CÉU E INFERNO, ESTADOS D'ALMA

CÉU E INFERNO, ESTADOS D’ALMA

Meu coração chora, as lágrimas de outrora

Das oportunidades que foram embora

Mais que a vida, atuar é agora

A transformação íntima nesta hora

 

Oportunidades perdidas

Por vidas bandidas

De almas penadas

Que erraram as estradas

 

Entre a loucura e o arrependimento

A duras penas descobriu a verdade

No coração, explodiu o “cimento”

No desespero, a perspectiva da felicidade

A lucidez que se abriu num momento

Experiências contidas, espírito de idade

 

Ego vacilante de dor

Insegurança a se abrir ao amor

Em su’aura está escrito

Um passado nada amigo

Mesmo bom, clarividentes o veem bandido

 

Os olhos do passado habitam novos corpos,

Mas guardam velhas lembranças

O bem é o destino de suas almas,

Mas as mágoas se fazem subjacentes

Rompantes emocionais,

Disparam o chicote da língua áspera e cortante,

E não “enxergam” o brilho nos olhos dos arrependidos

 

Os estalos não cortam mais carnes,

Mas ofendem brotos de humildade ainda incipientes

Arrepender-se é bom sim, mas chega de ajoelhar e chorar

Os que nada fazem, “sabem sempre fazer melhor” do que quem faz pouco

Os que muito fazem, sabem colocar a banca, que muito bem desbanca

 

Enquanto as almas das formiguinhas choram,

As galáxias continuam a girar…

É o destino macrocósmico a cumprir

Numa escalada sideral anônima

 

Enquanto o samadhi não se instala em definitivo

Empunhemos a enxada da subsistência

Nos canteiros do intrafísico

Neste mundo áspero e cheio de perigos

 

Enfrentando o “demônio” de si mesmos

Frente ao espelho consciencial

No embate diário de viver.

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