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UMA HISTÓRIA REAL DE PERDÃO

Um diálogo entre Dalton e uma colega de senda. Esta foi uma resposta a uma colega que me pediu ajuda por e-mail sobre seu marido e filho. Ela se queixou que eles estavam grosseiros, negativos e densos entre outras coisas e ela não conseguia fazê-los perceber o que ela claramente via, e eu a aconselhei que ao invés de tentar mudá-los, que ela mudasse a si mesmo. Leia o caso.

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Vou começar lhe contando um pouco de minha história de suplício e perdão. Palavras chave: perdão, perdoar

Meu pai tentou me matar quando eu tinha uns 25 anos de idade e uns 8 anos depois tentou matar minha mãe. Sempre bati de frente com ele, sempre o odiei profundamente. Nunca percebemos isto no decorrer da vida, mas descobrimos que ele é esquizofrênico, psicopata, neuropata, bipolar e depressivo. E não sabíamos por toda a vida. Hoje tenho 51 e de 5 anos para cá é que detectamos as doenças dele, então pudemos entende-lo melhor.

A família inteira sofreu na mão dele. Prepotente, bravo, furioso e grosseiro, ele sempre humilhou todo mundo. Sempre foi um torturador psíquico. O lado bom dele é que em matéria de finanças, estudos, comida sempre cuidou bem de toda família, sempre foi bom provedor.

Bem, o fato é que no início desse ano consegui perdoá-lo integral e incondicionalmente e me senti bem melhor, os caminhos se abriram. Ainda tenho outras pessoas para perdoar e vou conseguir, pois quero a libertação espiritual, muito acima da social. E depois que o perdoei, ele mudou comigo também. Foi reflexo energético de minha mudança interior!!! Quando eu me modifico para melhor há uma emissão bioenergética no campo de minha aura que atua nos ambientes e pessoas.

Depois que me formei no sul de MG em Eng. Civil, mudei-me para São Sebastião – SP e tudo foi dando errado, nada ia para frente. Fiquei patinando em quase miséria durante 2,5 anos. Um dia cansado de tudo, fechei todo o apartamento onde eu morava sozinho, me fechei no quarto, me ajoelhei na beira da cama e comecei a orar. Fiquei orando muito tempo de joelhos e chorando em prantos e cascatas de lágrimas. Adormeci por ali mesmo. Na manhã seguinte acordei aliviado e parecia que algo tinha mudado. Não sabia dizer o quê, mas estava mais leve, parece que havia a presença de uma “luz espiritual”, algo invisível me guiando, e na época eu ainda não havia despertado para meus talentos espiritualistas. Creio que tinha uns 30 anos de idade.

Mas aconteceu de fato, tudo começou a mudar. Mudei de cidade e as coisas foram acontecendo para melhor MUITO DEVAGAR, com trancos e barrancos no meio, mas foram sempre em ligeira e contínua subida com muito sacrifício meus. E ainda chorei bastantes lágrimas por esta looooonga subida que descrevi.

[Isto fica como segredo nosso. Nunca contei a ninguém – depois acabei inserindo no livro O Karma e suas Leis me fazendo de autocobaia consciencial]. Você se abriu comigo e eu me abri com você. Hoje estou bem. A vida ainda é pesada, a coisa continua na tal lenta subida a levar sempre alguns fardos pesados nos ombros, mas continuo indo em frente.

Creio que se aplica a você também. As pessoas se matam para fugir (suicídio) e entram num problema maior. Mais dor, mais desvio, mais tempo, mais desespero, mais solidão, mais humilhação. O suicídio é tudo isto e ainda pior!

Se você acreditar que não há solução, então não haverá mesmo. Eu sei que há uma coisa chamada perspectiva e planejamento e em sua situação momentânea não existe isto. Também não existia para mim quando estava em São Sebastião, e foi aí que tive que me sustentar numa fé “irracional”. Não tinha esperança, não tinha ajuda, já não acreditava mais em mim, então me basear racionalmente em quê? Não havia nada “racional”, só o espiritual poderia me acalentar. Só uma fé “irracional”.

