AUTOCONHECIMENTO E EDUCAÇÃO CONSCIENCIAL

AUTOCONHECIMENTO E EDUCAÇÃO CONSCIENCIAL

O ser humano é majoritariamente mesológico, ele responde aos estímulos do meio em que nasce e vive, e a maioria responde automaticamente e com baixo nível de questionamento a estes estímulos. Se o indivíduo descobre que deve ser ecológico e tratar bem o meio ambiente, esta percepção, grosso modo, não veio de dentro dele, mais foi um estímulo extrínseco, claro, há exceções.

Minha pretensão é maior, é achar meios de desenvolver o interior, ou seja, os estímulos intrínsecos, se é que isto será possível. Sim, muito mais que fazer uma síntese de conhecimentos e informações (pluri/multi/interdisciplinaridade) é preciso desenvolver uma síntese de percepções (troca de vivências e autovivências psíquicas e parapsíquicas), onde se possa caminhar sozinho, e desenvolver-se as próprias hipóteses de ser e viver, teorias e axiomas pessoais sem se condicionar demais aos grupos e suas “verdades” manipuladoras e interesseiras.

A filosofia está voltando às escolas (2010), mas é apenas a ponta do iceberg, é preciso inserir nas escolas: o que é ciência, pensamento lógico, educação sexual (não apenas biologia, fisiologia e DSTs), autoconhecimento, autopsicologia, psicologia, intuição, artes manuais, corporais e dramáticas, política, educação no trânsito, conhecimento sobre drogas, técnicas respiratórias, meditação, relaxamento, esportes, visão religiosa comparativa e de conjunto, convivência, nutrição, economia e finanças, jogos abstratos e de estratégia como Xadrez, Banco Imobiliário, Batalha Naval, Empreendedorismo, Valores Humanos, Educação Cívica, ética e seus derivados, etc.

E pode-se inserir aqui todos os conhecimentos sobre os males generalizados sociais: as doenças contemporâneas, enfermagem, primeiros socorros, doenças psiquiátricas, deficiência física e mental, etc. Também deveria ser prevenido os males do ego, não a nível de etiqueta social, mas a nível de consciência, autoconhecimento e autopsicologia: o preconceito, a vaidade, o orgulho, a ira, a luxúria, a gula, a inveja, a avareza, a preguiça, etc.

Mas sabemos que o fundamentalismo principalmente o religioso é o que mais atrapalha e separa o homem. A religião não é fundamentalista, mas o homem é. Inclusive o pseudocético que odeia a religião. Na escola, pais brigariam por não concordarem por tal tipo de ética, tal assunto ou outra coisa. Eles sempre irão encontrar algo para reclamar, pois o radicalismo sempre se incomoda com o conhecimento. Daí, o paradigma é também, um problema de base. Imagine se fosse implantado Parapsicologia nas escolas?

Então as coisas devem ser implantadas (impostas?) devagar para não chocar a limitação das pessoas. Não é apenas a riqueza e o poder que levantam muros em volta para proteger quem explora contra seus explorados, o preconceito e o medo o fazem com muito mais potência. Os cientistas e a ciência são apenas fruto dessas bases sociais. São amostragens planetárias e nada mais que isto. Também é preciso acabar com o mito que ser cientista é ser “bonzinho”. Não são apenas os políticos (nós?) que são corruptos, pois (nós?) cientistas também somos corruptos. Só escapa da amostragem quem for de outro planeta e se o planeta não for pior. E o sentido para corrupto pode e deve ser mais ampliado, pois nossas ações muitas vezes estão dentro da lei, mas ainda assim são antiéticas, e se o legal (lei) é automaticamente ético, então fica como propus, o termo anticosmoético ou qualquer outro que queiram inventar e que venha a substituir melhor a este.

Se o caráter é algo meramente social então ele é insuficiente. Mas se a ética é humana e se ela não for suficiente, será ao menos um bom ponto de partida para um novo paradigma, que não acontece fora (objetividade), mas dentro e fora (intersubjetividade). E se a ciência é social, ela tem que ser útil a qualidade de vida da maioria e se for humana tem que ser ética, e melhor ainda se cosmoética.

É necessário um debate mundial permanente sobre opiniões, posições, conceitos, crenças e posturas, para irmos evoluindo juntos, devagar, mas firmes. Não sei como isto será feito, mas sei que pode ser feito. Sugiro que comece em pequenos grupos que correspondam pela internet com outros num fórum planetário com mediadores, moderadores mais isentos e menos fundamentalistas que a maioria de crentes religiosos, de crentes céticos (pseudocéticos) e até de pesquisadores / cientistas de todos os níveis. A ciência deve ser democrática, aberta, acessível e universal, começando a ser ministrada nas escolas nos anos básicos.

Neste ponto reafirmo os parágrafos que discorri sobre o pesquisador, que não é nada mais que o fruto do mercado econômico, em busca de sua vaidade profissional, seu status acadêmico e defesa de sua dissimulada ideologia íntima de vida, que pode ser questionada pela ética, pelo humanismo e muito mais ainda pela cosmoética. Sem um novo paradigma não haverá uma nova educação.

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