos erros clássicos e antigos que estão em vários livros e erros sutis e contemporâneos.

 

Na introdução do livro você comenta que era um volume de mil páginas e que este primeiro livro foi divido em três. Vem mais coisa por aí?

Sim, a ideia é fazer no mínimo três livros com os mesmos títulos, os mesmos oito capítulos continuando as idéias que são muito vastas e não couberam no primeiro. Mas o custo para produzir uma obra independente é muito grande e isto dificulta muito. Este livro só foi possível graças à ajuda financeira de alguns voluntários inclusive de doação em dinheiro. Quando penso nos livros seguintes, apenas escrevo, não sei ainda como materializar. Espero uma ajuda do “céu”.

 

No livro você Dalton, se colocou como responsável pela “qualidade geral da obra” apesar de ser psicografada. Explique melhor.

Fiz uma longa introdução, como é minha característica e também o fiz no livro anterior O Karma e suas Leis, já em forma defensiva para os críticos de plantão. Gosto das coisas claras, honestas, transparentes e na dita introdução eu digo que a obra é anímica e também mediúnica. Não há como eu anular a zero meu ego e bancar o “canal” perfeito e infalível. Se há qualquer furo na obra, culpe o Dalton e não os espíritos. Eu desmonto os argumentos dos fundamentalistas que não gostam de Ramatís e ficam procurando picuinhas para desvalorizá-lo.

 

O que vocês, Dalton e Andréa, desejam dizer para concluirmos a entrevista?

Algo muito importante que está no livro, está em nossos corações e também no coração de Ramatís e dos outros amigos espirituais: universalismo, despreconceito e humildade nem que seja de intenção. Coragem para ver as coisas boas do trabalho espiritual alheio, apesar das discordâncias e das diferenças pessoais. As idéias valem mais, principalmente se o objetivo for a sabedoria e o amor. Da mesma forma que o voto do eleitor deve ser pelo trabalho do político, pela competência e pela obra já realizada, assim deve ser a análise do espiritualista alheio, não pela simpatia, pela cara ou pelo pré-julgamento.

Um abraço a todos os leitores.

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