Então a primeira coisa que deve parar de sentir é a esperança de que alguém irá mudar ou mudar com você. Você só pode atuar em si, só pode mudar a si. Quando eu perdoei meu pai, automaticamente ele mudou. Então mude seu íntimo. Sair do negativo, procurar perdão e gratidão.

Sei que quando a gente se sente ofendido, humilhado, e pior, todos os dias, fica então mais difícil perdoar. E como não tem como simplesmente apagar as mágoas que sentimos, então temos que transformá-la. Pegar a mágoa e transformar em gratidão. Então nesse ponto peço que procure uma Seicho-No-Ie de sua região, peça aconselhamento e trabalhe as técnicas de gratidão deles que são ótimas. Recomendo não por teoria livresca, mas porque já frequentei e a coisa é boa e funciona, mas tem que entrar de cabeça. No site da Seicho-no-ie (http://www.sni.org.br/), você vai encontrar excelentes textos e orações, além de relatos de pessoas com situações parecidas com a sua e que conseguiram se reerguer. Os livros são ótimos também.

Sim, procure um Centro Espírita (nada de Quimbanda) que seja mais focado em Kardec ou que trabalhe com Apometria, assista as palestras e tome passes de uma a duas vezes por semana. E claro, redobre as orações, lembre-se de minha experiência relatada, creio que recebi um amparo espiritual porque minhas lágrimas e vontade de mudar eram profundamente sinceras. Não espere ajuda milagrosa externa, mas autotransformação contínua de sua parte. Estude o Livro dos Espíritos de Kardec, ele está gratuito na internet em PDF.

Quero ajudar, mas só posso orientar, dar dicas, instruir, apontar caminhos e não dar receitas prontas. Não recebi receitas prontas de ninguém. Bati cabeça para aprender que só conseguiria melhorar o outro a partir da minha própria mudança e melhoria.

Nessa hora só mesmo Deus por nós! Só a fé para segurar a onda! Só quem já se deparou com o desespero como nós, sabe o que é isso. Eu ainda tive outras crises que não contei. Então uma leitura boa ajuda muito a elevar a sintonia da fé nas esferas mais sutis.

São as repercussões de vidas passadas que colhemos agora, a causa e o efeito, a ação e a reação, a semeadura e a colheita. Como eu sou meio médium e tenho alguma sensitividade descobri o que fiz de mal a meu pai e minha mãe em outra vida, então colhi o mesmo desespero que os impingi em vida passada! Então ao invés de me revoltar, de odiá-los, de puni-los eu vi que o erro era meu e que eu devia agradecê-los e me perdoar. Sim, eles não tinham culpa de nada, eu era meu próprio algoz, eu me ferrei, então o impulso era ficar com raiva de mim mesmo. Não teve jeito eu tive que me perdoar para poder prosseguir, para poder compensar os erros e sofrimentos que causei.

Então, você não irá mudar seu pai, seu filho ou ninguém. Eles estão semeando o karma negativo deles para o futuro. Você vai administrando a situação por questão de sobrevivência e vai mudando seu padrão energético, seu padrão vibratório, vai lendo bons livros, frequentando bons ambientes (a Seicho-No-Ie e o Centro Espírita). Em alguns Centros Espíritas tem seções de tratamento para males e doenças físicas, procure na Internet o que dispões sua cidade e vá investigar pessoalmente. Não espere perfeição deles, os Centros são movidos por pessoas e pessoas são imperfeitas.

2 comentários em “UMA HISTÓRIA REAL DE PERDÃO”

  1. Descobri recentemente, por intuição, algo semelhante, porém, Dalton, em relação à minha mãe. Seu relato veio confirmar a necessidade de perdão, auto-perdão e gratidão a meus pais. Obrigada por compartilhar seu relato.

    1. Que bom Inês!
      Temos que nos libertar e deixar os tolos para trás.
      Enquanto se cria um cultura de ódio e ignorância com esse novo governo e os novos pseudocristão neopentecostais, vamos escolhendo o caminho do perdão e do não julgamento.
      Paz e Luz,
      Dalton

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